Olá humano! Se você está no time das pessoas que odiaram o novo álbum da Luísa Sonza, sinto muito em não te acompanhar nesse hate. Pelo contrário, estou tão viciada que essa edição foi escrita com essa aqui. Bora pra mais uma news?

Resumo para preguiçosos:

• Efeitos da nova lei da UE nas empresas online

• Jovens cansados de scrollar no Instagram

• Depois de uma turnê de sucesso, Taylor Swift está lançando filme-concerto

⚖ Lei - Por que a Lei de Serviços Digitais da Europa está mudando todas as regras do jogo?

Mais de 40 grandes empresas correram quase igual brasileiro no fechamento do Imposto de Renda para se adequarem à Lei de Serviços Digitais (DSA) que já está em vigor. Por que isso muda tudo?

A DSA é uma nova lei da União Europeia. Ela é uma exigência para grandes empresas online melhorarem a forma como monitoram o conteúdo que entregam na UE, caso contrário, pagarão multas caríssimas. Cinco questões regem essa lei, são elas: conteúdos ilegais, proteção de crianças, diversidade racial e de gênero e "padrões obscuros". Algumas mudanças que já estão ocorrendo:

• Meta e Snap permitiram que os usuários desabilitassem o rastreamento personalizado.

• O Google expandiu o Centro de Transparência de Anúncios.

• TikTok desabilitou seu algoritmo personalizado da "For You".

• Amazon e outras gigantes de marketplace serão obrigadas a combater a venda de produtos e serviços ilegais.

E aí, liberdade ou solidão?

Por que isso é quente?

Este é um grande movimento da UE em colocar todas essas empresas nos trilhos. Muitas dessas grades de proteção vão afetar o backstage dos anunciantes, mas é importante estabelecer segurança para os usuários. E como eu sempre falo, tudo o que acontece na UE é um espelho para o restante do mundo adotar em seus próprios continentes. Não estranhe se muito em breve outros países começarem a adotar medidas protetivas contra grandes conglomerados. O marketing do futuro vai exigir muito mais transparência, e sinceramente, eu acho que isso pode ser extremamente positivo, uma vez que os clientes tiverem a garantia de que não estão sendo tapeados, acredito que pode gerar mais fidelidade às marcas que forem cuidadosas em seguir as regras.

📴Instagram - Por que os jovens estão cansados de rolar as redes sociais e fugindo para grupos privados?

Mais DM, menos feed. Esse é o lema das gerações mais jovens, que estão se afastando da ideia de scrollar as redes sociais para interagir em grupos hiper privados. De onde vem isso?

O Instagram é um dos principais vetores quando se trata de mídias sociais. Desde sua criação até hoje, muita coisa mudou. Principalmente, o comportamento de seus usuários. Passamos de compartilhamento de amigos para um padrão altamente estético aceito socialmente. Isso tem consequências:

• A frequência de postagem dos feeds entre os mais jovens diminuiu para algumas vezes por ano. A partir do momento em que a postagem perfeita existe, as pessoas comuns travam por não conseguirem atingir o crivo social.

• Consumir conteúdo o tempo todo está levando à exaustão. Mosseri, o Big Boss da rede, disse que os jovens preferem a DM ao story e o story ao feed.

• Marcas e influenciadores ainda são objeto de consumo e entretenimento aspiracional.

• Com isso, aumenta o número de comunidades restritas, ou seja, relacionamento acima do engajamento.

Por que isso é quente?

Apesar da frequência de postagem ter reduzido, o mesmo não aconteceu com o consumo de conteúdo, que se mantém no mesmo nível. A prova de que nem todo mundo está pronto para ser um criador, deixando a oportunidade em aberto. Para as marcas e influenciadores, essa mudança de comportamento dos usuários cria mais fragmentação de mercado e barreiras de entrada para atingir seus públicos. Uma vez que as comunidades são impenetráveis, a luz no fim do túnel está em criar a própria comunidade, focando no fortalecimento de relacionamentos e na redução de spam. O Instagram entendeu esse movimento, tanto que está lançando recursos pagos para capitalizar comunidades e grupos privados por parte dos criadores dentro da própria rede. Dois caminhos podem surgir dessa fadiga das redes sociais: um ambiente digital mais saudável ou apenas mais câmaras de eco.

🎤 Show - Depois do sucesso estrondoso com sua turnê, Taylor Swift lança filme do seu show. O que isso nos ensina?

Desde a última vez que escrevi sobre a Taylor, fiquei me perguntando "o que diabos essa garota tem de especial?". Nada pessoal. Eu gosto dela, mas o que a faz mais famosa que as outras cantoras?

É uma união de tudo. Capitalização histórica da mulher, histórias de empoderamento feminino nas letras musicais, 3 horas de show faça chuva ou faça sol, luta contra os serviços de streaming... muitas coisas. A Taylor possui um poder muito grande de agregar e integrar sua comunidade. O FED considerou sua turnê um remédio contra a recessão. Foram ingressos esgotados, sites de ingressos fora do ar por acesso simultâneo, escassez de hotéis e até uma espécie de terremoto por pularem no show? A demanda foi tanta que, junto com o diretor Sam Wrench, surgiu o filme-concerto para os telões do cinema a partir de outubro. A expectativa da AMC (produtora) é tão alta que ela já antecipou a pré-venda, arrecadando U$ 10 milhões em questão de horas, e espera que o recorde atual, nas mãos da Miley Cyrus, seja superado facilmente. Será que o filme superará a bilheteria de Barbie? Faça suas apostas.

Por que isso é quente?

Não há nada mais poderoso do que expandir o leque de produtos/serviços para um público sedento por consumir sua marca. Taylor aparentemente é uma das primeiras a lançar um filme simultaneamente com sua turnê em andamento, o que faz desse momento uma estratégia poderosa de antecipação de demanda e assertividade de tempo. A pandemia e a solidão do século XXI fazem do senso de pertencimento uma valiosa moeda de troca.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

LinkedIn: a rede lançou um recurso de tag de parceria de marca para marketing de afiliados que deve aparecer abaixo do nome do usuário no feed, se fundindo ao cargo. O algoritmo também recebeu uma série de atualizações.

Instagram: está testando reels mais longos de até 10 minutos para competir com o TikTok. Além disso, também está testando permitir repostar no story as repostas em comentários das publicações.

TikTok: uma boa semana para acordar como criador da rede. Eles estão lançando novas ferramentas de monetização semelhantes às do Twitch, como emblemas, bate-papos e outros.

Uso de rede: o TikTok ultrapassou o Instagram em uso diário e está previsto para ultrapassar o Facebook em 2025. UAU!

YouTube: a plataforma resolveu seu problema de links nos comentários, permitindo que os criadores vinculem os vídeos do shorts com links para vídeos longos ou lives.

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