O futuro das redes sociais é pago?

Na edição 37o da Gossip Marketing: colaborações entre moda de luxo e F1, o futuro das redes sociais, os impactos da greve de Hollywood e muito mais...

Olá humano! Você foi assistir Barbie ou Oppenheimer no cinema? Estou me sentindo um alienígena por não ter feito nenhum dos dois. Sinto te decepcionar, mas eu prefiro o conforto do streaming. Se quiser ouvir a música da edição de hoje, está aqui. Vamos para mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Colaboração entre moda de luxo e F1;

  • O futuro das redes sociais é pago?

  • O impacto da greve de Hollywood;

🏎 All in - Qual é o limite para collabs entre marcas?

As marcas desejam estar onde o público está, e o limite final para uma collab talvez seja a falta de público, o que não é o caso dos esportes, cujos eventos estão atraindo marcas para colaborações.

Após esportes como futebol, basquete, golfe e tênis saturarem os acordos com as marcas, encontrar esportes que tenham público e que sejam pouco explorados por marcas é uma oportunidade para estreitar parcerias. Dada a popularidade que a F1 conquistou, o mercado de moda está capitalizando essa atenção, estabelecendo parcerias:

  • Palm Angels sendo curadora de entretenimento da Haas F1, oferecendo jantares, festas e criando uma linha de moda.

  • Louis Vuitton projetou uma mala de viagem para o troféu do Grande Prêmio de Mônaco em 2021. Enquanto a Berluti se tornou parceira da Alpine F1, ambas do conglomerado LVMH.

  • Hugo Boss equipou toda a equipe da Aston Martin F1 e planeja lançar uma linha de consumo de marca conjunta no final do ano.

  • Seja como for, o movimento iniciado no passado por Lewis Hamilton de construir imagem pessoal por meio da moda está sendo replicado.

Por que isso é quente?

Ter marcas interessadas em esportes é sempre uma boa notícia. Isso significa aumentar as possibilidades de popularizar o acesso ao público, o que se traduz em mais público, redução de preço em ingressos, mais incentivo para trabalhadores da indústria e por aí vai. Miami está tentando algo parecido, no desejo de se tornar a cidade do futebol, agora que tem Messi como estrela do time. Além disso, o fato das marcas de moda investirem em F1 é uma demonstração da capacidade de sair do óbvio e encontrar o famoso "oceano azul", colhendo ainda os louros da mídia espontânea. Se você cria conteúdo, pense nisso como uma inspiração.

🤳🏼 Payfeed - O futuro das redes sociais é pago?

Desde que o mundo se tornou social, um triplex foi alugado na mente de todos, questionando se isso realmente contribuiu para nossa evolução como sociedade.

À medida que o feed apresenta mais publicidade do que fotos de amigos, as pessoas não veem mais as redes sociais como um lugar sociável. Em busca de pertencimento, comunidades menores vão se formando no Reddit, Discord, Telegram e outras plataformas. Se no passado o dinheiro gerado por meio de anúncios no feed rendeu uma boa grana, agora, para sobreviver ao futuro, as redes sociais precisarão abordar dois caminhos: possibilitar um maior alcance ou dividir a receita com os criadores. Veja como isso já está acontecendo:

  • O Twitter começou a pagar milhares de dólares em receita de anúncios para os principais criadores.

  • Marcas estão experimentando um bom engajamento no Threads.

  • O Snap está recuperando os criadores com um novo e popular compartilhamento de receita de anúncios.

Por que isso é quente?

As pessoas estão cansadas das redes sociais. A recuperação do público está na capacidade das marcas e criadores de criarem um ambiente onde as pessoas queiram estar, ou seja, produzindo conteúdo atrativo. As marcas que migram para uma nova rede, como o Threads, visualizaram a oportunidade do alcance proporcionado no início, o que no fim do dia significa menos dinheiro investido em anúncios. Enquanto os criadores veem oportunidades de monetizar assuntos que gostam através da divisão de receita. Ouso dizer que se as redes sociais não adotarem um modelo de ganha-ganha, todas elas estarão fadadas à falência.

🎬 Greve - Como Hollywood pode sobreviver sem suas estrelas?

Se você não vive neste planeta, preciso te avisar que Hollywood está enfrentando duas grandes greves (roteiristas e atores) que não se via desde 1960. Será que eles vão sobreviver?

Acabamos de ver Barbie fazer um mega barulho de marketing e levar as pessoas ao cinema. Isso tudo sem depender muito dos rostinhos da Margot Robbie e do Ryan Gosling. Mas esse não é o costume. Sem as estrelas, alguns problemas estão batendo à porta, vejamos:

  • A Warner Bros. fracassou com The Flash quando precisou encobrir o comportamento pessoal de Ezra Miller.

  • Com a greve, os atores estão proibidos de fazer qualquer ação de relações públicas para as empresas afetadas.

  • As bilheterias estavam se recuperando do efeito pós-covid, mas serão afetadas novamente sem a promoção de ações de exposição dos filmes. Isso pode fazer com que as empresas escolham adiar os lançamentos de suas produções, além de atrasar o calendário de futuras gravações.

Hollywood está pegando fogo, e eu não duvido nada que tem um estúdio nesse exato momento fazendo um documentário para lucrar com isso depois. Viva o capitalismo!

Por que isso é quente?

Minha parte preferida das greves é quando as grandes corporações reconhecem que não sobrevivem sem o pequeno trabalho da coletividade. Cada trabalho importa, e as greves ajudam as pessoas a enxergarem isso. O negócio de Hollywood é suicida, uma vez que eles dependem de investimento de Wall Street para produzir e, depois, dos atores para promoverem suas produções. A chance de isso dar merda é altíssima, como está acontecendo agora. Um possível caminho do meio seria utilizar a experiência cinematográfica de Hollywood para capitalizar produções com o dinheiro de grandes marcas, produzindo documentários, séries ou filmes de marcas, como exemplo produzir um Ted Lasso da Coca Cola, isso pode gerar um novo canal de anúncios em tela grande e um elenco de estrelas ao dispor para gerar awareness. Me parece um bom ROI.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Netflix: Você pode odiar a Netflix, mas a estratégia dela de repressão de senhas está sendo um sucesso para os negócios. A contagem de novos assinantes já representou um aumento de seis milhões de novos clientes.

Meta: O sucesso do Threads está diminuindo, visto que reduziu 20% dos usuários ativos e caiu 50% do tempo gasto no aplicativo. Enquanto isso, a Meta pretende concorrer com o ChatGPT e Bard criando o LLama e lançando com uma versão comercial de código aberto.

Apple: Agora que a IA virou DIY, a Apple também entrou na onda. A empresa está trabalhando no seu próprio chatbot de IA, apelidado de "Ajax".

ChatGPT: A Bytedance, controladora do TikTok e Capcut, acaba de lançar um plugin do Capcut para o ChatGPT. Com ele, será possível gerar um script e, em seguida, um vídeo para ser editado no aplicativo a partir de um prompt.

Barbenheimer: Os cinemas estão relatando um número surpreendente de vendas de ingressos para assistir Barbie e Oppenheimer em sessões duplas. Fica a dica do quanto é poderoso reunir casais com gostos diferentes em prol de um contrato de cumplicidade.

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