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Menos tela, mais chocolate: a estratégia da KitKat para combater o vício digital
Na edição 130o da Gossip Marketing: Campanha da KitKat, Microsoft cria um novo bichinho virtual de estimação, Etiquetas digitais e muito mais...
Olá, humano! Alguns amigos mandaram mensagem para checar minha saúde e, sim, está tudo bem. Foi apenas um apagão de medicamentos causado por medicamentos para sintomas gripais. Eu ouvi o novo podcast do Chico Felitti e fiquei obcecada. Sinto que você também deveria. Bora pra mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Campanha da KitKat
Microsoft cria um novo bichinho virtual de estimação
Etiquetas digitais
🍫 Campanha – Menos tela, mais chocolate: a estratégia da KitKat para combater o vício digital
Pense aí: o que te faria largar o celular imediatamente? Se nada te veio à mente, você já é um caso sério dos Conectados Anônimos. Porém, a KitKat tem fé na humanidade e sugeriu uma forma criativa de resolver esse grande dilema da modernidade. O que rolou?
A KitKat deu um novo significado ao seu famoso slogan "Have a Break" em uma campanha visual.
Ela mostrou a quantidade de horas que um usuário médio gasta no celular (incríveis 4 horas), junto de cenas de pessoas completamente distraídas em seus smartphones — mesmo quando estão acompanhadas.Em seguida, apresentou o verdadeiro problema: essas pessoas não têm tempo para uma pausa.
Ou melhor dizendo: “isn’t time to have a…” — e o que veio a seguir foram cenas dos usuários segurando KitKats em vez de seus celulares.A mensagem é um lembrete sutil sobre a importância de se desconectar das telas para curtir os prazeres simples da vida.
A eficácia da campanha vem justamente da sua mensagem: simples, direta e incrivelmente atual.
A estratégia se apoia em um slogan amplamente conhecido, mantendo a frase original, mas renovando completamente o seu significado.Ah, e teve mais: a marca chegou a fazer parcerias com apps de tempo de tela para presentear com chocolate grátis os usuários que diminuírem o uso do celular.
Por que isso é quente?
Um slogan de 50 anos resolve um problema de 2025? Esse é o poder da atemporalidade, meus amigos.
Em um mundo cheio de hacks de copy e palavras esvaziadas de sentido, é realmente difícil acertar no nível em que essas marcas acertaram lá atrás.
Não só a KitKat, mas também outras marcas que trouxeram o core do negócio e a proposta de valor para a materialização do slogan estão sujeitas a esses acertos.
Omo, por exemplo, criou o “Se sujar faz bem”.
Na época, foi um contrassenso num mercado que pregava limpeza a qualquer custo.
Mas “se sujar faz bem” porque gera mais necessidade pelo produto, porque cria cenários demonstrativos, porque incentiva pesquisa sobre o uso da lama no desenvolvimento infantil, porque tem uma mancha divertida.
Nunca é só um slogan. É o contexto.
Não é viver de trend. É criar, ou ter o poder de parar tendências ruins.

🤖 Tendência – A Microsoft quer que você tenha um bichinho de estimação para a vida toda
Meus amigos 30+ alegam ter cuidado de um bichinho no videogame chamado Tamagotchi. No meu caso, já foi um no dispositivo móvel chamado Pou. E a geração que está por vir pode dar boas-vindas ao novo personagem virtual animado do chatbot Copilot. O que está acontecendo?
Não é de hoje que a Microsoft inventa moda. Lá em 1997, ela criou o Clippy, também conhecido como Assistente do Microsoft Office, um assistente virtual em forma de clipe de papel que aparecia no Office oferecendo ajuda e sugestões ao usuário. (O falecido até chegou a fazer algumas aparições especiais depois.)
Dessa vez, veio aí um rebranding do "amigo virtual". Ainda sem nome oficial, mas o pessoal do TheFutureParty já apelidou carinhosamente de Fluffy. (Eu adorei.)
A nova função de aparência do Copilot transforma o chatbot em uma criatura em forma de marshmallow, com olhos grandes e um sorrisinho no rosto.
Segundo a Microsoft, essa é uma nova forma de interação com o chatbot, que agora é "impulsionado por expressões em tempo real, voz e memória de conversa".
Ou seja: ele sorri, balança a cabeça, demonstra surpresa, tudo em resposta às interações.
Em uma entrevista ao The Colin & Samir Show, o CEO de IA da Microsoft, Mustafa Suleyman, mencionou que o chatbot vai “envelhecer” com os usuários e terá um “lar” para habitar.
Por que isso é quente?
Esses bichinhos fofinhos e amigáveis vêm da tentativa das gigantes da tecnologia de humanizar a IA.
Elas estão desenvolvendo projetos, do Copilot da Microsoft aos chatbots da Meta e às personas do X, com o objetivo de superar as interações básicas de texto e voz, buscando novas formas de engajamento com os clientes.
Pense nisso: não estamos mais falando de um assistente virtual estático, mas de um companheiro digital que aprende, evolui e amadurece junto com o cliente.
Isso não é mais lealdade baseada em pontos ou descontos. É lealdade emocional, forjada pelo tempo e pela utilidade contínua. É o tipo de retenção com o qual as marcas sempre sonharam.
As marcas estão prestes a ser integradas à rotina e à história de vida de uma geração.
É a chance de se tornarem não apenas marcas, mas ícones culturais.

💻 Tendência – Etiquetas digitais: por que elas podem mudar a forma como conhecemos o comércio atual?
Mercearias por toda a Europa estão conseguindo replicar um feito que só os governos Sarney e Collor realizaram: mudar os preços dos produtos ao longo do dia. Agora, os EUA estão se movimentando para importar essa tecnologia. O que rolou?
Parece inflação, mas é tecnologia: etiquetas digitais. Elas podem ser manuseadas remotamente e alteradas ao longo do dia.
Supermercados europeus como o REMA 1000 (Noruega), Lidl (Alemanha) e Albert Heijn (Holanda e Bélgica) já adotaram etiquetas eletrônicas que podem ser atualizadas até 100 vezes por dia.
A rede Lidl, por exemplo, tem como meta instalar essa tecnologia em todas as suas 190 unidades nos EUA até o fim do verão.Outras gigantes do varejo, como Kroger, Whole Foods e Walmart, também estão de olho nas etiquetas digitais.
O Walmart, inclusive, já equipou 400 de suas lojas com a novidade.Todas as companhias afirmaram aos legisladores que não vão usar a tecnologia para aumentar preços, o que foi confirmado por estudos iniciais nas lojas que já implementaram o sistema. (Oremos.)
Por que isso é quente?
Imagina se a Americanas decide adotar a tecnologia?
Como vamos provar que numa gôndola está um preço e, na outra, um ainda mais baixo? Pavoroso só de pensar.
Bem, até o momento, as empresas estão usando as etiquetas digitais apenas para reduzir os preços, tentando superar concorrentes, escoar produtos sazonais ou com vencimento próximo, e limpar as prateleiras rapidamente.
E não, o custo dos itens no seu carrinho não muda depois que você os retira da prateleira.
Além de gerar economia para o consumidor, os negócios também economizam tempo da equipe, que deixa de fazer checagens manuais de preço.
Mas com tantas oscilações nas cadeias de suprimentos, instabilidade econômica e flutuações constantes de preço, os legisladores já estão com um leve temor:
será que as etiquetas digitais vão facilitar a prática de preços abusivos?
De um jeito ou de outro, essas etiquetas serão usadas para ganho pessoal. Se não pelos preços, então talvez para enviar alertas push aos clientes, avisando que os preços estão caindo e que a oferta é por tempo limitado.
Tic Tac, Tic Tac… a Black Friday está prestes a virar um evento diário.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Astronomer: é a marca responsável por flagrar o casal CEO e RH que estava traindo seus cônjuges. Após toda a repercussão do caso, eles contrataram a ex-mulher de Chris Martin (vocalista do Coldplay) para uma publi em que ela explica o produto enquanto menciona sua “separação consciente”. (Eu e o Twitter adoramos a ideia.)
Google: lançou o Opal, um criador de miniaplicativos web que já está disponível para usuários dos EUA por meio do Google Labs. (Eu já consigo ver a 5ª série brasileira viralizando o app por aqui.)
GLP-1: é o composto no centro do Ozempic, e agora está sendo visto como “o remédio que resolve uma variedade de doenças”. (Com o valor que ele custa, eu também comecei a pensar o mesmo.)
Yelp: o buscador está usando IA para gerar vídeos de restaurantes a partir do conteúdo enviado pelos usuários.
Microsoft: é a segunda empresa a atingir uma capitalização de mercado de US$ 4 trilhões, graças aos ganhos massivos com computação em nuvem.
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