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Netflix compra Warner Bros. por US$ 82,7 bi e o mercado de Hollywood nunca mais será o mesmo
Na edição 146o Edição da Gossip Marketing: Netflix compra Warner Bros., marcas matam o tédio,IA está assumindo as compras e muito mais...
Olá, humano! Estou feliz em compartilhar com você que essa é a semana do meu casamento. Resultado: a edição passada ficou no rascunho (correria total, hehe) e as duas próximas também vão tirar férias para eu aproveitar esse momento especial.
Mas, eu quero propor algo: uma edição ao vivo. Eu farei a curadoria de notícias e vamos comentar em uma sala fechada. Responda nos comentários ou nesse e-mail para eu saber se isso faz sentido. Essa música repercutiu nos meus fones loucamente nas últimas semanas.Dê o play e bora pra mais uma edição.
Resumo para preguiçosos:
Netflix compra Warner Bros.
Marcas matam o tédio
IA está assumindo as compraszinhos
🍿 Entretenimento – Netflix compra Warner Bros. por US$ 82,7 bi e o mercado de Hollywood nunca mais será o mesmo
Lembra quando a gente achava que a Netflix só queria acabar com a locadora da esquina? Pois é, a ambição cresceu um pouquinho. Essa semana foi anunciado a compra da Warner Bros. Discovery e a internet dividiu opiniões. O que rolou?
O "Tudum" agora é dono do Pernalonga, do Batman e da Casa do Dragão.
O negócio não foi apenas uma compra, foi uma verdadeira guerra de trincheiras contra outros gigantes. Se liga nos números e nos bastidores dessa novela bilionária:
O valor: A transação foi fechada em US$ 82,7 bilhões (entre dinheiro e ações).
O pacote: A Netflix leva para casa os estúdios de cinema e TV da Warner, a HBO e o streaming HBO Max. (Basicamente, o catálogo mais prestigiado da história agora é deles).
Os derrotados: A disputa foi acirrada. A Paramount tentou uma oferta hostil totalmente em dinheiro para impedir o negócio.
O fator político: Até Larry Ellison, da Oracle (e aliado de Trump), estava de olho no pedaço, mas teve que se contentar com seu papel no spin-off do TikTok.
Por que isso é quente?
Esqueça aquela velha briga "Cinema vs. Streaming". Com essa aquisição, a Netflix não está mais tentando substituir Hollywood, ela acabou de comprar Hollywood.
O impacto no mercado publicitário é cultural e gigante: primeiro, pela consolidação da atenção. Analistas estimam que a nova empresa combinada vai comandar sozinha 10% de toda a audiência de TV nos EUA e gerar cerca de US$ 2,3 bilhões em receita publicitária imediata.
Segundo, porque a estratégia de "construir, não comprar" da Netflix morreu oficialmente. Eles perceberam que, para vencer a guerra da atenção contra o TikTok e o YouTube, precisavam de franquias pesadas e prontas (Harry Potter, DC Universe, Friends) que demorariam décadas para criar do zero.
Para o marketing, isso significa um ecossistema de anúncios ainda mais centralizado e poderoso.
Os cinéfilos odiaram a decisão. A Netflix é acostumada a trabalhar filmes e séries por volume e retenção algorítmica. Já a HBO quase busca o estado da arte em cada produção.
Se essa identidade se diluir na máquina de fazer dinheiro da Netflix, não perdemos apenas qualidade, perdemos um padrão inteiro de entretenimento que pode não nascer mais.
A dúvida que fica é: o algoritmo vai aprender a fazer arte, ou a arte vai ter que aprender a obedecer o algoritmo?

⏳ Tendência – O fim do tédio: Como as marcas estão preenchendo o tempo de espera?
Vamos falar a verdade: ninguém tem paciência para esperar. O tédio é o inimigo número um da experiência do cliente. Mas e se eu te dissesse que esse "tempo morto" é a nova fronteira de engajamento para as marcas?
O mundo converge para a impaciência. O macarrão é instantâneo, o PIX é imediato e a IA cria o novo em minutos.O usuário não tem apenas pressa, ele tem fobia do tédio.
Um novo editor de código chamado "Chad" levou isso a outro nível.
O problema é técnico: a programação via IA precisa de 1 a 5 minutos entre os comandos para processar o trabalho.
A solução? Em vez de deixar o desenvolvedor olhando para o vazio, a ferramenta permite que ele assista vídeos do TikTok, jogue ou até use o Tinder ali mesmo, na interface, enquanto espera a IA terminar.
A filosofia deles é: "De qualquer forma, você vai ter que esperar. Por que não aproveitar?".
Outra marca que usou isso ao seu favor foi a Barilla. O tempo de cozimento da massa deles varia de 8 a 11 minutos.
A solução: criaram playlists no Spotify com exatamente essa duração. A música parou, a massa está pronta.
A Disney projetou suas filas para serem "cenários interativos". Em atrações como a do Avatar, a fila passa por laboratórios e florestas com animatrônicos, fazendo o visitante sentir que a atração já começou antes mesmo de entrar no carrinho.
Por que isso é quente?
Eu queria dizer que isso é uma tendência para 2026, mas isso é a realidade há anos. O ponto é que, com os mecanismos que temos agora, a impaciência ficou crônica.
Muitas vezes, o problema do consumidor não é esperar, mas lidar com o tédio. Vejamos o clássico exemplo dos elevadores. Quando os prédios ficaram mais altos, os elevadores levavam uma vida para subir e as reclamações explodiram.
A solução dos engenheiros não foi deixar o motor mais rápido (o que seria caro), mas sim colocar espelhos. As reclamações pararam. Por quê? Porque o problema não era a demora, era não ter o que fazer nesse tempo (além de se arrumar no espelho).
A pergunta que você precisa fazer agora é: onde o seu cliente espera hoje? É no checkout? No carregamento do app? Na fila do atendimento?
Em um mundo acelerado, marcas que conseguem fazer o tempo passar mais rápido (ou de forma mais divertida) ganham o jogo.
🛍️ Comportamento - Por que a gente cansou de escolher e agora quer que o robô compre logo?
Os dias de usar o Google como vitrine principal estão contados. O motivo? A gente cansou de procurar, e a Inteligência Artificial agora assumiu o controle. Se liga...
O papai noel agora é um algoritmo. As empresas de varejo e big techs estão utilizando seus chatbots em "assistentes pessoais de compras" para aproveitar a correria das festas de fim de ano.
Veja como a experiência de compra está mudando:
OpenAI e Perplexity: O ChatGPT lançou um recurso de "Checkout Instantâneo" em parceria com varejistas. Já a Perplexity usa conversas passadas para recomendar produtos.
Amazon: Lançou uma ferramenta que monitora flutuações de preços e, pasme, compra produtos automaticamente quando eles entram no seu orçamento.
Google: O assistente de IA agora pode até ligar para lojas físicas para verificar estoque em seu nome.
Target e Walmart: Criaram chatbots que funcionam como aquele vendedor atencioso de loja física: perguntam a idade e os interesses da pessoa para sugerir o presente exato.
Ralph Lauren: Entrou na onda com o "Ask Ralph", um estilista via IA que atua como personal shopper, sugerindo looks e combinações.
As compras impulsionadas por inteligência artificial ajudaram a gerar um recorde de US$ 11,8 bilhões em gastos na Black Friday somente nos EUA.
Por que isso é quente?
A verdade é dura: estamos exaustos. O professor de marketing Luca Cian, da Universidade da Virgínia, acertou na mosca ao diagnosticar nossa atual de "fadiga decisória".
O e-commerce colocou o mundo inteiro na ponta dos nossos dedos, mas o cérebro humano trava quando precisa escolher entre 500 tipos de fones de ouvido.
A grande promessa dessas compras assistidas por agentes não é te dar mais opções, mas sim te apresentar apenas as poucas e certeiras opções que você realmente deseja.
Estamos assistindo à morte da venda por palavra-chave e o nascimento da venda por contexto.
Com esse volume absurdo de informações detalhadas sobre o usuário (não só o que ele clica, mas por que ele precisa daquilo), o "achismo" no desenvolvimento de produtos acaba.
Fica muito mais fácil produzir exatamente o que os consumidores querem comprar.
As marcas deixam de gastar milhões tentando criar uma necessidade e passam a fabricar a solução para desejos que a IA já mapeou com precisão cirúrgica.
A era do "empurrar produto" está chegando ao fim?
🔥 O que andou aquecendo por aí:
TikTok: está testando o "Feed Próximo", uma nova aba que exibe conteúdos baseados na sua localização exata. (um recurso legal para aproximar pessoas na vida real)
Amazon: anunciou um novo agente de IA capaz de trabalhar por dias seguidos sem precisar de nenhuma supervisão humana. (adeus, humanos).
Stranger Things: a 5ª temporada quebrou a banca e se tornou a maior estreia de série em inglês da história da Netflix, somando 59,6 milhões de visualizações. (será se é por que tivemos que esperar séculos?).
Energia: os data centers vão exigir 300% mais energia até 2035, o que está forçando as Big Techs a investirem em energia nuclear.
YouTube: confirmou que os vídeos curtos (Shorts) já geram mais receita para a empresa do que os vídeos longos.
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