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“Explicando” invadiu o Instagram. Por que todo mundo agora parece um documentário ambulante no feed?

Na edição 125o da Gossip Marketing: Carrosséis no Instagram, bíblia virou vlog, Apple lança filme de F1 e muito mais...

Olá, humano! Estou com alguns planos ousados para a news. Mas isso vai depender muito se você aí do outro lado vai querer. Por exemplo, faria sentido pra você se eu compartilhasse coisas aplicáveis para o seu trabalho uma vez por semana? (Pode me mandar uma mensagem). Essa música é a prova de que meu Descobertas da Semana acertou. Bora pra mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Carrosséis estão tomando conta do Instagram

  • IA está transformando bíblia em vlogs

  • Apple espera sucesso no seu lançamento de F1

🔥 Tendência – “Explicando” invadiu o Instagram. Por que todo mundo agora parece um documentário ambulante no feed?

Outro dia, rolando meu feed no Instagram, pensei: "não é possível que só eu esteja vendo isso". Fui atrás e meu sexto sentido estava certo. Uma onda de carrosséis que explicam a origem das coisas está inundando o feed. Agora eu trago para cá os efeitos disso, se liga...

  • Tudo começou quando o big boss do Instagram (Adam Mosseri) revelou que os carrosséis estavam ganhando mais alcance na plataforma. (Sim, ele muda de opinião mais que o tempo de Goiânia).

  • Além de ser um formato mais simples de produzir, os carrosséis têm uma dupla vantagem: eles aparecem duas vezes para o usuário. A primeira vez com a capa, e a segunda como sugestão com a segunda página.

  • A partir disso, muitos criadores de conteúdo adicionaram esse formato em suas publicações.

  • Mas não é qualquer tipo de formato. Eles parecem ter saído daquele documentário Explicando.

  • São carrosséis que investigam algum fenômeno social, como: "Por que os jovens estão mais conservadores?" ou "Por que todo mundo que termina um relacionamento começa a treinar?"

  • Os temas são complexos (mudança de comportamento, cultura urbana, conservadorismo jovem), mas são comunicados de forma curta, direta e visualmente clara.

  • E algumas páginas estão reproduzindo uma mesma estética: cores vibrantes, tipografia forte e imagens simbólicas.

  • Algumas parecem ter encontrado o santo graal dos formatos, já que utilizam até a IA para a produção de textos.

Por que isso é quente?

Uma coisa puxa a outra. Carrosséis performando + conteúdo que atrai curiosidade + mídias sociais como principal canal de notícias. Boom... sucesso.

Um Reels precisa de 3 segundos para chamar a atenção do usuário e evitar a rolagem. O carrossel é estático (às vezes, não), quando adicionado com música, aparece na aba do Reels. Como alguns são extensos, isso proporciona mais tempo de tela, são escaláveis e exigem menos estrutura. Ou seja, perfeito.

O formato "explicando" reforça a ideia do usuário de "quero me sentir inteligente". São conteúdos que levantam perguntas, não dão todas as respostas, isso convida o leitor a refletir ou comentar. (E como bem sabe, todo mundo tem uma opinião para oferecer nas redes sociais).

As pessoas sentem que há algo mudando, mas não conseguem nomear. Esse tipo de conteúdo dá nome, imagem e sentido ao que era só intuição ou incômodo.

E, por fim, as mídias sociais se tornaram uma das principais fontes de notícias. Uma pesquisa revelou que 54% dos americanos consomem notícias por plataformas de mídias sociais.

Alguns perfis realmente se dedicam ao estudo do que publicam, já outros levantam o seguinte questionamento: se as redes sociais já funcionam como câmaras de eco, reforçando nossos próprios vieses, o que acontece quando surgem conteúdos que soam quase como explicações científicas? Eles nos farão refletir de verdade?

🤖 Tendência - A Bíblia virou vlog? Davi, Golias e Moisés agora são TikTokers

A Bíblia agora está no TikTok, Instagram e onde mais couber o estilo vlog. Com a ajuda da IA, os personagens bíblicos saíram das escrituras direto para o palco da comédia. O que está rolando?

  • Você não precisa mais abrir a Bíblia para conhecer a história de Moisés, Davi, Jonas ou qualquer outro personagem bíblico. Isso porque a internet resolveu contar essas histórias em formato de vlog.

  • E quem deu vida a essas histórias é o VEO 3 do Google. A ferramenta é mais precisa do que qualquer outra IA anteriormente lançada, uma vez que permite diálogos, sincronização labial precisa e efeitos sonoros.

  • As introduções, os roteiros e até a escolha de palavras geralmente seguem o estilo dos YouTubers ou TikTokers favoritos.

  • Um dos vídeos do Golias relatando o conflito com Davi, por exemplo, imita a rotina viral do influenciador Ashton Hall.

  • A conta viral do TikTok @holyvlogsz começou a postar no mês passado e já acumulou mais de 456 mil seguidores e milhões de visualizações. E, pelo visto, o conteúdo funciona em qualquer idioma. Prova disso é que, no Brasil, o impacto foi igual.

  • Ainda que alguns critiquem a IA por sua suposta falta de refinamento, os vlogs bíblicos conseguem prender a atenção de forma inusitada.

Por que isso é quente?

O VEO 3 não é a primeira ferramenta a ser utilizada para "evangelizar". Antes disso, perfis no TikTok já vinham utilizando a imagem de Jesus com movimentos faciais e áudios gerados por IA para criar mensagens altamente compartilháveis. 

E o intuito desses vídeos estão mais que claros: vender. O @holyvlogsz, por exemplo, possui um link no perfil que redireciona para um curso que ensina como viralizar com IA. 

Produzir vídeos com narração, dublagem, expressões faciais e edição sincronizada exigia tempo, equipe e dinheiro. Agora, modelos como o VEO 3 e o Sora conseguem gerar tudo isso automaticamente.

Isso permite transformar qualquer texto ou ideia já existente em vídeo pronto para consumo — em escala e com qualidade surpreendente.

A IA não precisa reinventar a roda. Ela só precisa contar a mesma história de forma mais rápida, visual e envolvente. Ao adaptar conteúdos antigos (como textos, livros, pregações, entrevistas ou histórias bíblicas) para esse formato, a IA entrega conteúdo com alta chance de viralizar, mesmo sem criar nada inédito.

🎬 Marcas – A Apple está gastando milhões com um filme de F1

Depois do sucesso da série documental sobre F1 na Netflix, agora a Apple está fazendo de tudo para garantir que seu filme sobre F1 receba o mesmo estrondo. Mas será que vai conseguir?

  • A Apple desembolsou US$ 250 milhões para produzir F1, novo filme do diretor Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick), que arrecadou mais de US$ 1,5 bilhão.

  • Tim Cook, CEO da Apple, entrou no circuito de divulgação ao lado de Lewis Hamilton, produtor e astro do automobilismo, em entrevistas para promover o longa, algo que ele só costuma fazer em lançamentos de produtos-chave da marca.

  • Durante a WWDC (Conferência Mundial de Desenvolvedores), a Apple exibiu um trailer “tátil” para iPhones, com tecnologia que simulava a sensação de estar ao volante de um carro de corrida. Imersão total.

  • E, como se não bastasse, a empresa ainda está oferecendo descontos nos ingressos via Apple Wallet, lembrando o episódio de Songs of Innocence, do U2, que foi adicionado à força nas bibliotecas do iTunes (e causou polêmica).

Por que isso é quente?

A Apple já enfrentou uma série de fracassos anteriores em suas tentativas cinematográficas. Um novo fracasso com F1 pode desmotivar a empresa a seguir investindo no setor, o que seria um duro golpe para um mercado cinematográfico já em retração.

A Apple quer mostrar que consegue entregar filmes com o mesmo nível de excelência pelo qual já é reconhecida com seus dispositivos.

O sucesso de F1 funcionaria como um selo de validação para sua curadoria audiovisual e poderia posicionar a Apple como uma potência em Hollywood, assim como fez com seus produtos.

Caso F1 não deslanche sob a distribuição da Warner Bros., a Apple pode considerar lançar seu próprio braço de distribuição, como fez a Amazon. Mas, para isso, ela precisa de um sucesso para justificar esse salto.

Ou seja, mais do que só um filme, F1 é o grande teste para saber se a Apple vai continuar investindo em cinema ou se vai dar meia-volta.

(Eu não ficaria surpresa se metade do público desse filme for Swifters.)

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Executivos: da Meta, Palantir e OpenAI estão entrando para o exército dos EUA para ajudar a dar aos militares uma atualização do sistema. (Legendários corporativos?)

TikTok: a possível proibição foi adiada novamente por Donald Trump. Agora, o novo prazo é 17 de setembro. (Tá feio já)

BTS: após 3 anos de hiato em razão da obrigatoriedade do serviço militar para os integrantes, o grupo retornou em um cenário de K-pop diferente: vendas de álbuns estagnadas, abalo por escândalos e uma super pressão em cima das estrelas.

Google: desenvolveu um modelo de IA offline que pode ser executado nativamente em robôs humanoides.

Instagram: está implementando acesso à plataforma por meio de compartilhamento de contas, em vez de utilizar login e senha. (E pensar que isso devia ser nativo desde o primeiro dia)

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