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O TikTok está com umas cartas na manga para emplacar compras ao vivo. Mas ele conseguirá?
Na edição 41o da Gossip Marketing: TikTok quer compras ao vivo, Gen Z consumindo conteúdos esportivos, redes sociais enfraquecidas e mais...
Olá humano! Estou pensando em melhorias para a news, e se você tiver alguma sugestão, vamos conversar aqui. A edição de hoje vem acompanhada de um somzerâ. Bora pra mais uma?
Resumo para preguiçosos:
TikTok tenta emplacar compras ao vivo;
Gen Z e conteúdos esportivos diferente;
Redes sociais enfraquecidas pelo Governo?
🛍 Shop - As apostas do TikTok para emplacar compras ao vivo
Amazon, YouTube e Meta são amigos sem talento para vender compras ao vivo para seus usuários. O TikTok, no entanto, está em busca de ser um ponto fora dessa curva. Mas será que ele tem habilidade para tal?
Ele acredita que sim por alguns fatores:
Ásia: o Sudeste Asiático já trata compras ao vivo como um sucesso. Contudo, o TikTok tem testado o mesmo recurso na Inglaterra e tem sido um fracasso. Nos EUA, os testes ainda são tímidos, mas todas as investidas até agora também não foram promissoras.
Comércio comunitário: a rede é forte em comunidades de nicho (#foodtok, #booktok, etc). Se essas comunidades adotarem o recurso de compras, elas poderão comprar regularmente enquanto percorrem os vídeos.
NPC: em tradução livre, personagem não jogável são pessoas que agem como se estivessem dentro de um jogo. Elas aparecem ao vivo para seus fãs e pasmem, alguns criadores chegam a receber US$ 10.000 por dia. A esperança é que eles troquem as bizarrices de agradecer por presentes do TikTok por uma repetição de "compre agora" "obrigado por comprar".
Por que isso é quente?
Há alguns anos que os futurólogos apontam compras ao vivo como uma tendência. A empreitada do TikTok mostra que não basta apenas aderir a uma tendência, é preciso também ter um público preparado. De todos os terrenos férteis até o momento, o TikTok é o que tem mais insumos para fazer acontecer. Se ele conseguir ter sucesso, as marcas podem criar uma experiência de compra envolvente e interativa, além de medir em tempo real a influência dos criadores sobre sua audiência.
⚽ Esportes - A Geração Z está se engajando em diferentes conteúdos esportivos
Não estranhe se você começar a ver amigos postando sobre a Copa do Mundo Feminina e o Golfe em sua timeline. Esportes antes incomuns estão começando a furar a bolha e entrar no gosto popular.
O motivo dessa mudança são os Gen Zers que passaram a consumir conteúdo esportivo. Assim como os conteúdos se adaptaram ao gosto da geração. Aqui estão algumas evidências:
Topgolf, uma empresa que mistura campos de treino e cervejada, tem buscado reverter o estigma de um esporte inacessível e coisa de domingo à tarde para uma opção acessível e agitada nas noites de sexta-feira. Além disso, ela tem buscado parcerias para entrar em jogos de videogames, Olimpíadas e está promovendo eventos com influenciadores.
Em uma pesquisa do AdAge, 43% dos jovens interagem com conteúdos esportivos no YouTube, 31% no Instagram e 30% na TV tradicional. Eventos que vão além do jogo são tão relevantes quanto o jogo, como shows de abertura com artistas e entrevistas com jogadores.
Quem é leitor assíduo, já sabe como as marcas pioneiras estão surfando nessa onda.
Por que isso é quente?
Diferente das outras gerações que apreciavam o esporte pelo esporte, os Gen Zers admiram as histórias dos esportistas, a comunidade, a experiência e os esforços filantrópicos. Tomando como exemplo a Copa do Mundo Feminina, o evento costumava ter menos público e, consequentemente, menos patrocínio de marcas, ou seja, menos visibilidade. Mas isso está mudando; a Fifa espera que essa Copa atinja um recorde de audiência de dois bilhões de pessoas, uma vez que a cada três torcedoras de futebol feminino representam, na verdade, torcedoras que antes não consumiam o esporte. As marcas estão alinhando não só seus investimentos para atender a essa demanda, mas também seus valores e ideais.
🚫 Burocracia - As redes sociais detêm a atenção dos usuários, mas elas podem enfraquecer por conta do Governo?
Vendo de fora o TikTok conquistar e influenciar tantos mercados dá a impressão de que ele é invencível. Talvez aos olhos da concorrência sim, mas aos do Governo já é outra história.
O TikTok está em uma maré de obstáculos. Primeiro foi a iniciativa dos EUA de barrar a rede no país. Agora, a União Europeia (UE) está forçando a plataforma a cumprir os requisitos da Lei de Serviços Digitais se quiser continuar operando na região. A exigência nada mais é do que permitir que os usuários controlem seu algoritmo de personalização. Ou seja, sem o "For You" para eles. Acontece que com o controle, significa menos dados, menos conhecimento do usuário, menos feed viciante. Todo o sucesso da rede não é mesmo?
Depois dessas alterações, outras regiões começam a pedir o mesmo recurso, como o Reino Unido, e para piorar, algumas organizações estão cogitando que se é possível oferecer a uma, é possível oferecer a todos.
Por que isso é quente?
Não importa quão grande você seja, se tiver conta no cartório, uma hora ela chega. A pressão dos países em cima do TikTok não é em vão. No caso dos EUA, a preocupação de vazar dados para a China é um motivo muito válido. Já na UE, o Center Countering Digital Hate descobriu que o algoritmo da FYP estava mostrando conteúdo de automutilação e distúrbios alimentares para adolescentes. O ponto é que, seja você uma marca ou criador de conteúdo, tem que incluir essa informação em sua análise de SWOT, porque se ela não apresenta risco agora para o seu conteúdo na rede, pode ser um risco muito em breve.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Google: se já era óbvio para você, agora é confirmado pelo Google: conteúdo antigo não é desclassificado na pesquisa. Então, não exclua nada.
Instagram: a rede está testando opções de postagem colaborativa, além de permitir collabs de até quatro contas.
Netflix: a plataforma está testando disponibilizar o acesso a jogos em nuvem. Se tudo correr bem, serão 95 jogos incluídos em um catálogo com assinatura mais cara. O teste está rodando com assinantes no Canadá e Reino Unido.
Youtube Music: a plataforma está adicionando um feed de vídeo chamado Samples, o que é basicamente uma cópia do TikTok. São vídeos na vertical e personalizados para os usuários explorarem novas músicas.
Bing: para quem apostou que o Bing superaria o Google incorporando o Chat GPT não chegou nem perto de acertar. Desde a união, o Bing não conseguiu conquistar nenhuma participação de mercado do Google até agora. Pelo contrário, no ano passado representava 3% de Market Share e agora são 2,9%. Isso significa que ainda teremos que nos render e humilhar as regras do mecanismo de pesquisa todo-poderoso.

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