Messi no Inter Miami, o que isso ensina sobre marketing?

Na edição 38o da Gossip Marketing: Twitter muda para X, Messi é um astro de marketing, videogames clássicos correm risco de extinção e muito mais...

Olá humano! Não acredito que estamos na 38º edição e você ainda não forneceu uma prova social para a news. Se essa news faz sentido na sua vida, deixe-me saber. Vamos pra mais uma?

Resumo para preguiçosos:

  • Twitter dá lugar a nova marca "X";

  • Messi no Inter Miami, o que isso ensina sobre marketing?

  • Videogames clássicos lutam para evitar extinção;

💥 R.I.P Twitter - Passarinho do Twitter bate asas para dar lugar à nova marca "X"

Seja feita a vontade de D... Elon Musk. Na última semana, o Twitter ganhou um rebranding para X, juntando-se à árvore genealógica do grupo X Corp. Mas por que isso?

Elon Musk é um grande apreciador do X. Na época em que estava no Paypal, um dos seus sonhos era renomear a empresa para X. Sem sucesso naquele momento, seus sonhos finalmente se concretizaram agora, junto com a intenção de tornar o Twitter um superaplicativo semelhante ao Wechat na China. A nova mudança está rendendo assuntos, tais como:

  • Analistas avaliaram o rebrand como uma perda entre US$ 4-20 bilhões em valor de mercado.

  • Elon Musk assumiu o @x na rede sem avisar ou pagar seu proprietário anterior.

  • A mudança não considerou a substituição do dicionário originado do nome: tweetar, tweet...

  • Segundo Alex Weprin, um usuário no Twitter, Mark Zuckerberg detém o registro do X no que se refere a serviços de rede social online.

Xiiiiii, se for verdade, esse é um péssimo momento para estar nas mãos do seu arqui-inimigo.

Por que isso é quente?

Eu acho difícil acreditar que Elon Musk tenha cometido um erro tão amador quanto não consultar o registro. Ou melhor, que ele sonhou com isso por mais de 20 anos e deixou passar a decisão de tomar o registro para seus futuros planos. Leva a crer que a mudança é apenas mais uma de suas ações apressadas para contornar o caos. Se assim for, ele vai ter que continuar na velocidade da luz para escapar dos novos B.Os. A moral dessa história é que, mesmo buscando velocidade, decisões de marca não podem proceder sem um trabalho profundo de estratégia.

⚽ Bolão - O que a mudança do Messi para o Inter Miami ensina sobre marketing?

Messi recusou US$ 400 milhões de um time da Arábia Saudita para aceitar jogar por US$ 150 milhões pelo Inter Miami. Aos olhos leigos, a matemática não fecha. Mas essa pode ter sido uma de suas maiores jogadas.

Para te situar, David Beckham é o dono do clube e chefe de Messi. Na época em que jogava, Beckham aceitou uma proposta semelhante à de Messi para jogar em um time da MLS. O salário era 70% menor do que ele costumava ganhar, mas veio junto com uma cláusula contratual que dava direito a uma fatia de todos os ganhos do clube, além do direito de comprar uma vaga na MLS por US$ 25 milhões (o último time a entrar pagou US$ 200 milhões), valor esse que ele pagou para fundar o Inter Miami, que vale hoje U$ 500 milhões. Agora, o time contrata Messi na expectativa de transformar Miami na capital do

futebol nos EUA, semelhante à paixão que os times de beisebol conquistam. Junto ao salário, Messi vai receber uma porcentagem da receita dos acordos da MLS com a Apple TV+ e mais uma parte das vendas da Adidas.

Por que isso é quente?

Com salários exorbitantes, já tem um tempo que o futebol deixou de contratar por performance em campo. O poder de influência dos jogadores é mais valioso do que os gols que eles podem fazer. A prova disso é que tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo arrastaram seguidores para os perfis dos clubes assim que foram anunciados. No Instagram, o Inter Miami saiu de 900 mil para 12,7 milhões de seguidores. O ganho percentual proposto a Messi faz dele um sócio e vendedor do time, o que o levará a se esforçar mais do que um jogador normal para atrair público aos jogos. Esse modelo de contrato no mercado de influência pode ser extremamente próspero.

🎮 Game over - Videogames clássicos estão em extinção e isso é um aviso para todas as marcas

Um estudo descobriu que os videogames clássicos podem ser relegados ao lixo da história se não houver um esforço coletivo de preservação. Mas o que as marcas de outros segmentos têm a ver com isso?

Cerca de 87% dos jogos lançados nos Estados Unidos antes de 2010 estão criticamente ameaçados. Game Boy e Commodore 64 são os que correm mais riscos. Salvo jogos como Pokémon, o resto não é relançado e a indústria não tem preparo para manter suas relíquias. Diferente dos livros e filmes, que possuem leis de direitos autorais para preservação por parte de instituições culturais, os jogos ainda não possuem essa proteção, mas as regras podem ser revisadas no próximo ano.

Por que isso é quente?

Assim que li essa matéria, li outra sobre um iPhone 4 lacrado que foi vendido por US$ 190.000 em um leilão. Isso me fez pensar o quanto as marcas realmente não têm controle de seus produtos antigos ou do mercado de segunda mão, mas deveriam. Algumas marcas de roupas mantêm aplicativos para revenda de produtos. No entanto, são poucas as marcas que se preocupam em rastrear por onde seus produtos andam e isso poderia ser resolvido com um mercado de segunda mão administrado pela própria marca. A Ferrari, por exemplo, tem um museu com seus carros antigos e capitaliza a visita a partir de 26 euros. Um museu semelhante para videogames clássicos causaria a mesma euforia para visitação e, assim, ainda manteria a preservação dos produtos. Só uma ideia.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Ads: agora, o TikTok também conta com uma biblioteca de anúncios. Ferramentas como essa são ótimas para o consumo de referências, principalmente o TikTok, que serve como um termômetro para entender a Gen Z.

Google: a big tech está testando uma ferramenta de IA apelidada de Genesis, que tem foco na redação de artigos de notícias. Quando a IA vira commodity, personalizar por nicho é uma tentativa de diferenciação.

LinkedIn: a plataforma está começando a ficar popular? Após uma atualização em seu algoritmo, o LinkedIn reportou um aumento recorde de 22% nas visualizações e atualizações do feed principal.

TikTok: a rede está tentando surfar na queda do Twitter (x)? O TikTok está testando um formato de texto no feed onde é capaz de adicionar sons, marcar local, ativar comentários, permitir duetos, ou seja, tudo que é TikTok, mas estático.

Instagram: o doce sabor da monetização está vindo aí? Agora os criadores poderão cobrar por conteúdo exclusivo, uma vez que a rede está implementando um recurso para oferecer conteúdo pago. E para a felicidade da nação, o Brasil foi um dos 10 países escolhidos.

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