Namoro virtual com IA: o que isso ensina sobre comportamento?

Olá humano! A edição de hoje foi ao som dessa música, ouça comigo. Vamos pra mais news?

Resumo para preguiçosos:

• Shorts lança 6 recursos novos

• Uber reporta lucro depois de implementar anúncios

• A Nova Tendência: Namoro Virtual com IA

📺 Vídeos curtos - Shorts lança 6 novos recursos para impulsionar vídeos curtos no YouTube

Todas as redes desejam replicar a fórmula de sucesso do TikTok, seja adicionando o mesmo formato, recurso ou qualquer outro truque de atenção. O YouTube sinalizou isso em sua atualização de recursos, se liga:

• Collab: o já conhecido recurso de gravar lado a lado com outros vídeos Shorts.

• Adesivos: um dos principais adesivos adicionados é o de perguntas e respostas. O adesivo de pergunta é inserido no vídeo e as respostas são exibidas nos comentários.

• Shorts ao vivo: basicamente, uma transmissão ao vivo na vertical que pode ser descoberta navegando pelo feed do Shorts.

• Sugestões: ao ouvir um áudio ou efeito interessante, você pode salvá-lo para criar seu próprio conteúdo.

• Lista de reprodução: agora é possível salvar Shorts em uma lista de reprodução diretamente do feed.

• Ferramentas de recomposição: o YouTube está testando facilitar a inversão de vídeos horizontais para o formato vertical.

Adicionar recursos do concorrente é o novo estilo "Burger King" de agir.

Por que isso é quente?

Sempre que uma rede social lança novos recursos, é interessante verificar como adaptar o conteúdo a eles. Primeiro, porque nos primeiros meses a plataforma exibe o conteúdo para mais pessoas, buscando validar o sucesso ou fracasso do recurso. Segundo, é uma maneira de testar a capacidade de distribuir conteúdo em diferentes formatos. Por exemplo, pode ser útil observar quais temas tiveram bom desempenho em vídeos longos para criar transmissões ao vivo no formato horizontal, enquanto tópicos que viralizam em vídeos curtos podem ser usados para lives na vertical. Da mesma forma, a ferramenta de recomposição, se bem-sucedida, pode servir como um editor de vídeos para distribuição em outras plataformas.

🚗 Ads - Pela segunda vez reportando lucro, a Uber demonstra sua capacidade de reerguer por meio da receita de anúncios

A última vez em que a Uber registrou lucro foi em 2009. Desde então, ela dependia como um filho dos pais (investidores) para se manter, mas, com o dinheiro parando de jorrar em Wall Street, ela precisou correr para ser lucrativa. E finalmente, conseguiu.

Ela alcançou esse feito por meio da publicidade. A Uber conquistou 55.000 anunciantes neste trimestre, totalizando cerca de 400.000, sendo a maioria de pequenas e médias empresas. A expectativa de receita anual para este ano é de mais de US$ 650 milhões, e acredita-se que essa cifra possa chegar a bilhões até 2024. Além dos smartphones dos clientes, a empresa conta com parceiros como Drizly, Uber Eats e tablets instalados nos carros dos motoristas, além de ocupar espaços em algumas áreas das cidades de Nova York e Phoenix.

Na economia da atenção, quem vende publicidade é rei.

Por que isso é quente?

Ter a Uber como anunciante é como aquelas cenas em filmes em que o personagem entra em um táxi e pede para seguir um carro à frente, mas agora com a adição de seguir vários carros simultaneamente. Imagine uma loja de suplementos anunciando para um cliente que utiliza o Uber diariamente para ir à academia? Outro ponto, se você possui um fluxo constante de pessoas, tem ali uma oportunidade de inserir anúncios. E, mais vantajoso ainda, se você possui fluxo + atenção + público específico, você tem dinheiro.

🤖 Relacionamento - A Nova Tendência: Namoro Virtual com IA

Dormimos por 100 anos, e o filme "Her" já não é mais uma ficção, mas sim uma realidade. Os humanos sempre curtiram flertar com chatbots, mesmo quando eles não eram apropriados para tal. No entanto, agora eles estão sendo criados com esse propósito.

Com o rápido avanço da IA e as promessas de interações cada vez mais humanas, escolher um namoro virtual com IA agora é possível. O aplicativo mais popular no momento é o Replika, que conta com mais de 10 milhões de usuários. Ele cobra uma assinatura para que as pessoas possam ter acesso a um companheiro virtual personalizado, com características físicas, personalidade e interesses específicos. Dentre os recursos disponíveis, o robô responde a comandos de voz, mensagens de texto, videochamadas e ainda é capaz de receber presentes virtuais.

Segundo a reportagem, a preocupação com aplicativos desse tipo é o potencial de gerar comportamentos prejudiciais ao usuário na realidade, visto que as companheiras virtuais nunca dizem NÃO.

Por que isso é quente?

Eu sei, você quer abrir a boca agora e gritar "que bizarroooo", mas antes disso, gostaria de convidá-lo a refletir como um profissional. Na área de marketing, é crucial compreender o comportamento das pessoas. Tomando este aplicativo como exemplo, podemos inferir que os usuários estão buscando uma conexão segura e sem riscos, alguém sempre disponível e acessível a qualquer momento. Além de estarem abertos para explorar novas formas de relacionamento. É difícil atingir essas exigências sem a presença de um robô, porém, se as pessoas estão dispostas a cultivar relações virtuais com máquinas, isso sugere que as marcas também podem alcançar níveis de conexão semelhantes.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Threads: a rede lançou novos recursos, como feed personalizado, tradução de postagens e filtros de notificação. No entanto, desde o lançamento, o engajamento na rede caiu 70%. Zuck (como sempre) mantém a esperança de que ela se torne a próxima rede social a atingir 1 bilhão de usuários.

Meta: a gigante concordou com os termos da UE, permitindo que os usuários desativem a publicidade comportamental da rede. No entanto, está lançando um chatbot de IA chamado Personas, uma nova forma de pesquisa, interação e também... rastreamento de interesses dos usuários.

Analytics: o Google Analytics 4 está lançando um filtro capaz de identificar qual público-alvo que clica nos anúncios é mais engajado e lucrativo.

YouTube: a plataforma deseja evitar que você perca tempo consumindo conteúdo de baixa qualidade, por isso está testando resumos de vídeos gerados por IA. (Interessante... talvez assim acabe com os clickbait)

Google: a plataforma sabe tudo sobre você e, em razão disso, vai fazer fofoca toda vez que algo relacionado a você aparecer nos resultados de pesquisa.

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