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Da música ao marketing, ninguém mais sabe o que é humano ou IA

Na edição 126o da Gossip Marketing: IA presente em tudo que há, TikTok e IG querem estar na TV, Cloudflare cria um novo modelo de negócio e muito mais...

Olá, humano! Eu estou começando a ficar assustada com o quanto a IA tem dominado várias áreas da vida. E sabe o pior? Talvez a gente goste. Só essa semana ouvi várias músicas geradas por IA e elas são incríveis. A música da semana é de uma banda de IA. Bora pra mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • IA presente na música, no marketing e onde couber

  • TikTok e IG querem estar na TV

  • Cloudflare cria um novo modelo de negócio

🔥 Tendência – Da música ao marketing, ninguém mais sabe o que é humano ou IA

Enquanto todo mundo discute se a IA vai roubar nossos empregos, ela já está trabalhando silenciosamente em áreas que nem imaginávamos. Uma banda fantasma e criadores de conteúdo anônimos dominando o marketing mostram que a revolução já começou - e está acontecendo bem debaixo do nosso nariz. O que está acontecendo?

  • The Velvet Sundown tem 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify e "estreou" há menos de um mês. O problema? A banda não existe. É um grupo de rock psicodélico "composto por quatro homens" que não têm evidências de existência na internet.

  • A banda lançou dois álbuns no mês passado e está disponível no Apple Music e Deezer. O Deezer marca publicamente músicas geradas por IA, incluindo as do The Velvet Sundown, mas o Spotify não exige que artistas divulguem quando suas músicas são geradas por IA.

  • A biografia da banda no Spotify incluía uma citação inventada da Billboard, afirmando que conseguem soar como "a memória de algo que você nunca viveu e, de alguma forma, faz com que pareça real".

  • Aqui no Brasil, um jovem de 22 anos criou a Blow Records, composta por ele e algumas ferramentas de IA que viralizou nas redes sociais e possui 299 mil ouvintes mensais.

  • No marketing, grandes marcas estão gastando mais em publicidade através de criadores anônimos de mídia social, também conhecidos como criadores de conteúdo gerado pelo usuário (UGC).

  • Esses criadores sem rosto são geralmente jovens, estão na faculdade ou até no ensino médio, e usam algoritmos para alcançar audiências massivas sem precisar cultivar seguidores fiéis.

  • A maioria administra múltiplas contas pequenas, às vezes usando vários telefones para contornar limites de postagem nas redes sociais.

  • São mais baratos que influenciadores tradicionais porque trabalham com anúncios baseados em performance, não taxa fixa.

Por que isso é quente?

A IA não está apenas "chegando", ela já está aqui, trabalhando e faturando. Analistas projetam que músicos perderão até um quarto da renda para música gerada por IA, e o marketing digital já está sendo dominado por criadores que podem ser totalmente gerenciados por algoritmos.

O que torna isso tudo intrigante é como a IA está contornando a "repulsa" que muitas pessoas sentem ao consumir conteúdo obviamente artificial. The Velvet Sundown soa como uma banda real porque foi treinada para isso. Criadores sem rosto evitam a resistência que pessoas têm a influenciadores tradicionais vendendo produtos.

A IA descobriu que não precisa se anunciar como IA para ser bem-sucedida. Ela simplesmente precisa ser boa no que faz. E aparentemente, ela já é boa o suficiente para 1 milhão de pessoas que curtem o som, como se fosse de uma banda real

O Spotify permite música gerada por IA sem exigir transparência, e as redes sociais se tornaram a principal fonte de notícias dos americanos. Isso significa que estamos consumindo conteúdo artificial sem saber, seja música, marketing ou informação.

Prepare-se para processos judiciais. Estrelas como Dua Lipa e Elton John já se manifestaram contra a música gerada por IA, e a briga está só começando.

Será se o que gera indignação é a IA fazer o nosso trabalho, ou é ela fazer melhor que a gente?

Reprodução The Future Party

📺 Redes sociais – TikTok e Instagram: a próxima guerra das mídias sociais será travada no seu controle remot

Enquanto você está no sofá assistindo Netflix, TikTok e Instagram estão planejando como roubar sua atenção. Eles viram o YouTube dominar as TVs americanas e agora querem a fatia do bolo. Mas será que conseguem fazer você trocar o celular pelo controle remoto?

  • O YouTube se tornou o serviço de streaming mais assistido nos EUA, superando Netflix e Disney+ com 12,4% de participação geral. (Quem diria que tutoriais de maquiagem iam destronar a Casa do Dragão?)

  • TikTok e Instagram estão desenvolvendo aplicativos de TV renovados e dedicados, otimizados especificamente para vídeo.

  • As duas plataformas já vêm incentivando criadores a postar vídeos horizontalmente e com durações mais longas. (Adeus, vídeos verticais de 15 segundos?)

  • Para isso acontecer, precisariam fechar novos acordos com fabricantes de TVs inteligentes como Samsung e Vizio, além de sistemas operacionais de streaming como Roku e Apple.

  • O foco está em capturar públicos mais velhos que normalmente não rolam a tela nos smartphones. A audiência do YouTube entre pessoas com 65+ anos cresceu 106% no mês passado graças à TV.

  • A publicidade em streaming de TV virou uma torneira de dinheiro após o lançamento de planos com anúncios por streamers premium.

Por que isso é quente?

A batalha das mídias sociais está migrando do bolso para a sala de estar. O smartphone sempre foi o habitat natural dessas plataformas, mas o YouTube provou que o futuro pode estar na tela grande.

TikTok e Instagram perceberam que estão perdendo uma oportunidade bilionária. Enquanto brigam por segundos de atenção no celular, o YouTube está faturando alto com sessões longas de visualização na TV. E sessões longas significam mais anúncios, que significam mais dinheiro.

A TV torna mais confortável assistir a vídeos horizontais longos, o que pode criar um novo mercado independente de filmes e conteúdo nas plataformas de mídia social. Imagine criadores do TikTok produzindo mini-séries para TV, usando o aplicativo móvel como segunda tela.

Mas há um problema: TikTok e Instagram construíram suas identidades em torno da experiência móvel rápida e viciante. Adaptar isso para TV sem perder a essência será o maior desafio. Afinal, quem vai ficar 3 horas no sofá assistindo dancinhas?

🤑 Modelo de negócio – Cloudflare vira "cobrador" da web. Agora as IAs vão ter que pagar para "roubar" conteúdo dos sites

Sabe quando você trabalha de graça e depois vê alguém lucrando com seu trabalho? É exatamente isso que está acontecendo com sites e empresas de IA. Mas a Cloudflare decidiu acabar com essa festa e criou um "pedágio digital" que pode mudar tudo. Será que as IAs vão aceitar pagar a conta?

  • A Cloudflare está lançando o "Pay Per Crawl", um marketplace que permite editores cobrarem das empresas de IA cada vez que elas "rastreiam" seus sites em busca de informações.

  • A ferramenta está em versão beta privada e funciona como um intermediário: editores definem o preço, IAs pagam, e a Cloudflare fica no meio facilitando a transação.

  • Os editores podem escolher entre três opções: bloquear todo rastreamento de IA, permitir rastreamento gratuito ou cobrar uma taxa personalizada.

  • A plataforma também fornece dados sobre por que as IAs estão rastreando os sites - se é para treinamento, respostas de pesquisa ou outros fins.

  • Para usar o marketplace, tanto editores quanto empresas de IA precisam ter conta na Cloudflare, que atende 20% do tráfego da web.

  • O problema é real: para cada 14 vezes que o Google rastreia um site, os sites recebem uma referência. Já o OpenAI gera apenas uma referência para cada 1.700 rastreamentos, e o Anthropic uma para cada 73.000. (Essa matemática não fecha mesmo)

Por que isso é quente?

A consulta de chatbots está literalmente destruindo o setor editorial. Sites dependem de pessoas visitando suas páginas para ganhar dinheiro com anúncios, mas agora as IAs "roubam" o conteúdo e entregam as respostas direto ao usuário. 

Até agora, os editores só tinham duas opções extremas: processar as empresas de IA na justiça ou fechar acordos milionários de licenciamento. A Cloudflare está oferecendo uma terceira via: um modelo de negócios sustentável onde todo mundo ganha.

Até o Google está sentindo a pressão. A empresa anunciou uma ferramenta gratuita chamada Offerwall para ajudar editores a ganhar dinheiro online com pesquisas, micropagamentos e outras ofertas. 

A ferramenta funciona como um pop-up nos artigos, onde leitores podem clicar em um anúncio, responder uma pesquisa, fazer um micropagamento ou se inscrever em uma newsletter para acessar o conteúdo. 

No ano passado, editores alertaram que os recursos de IA do Google, como as Visões Gerais de IA na Pesquisa, poderiam ser o "prego no caixão" se os leitores parassem de clicar nos links dos resultados de pesquisa.

Com o aumento de agentes de IA que visitam sites em nome dos usuários, a Cloudflare espera criar uma economia digital onde essas IAs precisarão de um orçamento para coletar informações. Quanto maior o orçamento, melhores os resultados. É como transformar a internet em um shopping center onde cada loja cobra entrada.

A jogada é inteligente: se der certo, a Cloudflare vira o "banco central" da economia de dados entre sites e IAs. E considerando que ela já controla 20% do tráfego da web, tem tudo para funcionar.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Reddit: pode usar a tecnologia Orb de escaneamento de íris para verificar humanos e derrotar robôs de IA. 

Google: lançou uma nova ferramenta com IA chamada "Doppl", que permite gerar vídeos de si mesmo usando roupas que você encontra online. 

Apple: está considerando parceria com OpenAI ou Anthropic para criar uma versão de IA da Siri. (finalmente a Siri vai conseguir entender o que você fala?)

Grammarly: está adquirindo o aplicativo de e-mail Superhuman para se tornar uma "plataforma de produtividade com IA". 

LinkedIn: agora mostra o número de cliques em links incluídos nas postagens através do recurso de engajamento.

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