- Gossip Marketing
- Posts
- O YouTube matou os vídeos longos ao tentar competir com o TikTok?
O YouTube matou os vídeos longos ao tentar competir com o TikTok?
Na edição 44o da Gossip Marketing: TikTok e a loucura por fama, Youtube matando vídeos longos, Spotify lutando com podcasts e muito mais...
Olá humano! Como foi o feriado? Eu me permiti atrasar umas demandas pessoais para descansar e agora tenho que correr para entregá-las. Sei lá, parece que a vida é mais gostosa na adrenalina. A música dessa edição é para você entrar no foco da segunda-feira. Bora pra mais uma news?
Resumo para preguiçosos:
Tiktokers usam restaurantes de palco
Youtube está desacelerando em vídeos longos
Spotify não conseguiu tornar podcasts lucrativo
📲 Criadores - O TikTok está transformando restaurantes em palcos livres para seus criadores ousarem em seus conteúdos
Além de lidarem com o estresse comum do trabalho, agora os funcionários de restaurantes receberam um extra: enfrentar tiktokers obstinados criando conteúdo com base em suas atividades e imagens. Quando isso começou?
Desde que a viralização se tornou mais palpável nos vídeos curtos do TikTok, a criação de conteúdo, especialmente entre pessoas mais jovens, aumentou em busca de fama e outras cositas mais. Os locais mais escolhidos têm sido redes de restaurantes. As ações variam de tudo que você pensar, desde clientes bebendo 20 Sprites grandes em 10 segundos até manifestações barulhentas com crianças fingindo não terem recebido uma pizza de um funcionário. Nessa brincadeira, restaurantes e bares se tornaram palcos improvisados, transformando funcionários em marionetes. Esse fuzuê todo faz parte do caráter dos vídeos que precisam ser espontâneos para criar uma cena autêntica.
Por que isso é quente?
Tecnicamente, esses vídeos deveriam gerar benefícios mútuos para os criadores e as pessoas/estabelecimentos gravados. Seja aumentando a divulgação orgânica ou promovendo a marca pessoal dos funcionários. No entanto, em raros casos, isso acontece, uma vez que na maioria dos acontecimentos, os vídeos produzem um efeito jocoso. Por outro lado, abre precedentes para outras preocupações, como garantir uma boa experiência do cliente na loja sem desrespeitar suas gravações, da mesma forma que é preciso assegurar o direito à privacidade e ao uso de imagem para a qualidade laboral dos funcionários. Será necessário estabelecer regulamentos internos e placas de 'proibido gravar'?
📺 Vídeos curtos - O YouTube matou seu modelo de negócios ao tentar competir com o TikTok?
O esforço do YouTube em competir com o TikTok rendeu 50 bilhões de visualizações diárias em dados de audiência. O formato do Shorts já se mostra o campeão da plataforma. Mas a que preço?
Possivelmente, de sacrificar os vídeos longos. Certamente, não aderir ao Shorts não era uma opção viável, uma vez que culturalmente os vídeos curtos têm se mostrado extremamente virais e não poderiam ser ignorados. Aqui estão algumas das preocupações dos executivos com o futuro do negócio:
Quase três quartos dos 100 canais mais assistidos do YouTube em agosto de 2023 operam principalmente com Shorts.
Dados internos citados pelo Financial Times mostram que os criadores estão postando menos vídeos longos.
A verba dos anunciantes também está migrando para o Shorts, investindo em criadores que possam produzir conteúdo para utilização em múltiplas redes com o mesmo formato.
Tem um grande número de novatos começando com Shorts e posteriormente, tendo dificuldade de migrar para o formato longo.
Por que isso é quente?
O modelo de negócios do YouTube funcionou de forma sólida por 15 anos. A mudança nos ventos ajudará o Shorts a se consolidar e se tornar um ótimo concorrente de formato vertical, porém com o risco de matar a galinha dos ovos de ouro. Vídeos longos possibilitam mais oportunidades de publicidade, e uma vez que eles vão reduzindo, a receita vai junto com eles. Apesar dos vídeos curtos reduzirem a barreira de entrada, permitindo que mais criadores entrem no negócio, isso significa também que, para ganhar dinheiro com a divisão de receita de publicidade, será necessário produzir um volume maior de vídeos.
👂🏼 Áudio - O fracasso do Spotify em emplacar podcasts demonstra que o formato desacelerou?
O Spotify conseguiu chegar ao topo da montanha no mercado de podcasts, mas ao chegar lá, descobriu que o cume é menor e menos lucrativo do que se imaginava. O que houve?
O CEO Daniel Ek está esperançoso para que os podcasts se tornem lucrativos a partir do próximo ano. Ele possui um grande desejo de que o Spotify se torne a maior empresa de áudio, contemplando audiolivros, educação, esportes e notícias. No entanto, para isso acontecer, vai precisar ser verdadeiramente sustentável até lá. Alguns desafios:
Eles gastaram US$ 1 bilhão para capturar altos talentos a fim de aumentar a biblioteca de podcasts e isso gerou mais audiência do que receita.
Eles possuem 220 milhões de assinantes, sendo 100 milhões deles que ouvem seus podcasts (10x mais do que em 2019), mas muitos dos programas não geram lucro e sim perdas de US$ 565 milhões só no primeiro semestre deste ano. Lembrando que, eles ganham mais dinheiro com publicidade do que com assinaturas.
Apesar da expectativa do mercado de podcast atingir o recorde de US$ 2,3 bilhões este ano e o dobro em 2025, ainda assim, é muito pequeno quando comparado ao mercado global de publicidade digital de US$ 200 bilhões.
Por que isso é quente?
Dificilmente você vai ouvir o Spotify, Meta, Google e outros gigantes afirmarem que o mercado deles está enfraquecendo. São empresas que reportam resultados para investidores, então, diariamente o papel do CEO é aumentar a fé no Metaverso, no poder do áudio, Threads, Shorts e por aí vai. Não que eles estejam errados, mas em alguns casos, vai levar tempo para amadurecer o mercado até que ele se torne o correspondente à expectativa. Em alguns casos, ele nem vai se efetivar de fato. Portanto, antes de escolher um canal para sua marca estar, tenha claro os objetivos que você deseja alcançar, em vez de se atentar apenas aos dados oferecidos pela mídia. Lembre-se, no fim do dia, são marcas querendo atrair anunciantes como qualquer outro vendedor. Se você quiser saber se podcast faz sentido para sua marca, eu escrevi sobre isso aqui.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
LinkedIn: a rede lançou um recurso de tag de parceria de marca para marketing de afiliados que deve aparecer abaixo do nome do usuário no feed, se fundindo ao cargo. O algoritmo também recebeu uma série de atualizações.
Instagram: está testando reels mais longos de até 10 minutos para competir com o TikTok. Além disso, também está testando permitir repostar no story as repostas em comentários das publicações.
TikTok: uma boa semana para acordar como criador da rede. Eles estão lançando novas ferramentas de monetização semelhantes às do Twitch, como emblemas, bate-papos e outros.
Uso de rede: o TikTok ultrapassou o Instagram em uso diário e está previsto para ultrapassar o Facebook em 2025. UAU!
YouTube: a plataforma resolveu seu problema de links nos comentários, permitindo que os criadores vinculem os vídeos do shorts com links para vídeos longos ou lives.

Produza mais conteúdo com o mínimo de trabalho
Criar conteúdo não é um bicho de sete cabeças. Pelo contrário, se está difícil é porque faltam as ferramentas que tornam o trabalho mais fácil. Por isso, preparei esse template de conteúdo do Linkedin para você.
🔎 O que você vai encontrar nele: uma tabela contendo tutorial de como usar, tag de linha editorial + campos para preencher conteúdo e métricas.
📥 Baixe o template gratuito aqui.
❤ Compartilhar é se importar
Não seja a pessoa mesquinha que retém a informação só para si.
Se essa edição ampliou o seu repertório ou trouxe novas perspectivas, retribua isso para outra pessoa compartilhando.
Se você gostou desta edição, deixe-me saber nos comentários ou respondendo esse e-mail. Te vejo na próxima segunda!
Reply