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Blackout: Por que as marcas apoiadoras do Mês do Orgulho estão desaparecendo?
Na edição 124o da Gossip Marketing: Marcas reduzem apoio ao mês do Orgulho, Mattel + OpenAI, programas de recompensa são a nova moda e muito mais...
Olá, humano! Fiquei alternando entre terminar esta edição ou a minha primeira leitura do ano. Você também tem enfrentado dificuldades em terminar leituras? Sinto que leio muito, mas tem sido cada dia mais difícil terminar livros. Essa música não sai da minha mente. Bora pra mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Marcas reduzem apoio ao mês do Orgulho
Mattel faz collab com OpenAI
Programas de recompensa são a nova moda
🌈 Marcas - Blackout: Por que as marcas apoiadoras do Mês do Orgulho estão desaparecendo?
O mês colorido de junho chegou, mas, este ano, se apresentou em tons bem mais cinzas. Isso porque diversas marcas estão recuando no apoio aos eventos do Orgulho, temendo boicotes e represálias de grupos conservadores. O que está acontecendo?
Se em anos anteriores as marcas disputavam quem fazia a maior ativação, a vitrine mais colorida e o comercial mais inclusivo, este ano a vibe é outra: menos logo em arco-íris e menos festa corporativa. A razão? Pressões políticas e econômicas.
Marcas como Nissan, Citi, PepsiCo e até a queridinha Target recuaram nos investimentos em ações do Mês do Orgulho.
Alvo de protestos por apoio ao Orgulho, a Target reduziu significativamente sua coleção temática nas lojas em 2024, após enfrentar ataques conservadores e queda nas vendas.
A Bud Light ainda sente o impacto do boicote de 2023, iniciado após a ação com a influenciadora trans Dylan Mulvaney. As vendas chegaram a cair cerca de 25% na semana seguinte ao anúncio.
Em 2025, 39% das empresas planejam reduzir seu apoio público à comunidade LGBTQIA+ devido a pressões políticas e receios de retaliação.
Quando o cenário é Brasil, nada muda. A 29ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo contou com um número menor de patrocinadores em relação aos anos anteriores.
Em 2023, foram 15; em 2024, contou com 19; e, este ano, apenas 13 marcas confirmaram presença. Entre elas, nomes como Sephora, Amstel, AccorHotels, Zurich, GSK e Burger King mantiveram o apoio, mas outras não retornaram.
Sobre a relevância do evento, a parada SP reuniu cerca de 73,6 mil pessoas no ano passado, de acordo com as USP.
Por que isso é quente?
O corporativismo chegou a um grande impasse: de um lado, um grande público consumidor exigindo diversidade; do outro, pressões políticas para redução de apoio.
Cerca de 2 em cada 5 empresas estão escondendo o reconhecimento do Mês do Orgulho à medida que os executivos cedem à pressão do governo Trump, segundo a Gravity Research.
Ao mesmo tempo, a pressão do consumidor vai na direção oposta. Um estudo da Kantar Brand Inclusion Index 2024 afirma que 75% dos consumidores globais declaram que a diversidade e inclusão de uma marca influenciam diretamente suas decisões de compra.
Se antes a crítica era sobre o “capitalismo arco-íris”, agora o problema é o desaparecimento dele.
Enquanto algumas corporações se retraem, outras dobram a aposta, porque entenderam que, em tempos polarizados, a coragem também é uma forma de posicionamento.
A Sephora é um exemplo global de posicionamento LGBTQIA+. A marca promoveu uma publicidade com a Lady Gaga, enquanto aqui no Brasil, além de apoiar o evento do Orgulho, promove eventos para lideranças, apoia ONGs, mantém políticas de inclusão e 27% do seu time se identifica como LGBTQIA+.
O medo das marcas pode sair caro. O caos instalado agora vai dizer muito sobre onde estão os valores de uma marca.

🤖 Marcas - A Barbie vai ganhar cérebro? Mattel anuncia collab com OpenAI
Um novo match improvável está surgindo: OpenAI + Mattel. Será que agora a Barbie vai conversar com as crianças? O que esperar dessa parceria?
Não dá para esperar nada além de especulações. Ambas as marcas não especificaram o que pretendem fabricar juntas, mas esperam lançar a primeira oferta colaborativa ainda este ano.
A Mattel comentou que a colaboração tem foco em "segurança, privacidade e proteção", inferindo que os produtos sejam voltados para o público infantil.
Importante dizer que a Mattel não licenciou sua propriedade intelectual para a OpenAI. Isso significa que ela ainda vai manter o controle criativo. (Ufa!)
Enquanto isso, os funcionários da Mattel estão tendo acesso ao ChatGPT empresarial para ajudar no processo de ideação e no desenvolvimento de produtos.
Por que isso é quente?
O mercado está saracoteando por parcerias com IA. Afinal, ninguém quer perder esse grande momento da humanidade. Mas isso coloca alguns pontos em questão: vamos ter Barbie falante? Ou melhor, no futuro, as crianças terão brinquedos que não envolvam tecnologia?
A OpenAI fechou grandes parcerias com editoras de notícias, governos e empresas de tecnologia. Mas essa é a primeira parceria envolvendo uma fabricante de brinquedos.
Como ambas as marcas estão misteriosas, só nos resta especular.
Desde que a Mattel experimentou o doce gosto do sucesso de bilheteria em 2023, ela não parou. Seguiu lançando uma campanha agressiva de criação de conteúdo com filmes e programas de TV baseados em produtos da Mattel, como Barney, Hot Wheels e Polly Pocket.
Diante desse cenário, é provável que a Mattel utilize a tecnologia da OpenAI para escrita de roteiros, animações, desenvolvimento de novos conceitos de bonecas, até chegar a uma possível fusão entre tecnologia e brinquedo.
⛔ Tendência - Publicidade em crise? Marcas apostam em recompensas para conquistar atenção
A publicidade, a cada dia que passa, está ficando menos atrativa aos olhos. E as soluções para curar esse ranço estão cada vez mais elaboradas. Qual a bola da vez? Os programas de fidelidade. O que está rolando?
Com o público evitando cada vez mais propagandas invasivas, as marcas estão apostando em alternativas menos irritantes (e mais estratégicas) para chamar atenção.
Em vez de gritar com banners, os programas de fidelidade tradicionais se ramificaram para incluir quatro variantes: programas de pontos (Starbucks Rewards), aplicativos de recompensas (Shell Box), plataformas de recompensas independentes do varejo (Méliuz) e publicidade recompensada (Kwai Golds).
Diante de uma publicidade hostil, esses programas têm ajudado na retenção e aquisição de consumidores.
O surpreendente é que, por mais que as pessoas não gostem de anúncios interruptivos, elas apreciam um convite para participar de programas e estão dispostas a compartilhar seus dados e informações de compra se isso render recompensas.
Por que isso é quente?
Em vez de interromper, as marcas agora estão tentando convidar o consumidor para interagir, como se fosse uma troca justa: "você me dá seus dados, eu te dou vantagens".
Isso porque cerca de um terço das pessoas que navegam na internet já usam bloqueadores de propaganda. Por isso, as marcas estão desesperadas por novas formas de se conectar com o público e obter dados de maneira mais sutil.
Uma solução possível? Oferecer algo concreto e útil ao consumidor, em vez de apenas um banner chamativo na tela.
E mais: mostra que, no fim, o dado do consumidor ainda é o maior ativo, só que agora ele precisa ser conquistado com mimos, e não com pop-ups.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Instagram: vai vai liberar resumos semanais e mensais de métricas para criadores de conteúdo. (já não deveria estar fazendo isso há tempos?)
Whatsapp: agora exibe anúncios parecidos com Stories, segundo a Meta. Especialistas alertam que o novo formato pode comprometer a confidencialidade do usuário. (além de hipócritas, ainda querem violar a criptografia?)
Nova York: foi o primeiro estado americano a aprovar uma lei exigindo que empresas relatem quando demissões em massa forem causadas por inteligência artificial.
YouTube: está focando seus esforços de expansão para monetizar melhor o conteúdo curto, tentando atrair mais criadores para competir com TikTok e Reels.
Samsung: está finalizando um acordo com a Perplexity, empresa de inteligência artificial, para integrar a tecnologia aos seus dispositivos.
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