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DeepSeek: Por que o novo concorrente de chatbot de IA surpreendeu e assustou o mercado e investidores estadunidenses?
Na edição 108o da Gossip Marketing: A febre do DeepSeek, Super Bowl e o anúncio mais caro, Plano de voo da Netflix e muito mais...
Olá, humano! Meu amigo me lembrou no sábado que era dia do publicitário (1º de fevereiro). Procurei alguns perfis que eu gosto de acompanhar e gargalhei ao pensar que as homenagens à profissão basicamente dizem “você só compra igual um otário, porque a gente existe” (Amo minha profissão, mas convenhamos, não estamos salvando ninguém do naufrágio da humanidade). Ah, e o mesmo amigo me forçou a ouvir o novo álbum do BK - agora estou viciada nessa música. Vamos pra mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
DeepSeek: o novo chatbot do momento
Super Bowl supera investimento em anúncio
Netflix: plano de voo para 2025
🤖IA - DeepSeek: Por que o novo concorrente de chatbot de IA surpreendeu e assustou o mercado e investidores estadunidenses?
Imagine estar na corrida da IA, equipada com o que há de mais moderno no mercado, e ser alcançada por um concorrente usando uma bicicleta com freios gastos e um sonho? Assim surgiu o DeepSeek. O que você precisa saber?
Criado pelo fundo de hedge High-Flyer Capital Management, liderado por Liang Wenfeng, o DeepSeek foi lançado na semana passada e pegou o mercado de surpresa.
O chatbot de código aberto alcançou o topo da App Store, ultrapassando a OpenAI. 35% dos downloads vieram da China e 15% dos EUA. Somando App Store e Google Play, o app já acumula 1 milhão de downloads.
Os modelos de cálculo do DeepSeek, R1 e V3, apresentaram um desempenho quase tão bom quanto o Llama da Meta, o GPT-4o da OpenAI, o Gemini do Google e o Claude 3.5 Sonnet.
O motivo do surto no mercado estadunidense? O V3 foi treinado gastando apenas US$ 5,6 milhões, usando pouco mais de 2.000 chips Nvidia de geração antiga. Para efeito de comparação, só a Microsoft investiu US$ 10 bilhões na OpenAI.
E por falar em Nvidia, suas ações despencaram 17%, a maior queda já registrada para uma empresa. O motivo? Em 2022, os EUA proibiu a exportação dos chips mais potentes da Nvidia para a China, forçando o país a ser criativo e aprimorar o que tinha disponível — e, aparentemente, conseguiram bons resultados a um baixo custo.
A DeepSeek também lançou uma família de modelos de imagem que superou o DALL-E 3, com destaque para o Janus-Pro.
Corre um boato de que os modelos do DeepSeek foram treinados usando as saídas dos modelos da OpenAI. (No mínimo, um questionamento válido, já que o treinamento durou apenas dois meses, além dos riscos de um aprendizado de IA com outros IAs)
Algumas empresas já estão anunciando uma migração para o DeepSeek para reduzir custos.
Por que isso é quente?
O último grande lançamento no mercado foi o ChatGPT, que demorou a disponibilizar uma versão mobile — erro que o DeepSeek não cometeu.
Outro concorrente que ficou para trás foi o Llama da Meta, que prometeu ser o modelo de código aberto mais dominante do mundo. Mas, até agora, o Zuckito está gastando rios de dinheiro para tornar esse sonho realidade. Inclusive, há rumores de que a Meta montou "salas de guerra" para tentar quebrar os modelos do DeepSeek e recriar o Llama à sua imagem. (A cópia da cópia.)
No passado, empresas como Oracle, IBM e Microsoft cobraram fortunas por sistemas de bancos de dados. Com o tempo, surgiram alternativas gratuitas e de código aberto, como PostgreSQL e MySQL, permitindo que qualquer pessoa usasse essas tecnologias sem pagar. Isso mudou o mercado, tornando os bancos de dados acessíveis para todos.
Agora, o mesmo interesse está acontecendo com a IA. Assim como os bancos de dados se tornaram gratuitos e amplamente disponíveis, a inteligência artificial pode seguir o mesmo caminho.
Grandes empresas já estão investindo bilhões em infraestrutura física (servidores, data centers) para garantir que seus sistemas de IA sejam sustentáveis no futuro.
Ou seja, a verdadeira disputa não será vencida apenas pelo melhor modelo de IA, mas por quem conseguiu estruturar melhor seu negócio e a distribuição dessa tecnologia.
PS: Da última vez que baleia azul ganhou fama no Brasil...
📺 Publicidade - Super Bowl: Por que o investimento no maior show comercial do mundo continua a aumentar?
O grande desfile da Avenida Madison, os anúncios do Super Bowl, atingiram um preço recorde de mais de US$ 8 milhões por um comercial de 30 segundos. O que isso sinaliza para o mercado?
O valor de um anúncio deste ano superou o recorde anterior de US$ 7 milhões , registrado no ano passado.
A marca responsável por essa cifra ainda é um mistério, segundo a Bloomberg.
A aposta no grande show é tão alta que algumas empresas pagaram ainda mais para exibir múltiplos comerciais ou garantir vagas de um minuto.
Uber Eats, Bud Light e MSC Cruzeiros apresentaram negociações comerciais de 60 segundos, de acordo com o iSpot. ( Como deve ser trabalhar com marcas que têm orçamento? 😥 )
Em 2023, o evento registrou 123,4 milhões de espectadores , tornando-se a maior audiência da história para uma transmissão nos EUA.
Neste ano, a Fox lançará sua plataforma Tubi, que transmitirá o show gratuitamente e terá um pré-show exclusivo, cobrindo momentos culturais e celebridades da moda.
Com o jogo do Kansas City Chiefs, todas as câmeras estarão de olho para flagrar Taylor Swift nas arquibancadas.
Por que isso é quente?
Desde 2024, especialistas alertam sobre a redução dos investimentos em publicidade, impulsionada por fatores como inflação e queda no poder de compra.
No entanto, os investimentos publicitários tanto no Super Bowl quanto no BBB deste ano superaram os valores das edições anteriores, por quê?
O cenário de mídia está cada vez mais fragmentado. Ter um momento de grande atenção ao vivo, como nesses dois eventos, cria uma corrida entre marcas para garantir visibilidade, transformando o espaço publicitário em um verdadeiro leilão.
O Super Bowl também é um termômetro do mercado. Em 2022, os comerciais apontaram para a bolha de criptomoedas. Este ano, a expectativa é que muitos anúncios abordem IA.

🎬 Streaming - Netflix anuncia seu plano de voo para 2025
Após vencer a guerra do streaming no ano passado, a Netflix ajustou sua coroa de campeã ao revelar o roteiro de conteúdos para 2025. O que podemos aprender com isso?
Na última quarta-feira, a plataforma apresentou uma prévia de sua programação para o próximo ano, sob o título "Next on Netflix”.
O novo chefe do setor de cinema, Dan Lin, já aprovou mais de 25 produções, incluindo Frankenstein, dirigido por Guillermo del Toro, Wake Up Dead Man: A Knives Out Mystery, de Rian Johnson, e a aguardada sequência Happy Gilmore 2.
Entre os lançamentos previstos estão as temporadas finais de Stranger Things e Squid Game, além de novos episódios de Wednesday e diversas produções originais inéditas.
A plataforma também reforçou seu investimento em transmissões ao vivo, com novidades como WWE RAW e um talk show apresentado por John Mulaney, intitulado Everybody’s Live.
Além do audiovisual, a Netflix está expandindo suas experiências presenciais, incluindo um restaurante no MGM Grand, em Las Vegas, e espaços imersivos de entretenimento, chamados Netflix Houses, que serão inaugurados no Texas e na Pensilvânia.
Por que isso é quente?
O ano passado foi desafiador para a Netflix. A empresa implementou mudanças significativas, como restrição de compartilhamento de senhas, um plano com anúncios e enfrentou forte concorrência com lançamentos dos rivais.
Mesmo assim, a plataforma registrou um crescimento impressionante: adicionou um número recorde de assinantes no último trimestre, ultrapassando 300 milhões globalmente. Além disso, suas ações atingiram uma alta histórica, chegando perto dos US$ 1.000 por ação, e o filme Emilia Pérez brilhou na temporada de premiações, liderando as indicações ao Oscar com 13 nomeações. (Fale bem ou fale mal, mas não dá para negar esses resultados.)
Esse sucesso não veio à toa. A Netflix tem adotado uma estratégia vencedora, que agora inclui testes com transmissões ao vivo, mas o verdadeiro trunfo tem sido o investimento em produções locais. A lógica? Criar conteúdo pensado para cada país e, depois, disponibilizá-lo para o mundo todo.
Esse modelo já rendeu sucessos internacionais como La Casa de Papel (Espanha) e Round 6 (Coreia), provando que, quando bem-feita, a produção local pode conquistar audiências globais.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Meta: pretende gastar US$ 65 bilhões em data centers de IA neste ano. (Com a DeepSeek agora, acho que a "meta" deveria ser economizar.)
Trump: assinou uma ordem executiva que abre caminho para a moeda digital dos EUA. (Eita, como ele é hegemônico.)
Threads: está testando anúncios nos EUA e no Japão. (Quando chegar ao Brasil, podem começar anunciando os solteiros.)
Tailândia: espera um aumento de 20% no turismo, graças à nova temporada de The White Lotus.
Tesla: planeja lançar robô táxi autônomo em Austin, Texas, em junho.
A última edição não funcionou o redirecionamento do link. Para não correr o mesmo risco, clique aqui.
Sessão desabafo
Designers e queridos amigos de profissão, venho humildemente usar este espaço para implorar: façam um bom uso dos mockups que apresentam ao cliente na criação de uma identidade visual.
Tenham o cuidado de perguntar ao cliente o que ele realmente utiliza no dia a dia para entregar mockups condizentes com a realidade dele. Não joguem uma arte sobre uma pedra do Himalaia só porque ficou bonitinho. O cliente não vai usar isso.
O time interno de marketing agradece por não precisar sair feito corno procurando aplicações que os designers esqueceram ou simplesmente não se preocuparam em incluir.
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