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Como as marcas estão usando o 1o de abril para ganhar marketing espontâneo
Na edição 115o da Gossip Marketing: Campanhas das marcas no 1o de abril, Zuckerberg pede apoio de Trump para se livrar da UE, Tinder cria jogo para usuários flertarem com IA e muito mais...
Olá, humano! Se você chegou por aqui agora, sente e pegue seu café. Gosto que meus leitores se sintam confortáveis para tratarmos uns aos outros como amigos da fofoca do cafézinho. Minha descoberta musical da semana é um reflexo do meu estado atual. Bora para mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Campanhas das marcas no 1º de abril
Zuckerberg pede apoio de Trump para se livrar da UE
Tinder cria jogo para usuários flertarem com IA
😵 Marcas – Como as marcas estão usando o 1º de abril para ganhar marketing espontâneo
Como se as marcas já não mentissem o ano todo, agora elas estão oficialmente abraçando o 1º de abril pra lançar “novos produtos”, fazer piadas e, claro, garantir aquela mídia espontânea. O que rolou?
Duolingo: se uniu à rede de cruzeiros Carnival Cruise para lançar o Duolingo World Cruise — um cruzeiro de cinco anos (sim, CINCO) com imersão total em idiomas, eventos culturais e prática no app. A campanha foi global e ganhou tradução nas redes brasileiras. A marca já tem tradição em usar a data pra promover seus produtos de forma absurdamente divertida (lembra do reality show de mentira?).
Heinz: entrou na brincadeira com o anúncio de um molho fictício de strogonoff. A ideia? Celebrar a diversidade da culinária brasileira.
Henry: o aspirador queridinho dos britânicos fez collab com a estação de trem Heathrow para lançar uma “linha exclusiva” que operaria só no 1º de abril — com a proposta (incrivelmente fofa) de aspirar as folhas da primavera ao longo do trajeto.
John Lewis: a tradicional loja de departamentos entrou no clima com a “pawsonal styling” — um serviço de beleza e estilo feito por e para cães. Sim, trocadilho incluído.
Por que isso é quente?
O 1º de abril é uma data absurdamente oportunista pra gerar buzz. Mas poucas marcas realmente se jogam.
A Wiz, por exemplo, brilhou em 2023 com um site de brinquedos falsos em 3D que só especialistas em cibersegurança conseguiriam entender. A indústria pirou e a marca surfou na onda do tráfego espontâneo.
O resultado foi tão bom que eles criaram uma fórmula do sucesso e aplicaram em outras campanhas, como um app de meditação e até um musical. O CMO até compartilhou essa fórmula aqui.
Mas, como tudo no marketing, nem sempre dá certo...
Em 2021, a Volkswagen criou um site chamado “Voltswagen” pra anunciar uma suposta nova linha de carros elétricos com o logotipo modificado. A ideia era uma piada de 1º de abril. O problema?
No dia 29 de março, o jornalista Nathan Bomey, do USA Today, descobriu o site e publicou como se fosse real.
Um porta-voz da Volkswagen nos EUA ainda confirmou tudo, e pronto: a imprensa global foi no embalo e anunciou os “planos elétricos” da marca.
Usuários da internet até tentaram avisar o jornalista que poderia ser uma trolagem. Mas ele tuitou firme: “a marca não brinca com essas coisas”.
Quando a verdade veio à tona, Bomey soltou vários tweets criticando a conduta da empresa e levantou um debate sério sobre desinformação e a responsabilidade das marcas em tempos de fake news.
E aí: vale ou não vale usar o 1º de abril como estratégia de marketing?
📲 Redes Sociais – Mark Zuckerberg está cobrando favores de Trump pra salvar a Meta das cobranças da UE
Se você não aguenta mais ler sobre IA, tenho uma notícia para te dar: estamos só começando. A H&M agora entrou no jogo, criando modelos com gêmeos digitais. Mas que diabo é isso?
Mark Zuckerberg foi um dos primeiros a embarcar com Trump nas políticas anti-diversidade, fim da checagem de desinformação e afins. Agora, o executivo voltou pra cobrar a fatura. O que rolou?
Logo após a eleição de Trump, Zuckerberg abraçou as prioridades do novo presidente: demitiu a equipe de diversidade da Meta, encerrou o programa de verificação de fatos, colocou um aliado de Trump no conselho e ainda apareceu todo engravatado na posse.
Corta pra 2024: a União Europeia está pressionando a Meta pra oferecer seus serviços gratuitamente sem anúncios personalizados.
A empresa até tentou alternativas, como um plano com menos personalização e outro pago pra quem quisesse navegar sem anúncios. Mas... a proposta foi considerada ilegal pelas leis de privacidade da UE.
Pra Meta, essa pressão toda prejudica a competitividade das empresas americanas bem-sucedidas — enquanto rivais de outros países continuam operando sem tanta regulação. Na visão da empresa, a UE está institucionalizando censura e atrapalhando a inovação.
Já a Comissão Europeia rebate: as regras valem pra todos, e são essenciais pra que pequenas empresas consigam competir com os gigantes da tecnologia. Além disso, querem dar aos europeus o poder de decidir como seus dados são usados.
Sabendo que isso pode afundar o modelo de negócios da Meta (a Europa representa cerca de um quarto da receita da empresa), Zuckerberg apelou à administração Trump — que já estava preparando um novo pacote de tarifas — pra usar a pressão comercial dos EUA como carta na manga e convencer a UE a aliviar nas exigências.
Por que isso é quente?
Se todos os bilionários começarem a voltar pra cobrar favores de Trump (e, sejamos honestos, é bem provável), o próximo mandato promete ser tudo menos pacífico.
O ponto é:
Se a UE mantiver a linha dura e a Meta se adequar (pagando multas, mudando o modelo de negócio e reforçando a privacidade), isso pode incentivar outros países a seguir o mesmo caminho. Resultado? Um futuro digital mais ético e centrado no usuário.
Por outro lado, se a pressão dos EUA der certo e a UE recuar ou atrasar a aplicação das regras, o risco é manter o status quo: Big Techs ditando as regras enquanto o consumidor assiste.
Esse cabo de guerra entre governos e corporações vai moldar quem controla os dados, como a informação circula e se a economia digital vai ser realmente justa nas próximas décadas.
Enquanto isso, o marketing digital vai precisar evoluir:
A perda de acesso a dados de terceiros e rastreamento preciso vai exigir mais investimento em dados próprios (programas de fidelidade, comunidades, interações diretas).
Ferramentas de IA e análise preditiva precisarão focar em dados agregados ou contextuais, respeitando a privacidade, mas ainda gerando insights relevantes.
No fim do dia, quem trabalha com isso precisa ver essa mudança não só como uma exigência legal, mas como uma oportunidade real de inovar.

🎮🔥 Comportamento – Tinder lança um jogo para treinar os usuários a flertarem com chatbot de IA
O Tinder quer saber se você é bom de lábia. Pra isso, a plataforma lançou um chatbot de IA que propõe cenários absurdos só pra testar seu poder de sedução. O que rolou?
A maior plataforma de relacionamentos se juntou ao GPT-4o da OpenAI pra criar o The Game Game, um jogo em que os usuários flertam com uma inteligência artificial.
Segundo a Fast Company, o jogo funciona como se você estivesse puxando cartas de uma pilha virtual — cada carta apresenta uma persona de IA em um cenário de comédia romântica super exagerado.
A missão? Flertar com estilo em situações como: "você acidentalmente pisou nos óculos de sol de alguém na praia" ou "suas malas foram trocadas no aeroporto".
O chatbot manda a primeira mensagem e dá feedback em tempo real sobre o que você responde. A partida acaba quando você consegue um match de sucesso em até três minutos.
Ah, e o Tinder só permite 5 sessões por dia, com a desculpa de que “em algum momento, você deve conversar com um humano de verdade”.
Por que isso é quente?
É difícil acreditar nas intenções do Tinder quando as estatísticas não estão do lado dele. De acordo com uma pesquisa da Forbes Health, 79% da Geração Z está exausta dos aplicativos de namoro.
Mas, se o joguinho pegar, pode ser uma forma inteligente de trazer o povo de volta pro app. Afinal, flertar num cenário maluco de filme romântico parece bem mais divertido do que flertar de verdade — e essas 5 sessões diárias podem se transformar fácil numa estratégia de retenção.
Sem falar que, em qualquer faixa etária, o relacionamento virou um grandeee desafio. Em outro momento, o Tinder já apostou num plano ultra premium pra oferecer matches sob medida. Ou seja, o mercado está flutuando de tantas oportunidades.
E olha... se a galera já usa cenários fictícios pra treinar novo idioma, por que não fazer o mesmo pra treinar a arte da sedução?
Talvez seja exatamente isso que os solteiros precisam pra arriscar (com menos vergonha) na vida real.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Facebook: está reintroduzindo um “feed de amigos” pra resgatar aquele clima nostálgico de 2010. (medo real de abrir e estar tocando Balão Mágico ao fundo.)
Apple e SpaceX: estão brigando pra acabar com os pontos sem sinal no planeta usando conexão via satélite.
OpenAI: anunciou que vai lançar um modelo de IA poderoso e de código aberto para competir com o DeepSeek.(desespero define pra quem começou como líder da categoria.)
Roblox: se juntou com o Google pra permitir que jogadores ganhem recompensas no jogo ao assistirem anúncios em vídeo de 30 segundos. (será esse o futuro da publicidade? Oferecer recompensas para manter a audiência?)
TikTok: estava quase fechando um acordo para empresas americanas comprarem ações da Bytedance, mas a China deu um passo atrás depois do anúncio de aumento tarifário feito por Trump.
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