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Gerando reconhecimento de marca com falsificações
Na edição 33o da Gossip Marketing: ricos escolhendo destino radicais, construindo negócio de conteúdo e muito mais...

Olá humano! Cada vez que eu termino uma edição de news é uma sensação deliciosa de dever cumprido. A música que me acompanhou hoje foi essa aqui. Bora pra mais uma news?
Resumo para preguiçosos:
Marca de luxo aproveitando as falsificações
Ricos estão escolhendo férias radicais
Quanto tempo para construir um negócio de conteúdo?
🚫 Cultura da imitação - Como uma marca de luxo utilizou as falsificações para crescer em reconhecimento
A geração Z (eu posso falar mal) gosta de dizer que é sustentável, inclusiva e blá blá blá. No entanto, o discurso dura só até a página 2, quando o fato de não ter dinheiro bate na cara.
Os jovens querem estar na moda, principalmente quando tudo é instagramável, e para isso, as falsificações são o caminho. Se antes a fraude era socialmente não aceitável, agora é quase um motivo de orgulho encontrar itens falsos que correspondam em semelhanças com o original por uma pechincha. No TikTok, a #dupe (cópia) tem 4,4 bilhões de visualizações.
Enquanto isso, a Lululemon, varejista canadense de roupas esportivas, e uma das marcas mais clonadas citadas no TikTok, organizou um evento em que os clientes levavam calça falsificada e recebiam em troca um par grátis da original. O evento atraiu milhares, e 50% eram novos clientes.
Por que isso é quente?
É quase impossível frear fraudes. Se a marca consegue fazer isso com uma ação que gera mais vendas, tráfego orgânico e reconhecimento de marca, então sim, isso é extremamente inteligente. De forma geral, imitações são ruins em todos os sentidos. Para quem usa, pode em algum momento influenciar na desonestidade (livro do Dan Ariely), para a marca, que pode afetar a percepção de valor e o registro da marca e para o próprio mercado, uma vez que aumenta ainda mais a velocidade do fast fashion e a descartabilidade dos itens. Nesse momento, marcas com proposta de valor muito bem consolidado, como Patagônia consertando suas jaquetas a cada rasgo, podem ser o exemplo mais claro de um combate à pirataria.
🚢 Naufrágio - Por que os ricos estão escolhendo as férias com base em turismo radical?
Você provavelmente acompanhou a saga do submarino essa semana. O que está por trás desse comportamento é ainda maior do que uma simples aventura radical.
Quando você tem dinheiro suficiente para te levar a qualquer lugar do mundo, mais vale a experiência do que o lugar. Por isso, alguns levam seus desejos ao limite, como:
Viagens espaciais organizadas pela SpaceX e Blue Origin (Entre US$ 250.000 e US$ 500.000)
Viagem ao Polo Sul (até US$ 100.000)
Essa busca de colocar a vida em risco é uma mistura do avanço tecnológico, sensação pós-covid de "viva a loucura que ainda pode" e o desejo pelo inalcançável que motivou os ancestrais.
Por que isso é quente?
O ser humano tem uma busca insaciável pelo desconhecido. Só lembrar de Shackleton em suas expedições para a Antártica. Enquanto os ricos podem pagar montantes pornográficos para realizar suas loucuras, os pobres padecem da mesma necessidade e eles podem ser atendidos por você ou sua marca. Minha amiga, por exemplo, utilizou a criação de conteúdo para mostrar como é possível ir ao Cristo Redentor em um período com poucas pessoas e tirar fotos incríveis.
💰 Creator economy - Em quanto tempo é possível construir um negócio com a produção de conteúdo?
Largar a corrida dos ratos pode ser algo difícil. No entanto, as pessoas estão enxergando na produção de conteúdo um caminho possível para isso.
A Newsletter The Tilt entrevistou 1440 criadores e descobriu que, em média, um novo criador leva cerca de 1 ano para monetizar algo e 18 meses para construir um negócio de sucesso. A métrica foi medida por criadores que passam a maior parte do tempo produzindo ou o tempo todo. Algumas conclusões interessantes do estudo:
O criador médio tinha 4 mil seguidores
Um criador gasta em média US$ 10.700 para iniciar um negócio de conteúdo
Consultoria é a forma mais popular e lucrativa de monetizar o conteúdo
76% dos criadores utilizaram IA para ajudar em seus negócios
Por que isso é quente?
É muito difícil adaptar os dados dos EUA para o Brasil, principalmente quando o nível de maturidade deles para criação de conteúdo é muito superior. Mas ainda assim, se eles conseguem fazer isso em um nível de concorrência gigantesco, nós, vivendo em um país que não é difícil diferenciar da média, é ainda mais possível. Ainda digo mais, uma faculdade demanda de 4 a 5 anos de estudo e não te dá nenhuma garantia de emprego, enquanto a produção de conteúdo demanda baixo investimento, pouco recurso e a curva de crescimento é exponencial.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Reels: o recurso que deveria ser nativo desde o primeiro dia, finalmente foi implementado. Os usuários do Instagram agora conseguem baixar Reels. Por enquanto, apenas nos EUA e em dispositivos móveis.
LinkedIn: a rede implementou guias de notificações separadas entre "minhas postagens" e "menções". Também removeu os vídeos de perfil, imagens clicáveis e o recurso nativo de carrossel. (poxa, foi tão cedo)
ChatGPT: o chat agora tem um recurso que pode recorrer a outras APIs quando ele precisar de ajuda. Por outro lado, pesquisadores descobriram que se a IA for treinada com conteúdo gerado por IA, pode causar um colapso.
Meta: a empresa está lançando a VoiceBox, uma ferramenta de IA generativa capaz de traduzir texto para áudio de forma natural, falar qualquer idioma estrangeiro em sua própria voz e remover ruídos de áudios pré-gravados.
Amazon: a grande varejista está testando um recurso de usar IA para resumir as avaliações que os usuários deixam em seus produtos, avisando que é gerado por IA. (isso pode dar tanta merda...)
Compartilhar é uma forma de amar

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