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Hellmann's virou patrocinadora da NBA e Ford lançou Mustang manual que esgotou em 1 hora. Como marcas centenárias estão conquistando a Gen Z?

Na edição 135o da Gossip Marketing: Reinvenção de marcas centenárias, nova era dos aplicativos de namoro, o retorno da fita cassete e muito mais...

Olá, humano! Preciso da sua ajuda para melhorar ainda mais esta news. Eu criei uma pesquisa que leva 3 minutinhos para responder. E como nada é de graça, eu propus um brinde especial para quem responder. Bora?

Resumo para preguiçosos:

  • Reinvenção de marcas centenárias

  • Nova era dos aplicativos de namoro

  • O retorno da fita cassete

Reprodução Google Imagens

🏆Estratégia – Hellmann's virou patrocinadora da NBA e Ford lançou Mustang manual que esgotou em 1 hora. Como marcas centenárias estão conquistando a Gen Z?

Imagina explicar para o seu avô que a maionese Hellmann's agora patrocina basquete e que a Ford lançou um carro "retrô" que virou hit entre jovens. Pois é, as marcas centenárias descobriram que tradição + ousadia = fórmula do sucesso. E os resultados estão surpreendendo todo mundo...

  • Carolina Riotto (Unilever) e Marcel Bueno (Ford) se reuniram para falar sobre a reinvenção das clássicas e centenárias marcas e revelaram estratégias que estão funcionando.

  • A Hellmann's virou patrocinadora da NBA Brasil para se conectar com o público jovem. A marca de 120 anos criou edições limitadas com times da liga e investiu pesado em brand experience.

  • Mas não parou por aí: a Hellmann's também patrocinou a equipe de e-sports Fúria. Sim, maionese e games. E funcionou perfeitamente.

  • A Maizena fez parcerias com Tok & Stok e Electrolux, saindo da cozinha para conquistar novos territórios de design e lifestyle.

  • A Knorr se meteu no Comida di Buteco para se aproximar do público jovem e empreendedor (porque tempero também pode ser cool).

  • Do lado automotivo, a Ford lançou uma edição limitada do Mustang com câmbio manual que esgotou em menos de uma hora. Virou item de colecionador na velocidade da luz.

  • A estratégia da Ford de apostar em veículos conectados permite enviar notificações personalizadas tipo "liga o ar condicionado que tá calor" direto no seu celular.

  • 67% dos compradores recentes da Ford não compravam a marca há 20 anos. Ou seja, conseguiram reconquistar quem tinha desistido deles.

Por que isso é quente?

Marcas centenárias tradicionalmente eram sinônimo de "coisa de velho", mas essas empresas descobriram a fórmula secreta: "rejuvenescer sem esquecer o legado".

A jogada da Hellmann's é inteligente, porque a NBA não é só esporte, é lifestyle. Quando eles entraram nesse universo, não foi forçado. Foi orgânico. E o público percebe quando é verdadeiro.

Já a Ford fez o movimento oposto e igualmente inteligente: pegou nostalgia e transformou em desejo. O Mustang manual é literalmente um produto "do passado" que virou hit entre jovens que nem sabem trocar marcha.

O mais interessante é a estratégia de "afinidade real ao invés de alcance". Tanto Ford quanto Unilever priorizaram parcerias genuínas. 

A Ford com Ítalo Ferreira, Fernando & Sorocaba. A Hellmann's com gamers. Nada forçado, tudo natural.

Carolina Riotto mandou a real: "Marcas centenárias não são antigas, são marcas com profundidade". Essa frase resume tudo. Elas não estão tentando ser jovens, estão sendo atemporais.

A verdade é que essas marcas entenderam algo que muita startup não sabe: tradição bem usada é ativo, não passivo. Elas têm décadas de memória afetiva acumulada. O segredo é desdobrar essa bagagem em narrativas que façam sentido hoje.

O Marcel Bueno resumiu perfeito: "Conhecer o cliente em profundidade não se faz no escritório. É preciso estar onde ele está".

Cortesia TheFutureParty

❤️ Tendência – Bumble vai usar IA como cupido e pode matar o "arrastar" para sempre. A era dos deslizes chegou ao fim?

Whitney Wolfe Herd, a mulher que inventou o nome "Tinder" e se tornou rainha do "deslize para a direita", acabou de admitir algo chocante: ela não teria dado match no próprio marido. E agora quer revolucionar todo o mercado de namoro com IA. Se liga no que está rolando...

  • O Bumble está preparando uma atualização radical com IA que promete criar o "matchmaker mais inteligente e emocionalmente inteligente do mundo".

  • A empresa despencou de uma avaliação de US$ 13 bilhões em 2021 para apenas US$ 660 milhões hoje. (Sim, você leu certo. Perdeu quase 95% do valor).

  • O lançamento beta está previsto para este outono e vai funcionar de forma completamente diferente do que conhecemos.

  • A IA vai criar perfis baseados em perguntas sobre relacionamentos passados, términos e experiências amorosas dos usuários, segundo o WSJ.

  • A empresa treinou o LLM com psicólogos especialistas e conselheiros de relacionamento, focando na teoria do apego como recurso central.

  • Isso significa que a IA vai determinar seu estilo de apego (ansioso, evitativo, desorganizado ou seguro) e usar isso para definir seus matches.

  • O app clássico de deslizar ainda vai existir, mas a nova plataforma pode limitar o número de correspondências, levar mais tempo para gerá-las e até ajudar a planejar encontros.

  • Alguns recursos provavelmente serão pagos (porque claro que serão).

Por que isso é quente?

Whitney Wolfe Herd literalmente inventou a cultura do deslizar no Tinder, virou CEO do Bumble e agora está falando que deslizar não funciona para encontrar amor duradouro. É como se o Steve Jobs voltasse dos mortos para falar que o iPhone é ruim para relacionamentos.

O setor de aplicativo de namoro está em colapso. Praticamente todas as plataformas perderam usuários e receita nos últimos cinco anos. 

A galera está tão frustrada que voltou para eventos presenciais de encontros. (Quem diria que o jeito que nossos pais se conheceram ainda é a melhor forma hein?)

A estratégia do Bumble é diferente e desesperada ao mesmo tempo. Eles querem usar IA para fazer o que os algoritmos de deslizar nunca conseguiram: entender a compatibilidade emocional real. 

A teoria do apego como base é interessante porque vai além de "pessoa bonita = match".

O mais irônico é que eles estão apostando na filosofia do "menos é mais" para salvar o negócio. Menos matches, mais tempo para gerar, mais profundidade. Basicamente o oposto do que construíram até agora.

Se funcionar, pode ser o fim da era dos apps superficiais e o começo de algo mais próximo do match tradicional, só que turbinado por IA. Se não funcionar, pode ser o último suspiro de uma empresa que já perdeu 95% do valor.

A verdade é que Whitney admitir que não daria match no próprio marido é a confissão mais honesta que já saiu de um CEO de tech. E talvez seja exatamente essa honestidade que o mercado precisava ouvir para começar a mudar.

Próximo capítulo: descobrir se as pessoas realmente querem que uma IA entenda seus traumas melhor que elas mesmas. Aposto que sim.

Imagem gerada pelo Nano-banana

📼 Tendência – Taylor Swift vai lançar álbum em fita cassete e a Gen Z está pirando. Saudades do que nunca viveram?

Taylor Swift decidiu que streaming é coisa do passado e vai lançar The Life of a Showgirl em fita cassete. Sim, aquele negócio dos anos 80 que seus pais usavam no walkman. E pasmem: pode ser a jogada de marketing mais genial do ano. Se liga nessa loucura...

  • O próximo álbum da Taylor supostamente estará disponível em fita cassete, formato que todos achavam morto e enterrado desde os anos 90.

  • Nos anos 80, as fitas eram reis: 440 milhões de unidades vendidas na década. Depois vieram os CDs, depois o streaming, e todo mundo esqueceu que fita existia.

  • Mas plot twist, 436.400 fitas cassete foram vendidas nos EUA em 2024, um salto gigantesco comparado às 80.720 de 2015.

  • Quem está comprando? A Gen Z. Isso mesmo, os jovens que nunca rebobinaram uma fita na vida. 9% compraram fita cassete no ano passado.

  • Artistas como Sabrina Carpenter, Charli XCX e Chappell Roan estão liderando as vendas em fita cassete (porque aparentemente 2024 virou 1985).

  • Esta não é a primeira vez da Taylor: 1989 (Taylor's Version) vendeu 17.500 cópias em fita e Speak Now (Taylor's Version) vendeu 11.500.

  • Para os superfãs da Swift, ter a música em todos os formatos disponíveis virou questão de orgulho. É tipo colecionismo extremo.

Por que isso é quente?

A Gen Z está comprando fita cassete de música que nunca ouviram em um formato que nunca usaram para ter uma "experiência analógica" que nunca vivenciaram. É meta-nostalgia.

O apelo é exatamente o mesmo do vinil: você precisa admirar a capa, virar a fita na metade e curtir o álbum inteiro. Não dá para pular música, não tem modo aleatório, não tem playlist. É você, a música e 90 minutos de compromisso emocional.

A estratégia da Taylor é brilhante porque atinge três pontos: exclusividade (poucos fazem isso), experiência física (algo que o streaming não oferece) e FOMO total (imagina não ter o álbum da Taylor em TODOS os formatos possíveis).

E tem mais: a falta de refinamento faz parte do charme. O som "sujo" da fita, os chiados, a possibilidade de dar problema... tudo isso vira experiência, não bug. É como comprar jeans rasgado por R$ 500.

O mais louco é que isso está criando um novo mercado de toca-fitas de última geração. As empresas estão se preparando para lançar walkmans modernos para essa galera que quer viver uma nostalgia que nunca foi sua.

Taylor pegou a geração mais conectada da história e está fazendo eles desacelerarem para ouvir música do jeito mais lento possível.

E funciona, porque no fundo todo mundo está cansado de ter música infinita na palma da mão. Às vezes você quer que escolher música seja difícil de novo. Que seja especial. Que seja ritual.

A real é que se a Taylor conseguir vender fita cassete para a Gen Z, ela pode vender qualquer coisa para qualquer pessoa. Se eu fosse o próximo candidato dos EUA, mandaria uma mensagem pedindo permissão para a Taylor.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Fortaleza: está prestes a se tornar um dos polos mais promissores de tecnologia no país. As empresas de tecnologia do Ceará foram as que mais cresceram seus faturamentos no país e, agora, um evento de tech com 18 mil pessoas reforça essa ideia.

Adobe: lança uma versão do Premiere para o iPhone. Os usuários poderão iniciar um projeto no celular e terminar no computador — e vice-versa.

Instagram: está testando o recurso de picture-in-picture para que os usuários possam assistir a reels enquanto navegam em outras telas.

Microsoft: está criando dois novos modelos de linguagem de grande porte para se livrar da dependência da OpenAI. (Se for igual ao Teams ou Outlook, deixa quieto).

OpenAI: está crente que a sua busca por IA pode levar a um mundo onde o dinheiro se tornará sem sentido. (Ok então).

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