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Threads, a cópia do Twitter, é para sua marca?
Na edição 35o da Gossip Marketing: tendências criam negócios?, surto de uso da IA e muito mais...

Olá humano! É incrível como estou escrevendo isso no domingo, mas já posso sentir que estou acordando cansada na segunda-feira. Você tem a chance de mudar seu dia ouvindo essa playlist incrível de lo-fi. Bora para mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Threads, a cópia do Twitter, é para sua marca?
É possível criar negócios a partir de tendências?
Deu a louca nos usuários de IA
🚩 Copy paste - Threads, o aplicativo cópia do Twitter, é mais uma rede social para a sua marca estar?
Os deslizes do Twitter nas últimas semanas empurraram o Instagram a adiantar o lançamento do seu aplicativo descentralizado chamado Threads. (Famoso copia, mas não faz igual)
O que é importante saber até agora:
Até a minha última verificação, o aplicativo já contava com 70 milhões de usuários em menos de uma semana. Está a um passo de alcançar os 368 milhões de usuários do Twitter.
O Instagram está garantindo que a contagem de usuários seja mantida, vinculando a exclusão da conta do Threads simultaneamente com a do perfil do Instagram.
Para o lançamento, eles se certificaram de ter um bando de celebridades, marcas e influenciadores por lá. Ter conteúdo publicado para consumo é um dos maiores problemas quando se tem uma nova rede. O Instagram tratou logo de evitar isso.
O aplicativo está disponível em 100 países, com exceção da UE por conta da constante vigilância sobre segurança de dados e monopólios.
O feed é uma combinação de pessoas que você segue e de pessoas que você não segue.
Se quiser concorrer diretamente com o Twitter, o Threads vai precisar de DM, Trending Topics, hashtags, anonimato e um site para desktop.
Resumindo, ainda há muito recurso para copiar.
Por que isso é quente?
O lançamento do Threads foi um grande evento esta semana, e com toda a certeza é um puta caso de sucesso. Se você está se perguntando se a sua marca deve estar lá, bem, você vai ouvir diversas opiniões sobre isso. Uma coisa que eu posso adiantar é que, diferente das outras, você não precisa garantir seu @ porque ele já está resguardado pelo seu Instagram. Agora, se você quer surfar o hype, eu diria para experimentar replicando conteúdos que fizeram sucesso em outras redes. Mas, de verdade, não acho que sua marca deva perder tempo planejando conteúdo para lá nesse primeiro momento. Espere as coisas se estabelecerem até incluir essa rede na sua estratégia. E se você quiser saber se o Threads representa o fim do Twitter, eu escrevi sobre isso lá no meu Linkedin. (não é só o Twitter que está arriscando afundar, são as redes sociais como um todo)
⏫ Arrasta pra cima - As redes sociais são influentes o suficiente para criar negócios a partir de tendências?
O TikTok é o exemplo do velho ditado "caiu na rede, é peixe", uma vez que tudo que viraliza por lá repercute em forma de carrinho de compras. Mas é possível construir um negócio sustentável só com trends?
É o que a ByteDance quer descobrir. A empresa que controla o TikTok quer fazer do #BookTok um negócio de livros, abrindo sua própria editora. A comunidade de leitores na rede é forte e engajada, o que ajudou a fortalecer o comportamento da leitura e impulsionou a venda de editoras utilizando o conteúdo. Agora, a ByteDance quer replicar o mesmo para si mesma. Enquanto isso no mundo da moda, o algoritmo parece funcionar para os negócios apenas quando existe um calendário de lançamentos da cultura pop, como o caso das tendências barbiecore (Próximo live-action da Barbie), luxo silencioso (Sucession) e cottagecore (Taylor Swift).
Por que isso é quente?
É difícil dizer se os negócios criados a partir de tendências vão sobreviver, afinal, tendências são passageiras e talvez seja um grande risco torná-las eternas. Mas a melhor forma de saber se vai dar certo é utilizando uma empresa com capital para isso. Se a editora pegar, o TikTok terá em mãos uma oportunidade de ouro. Ele vai poder criar negócios que já possuem público comprador e jogar com as próprias regras do jogo. Em caso de sucesso, pode esperar o mesmo que aconteceu com o Threads, acontecendo com o TikTok, criando uma possível gravadora ou até mesmo seu próprio streaming?
🌊 Travessuras - A IA está criando um mundo de benefícios em meio a um mar de desafios
A inteligência artificial quebra um galho em muitas áreas, mas nós vamos conseguir usá-la sem supervisão?
Nas últimas semanas, a IA está correndo solta nas mãos dos usuários:
A pesquisa em tempo real com o Bing incorporada no ChatGPT Plus estava sendo utilizada para acessar artigos pagos bloqueados por paywall. Os usuários colavam o link da matéria e solicitavam ao chat escrever a matéria completa. Em razão disso, o recurso foi suspenso até resolverem o problema.
A Amazon está com uma enxurrada de best sellers escritos por IA em sua assinatura do Kindle Unlimited. Os vendedores usam o recurso de autopublicação para ganhar dinheiro fácil. Para se ter noção, dos 100 livros mais vendidos, apenas 19 deles são escritos por humanos.
Se o objetivo é escalar com a IA, ter que supervisionar cada movimento suspeito vai contra isso.
Por que isso é quente?
A IA ganhou alcance popular muito rápido. Isso está induzindo a trocar o pneu com o carro andando, mas o custo disso é atropelar pessoas e plataformas ao longo do caminho. Ela ameaça coisas que consideramos importantes, tais como avaliações de produtos, blogs, tutoriais e até a própria pesquisa do Google. Se o que aconteceu na Amazon escalar para o resto da internet, os sistemas de IA podem colapsar sem nenhum novo conteúdo de humanos para reaproveitar. O conflito se estende a organizações, como o Reddit e o Stack Overflow, cobrando pelo acesso à API pela coleta de dados. Com a IA correndo solta, podemos em breve estar arriscando a liberdade que a internet desfruta.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Telegram: a rede quer se inspirar no modo copiador do Instagram testando sua própria versão de stories, que pode ser personalizada para durar de seis horas até para sempre. (precisava?)
TikTok: enquanto a Amazon quer ser o próximo TikTok das compras, o TikTok quer ser a próxima Amazon ou Shein das redes sociais. A plataforma está testando uma seção de compras em alguns países, vendendo produtos que são vendidos e enviados pela ByteDance.
Netflix: o streaming quer ser mais do que um posicionamento de anúncios. A plataforma está testando adicionar campanhas "episódicas", em que os anúncios são relacionados aos telespectadores, em vez de exibir o mesmo anúncio repetidamente. Além disso, está testando formas de melhorar a segmentação para as marcas.
Youtube: está testando inserir hiperlinks em palavras-chave adicionadas pelos usuários nos comentários, semelhante ao que o TikTok faz. O objetivo é tornar a pesquisa mais fácil. Os criadores podem controlar se querem ter isso em seus vídeos ou não.
Google: o Google Ads Editor versão 2.4 lançou algumas mudanças interessantes, como uma biblioteca de ativos de vídeo, visão geral de várias contas e integração com o Google Drive.
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