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OpenAI desmorona o Vale do Silício por uma semana ao demitir e recontratar o CEO Sam Altman
Na edição 55o da Gossip Marketing - OpenAI desmorona o Vale do Silício, influência da Crocs, futuro da economia dos criadores e muito mais...
Oi, humano! A news de hoje ficou um pouco longa, e as próximas terão uma aparência mais extensa porque mudei a formatação. Se quiser expressar sua opinião, pode me dizer aqui. A música dessa edição é o meu mais novo vício. Bora pra mais uma news?
Resumo para preguiçosos:
OpenAI desmorona o Vale do Silício
Crocs é uma das marcas mais influentes
Economia dos criadores aponta futuro para comunidades
🤖 IA - A OpenAI desmorona o Vale do Silício por uma semana ao demitir e recontratar o CEO Sam Altman
No final de semana retrasado, a OpenAI demitiu Sam Altman, CEO da empresa. Isso foi suficiente para colocar fogo no parquinho do Vale do Silício. Vamos por ordem.
Altman foi demitido repentinamente na sexta-feira (17). Os motivos: ele teve desentendimentos com o cientista-chefe Ilya Sutskever por questões de confiança e segurança. Este pressionou o conselho alegando que Altman não era sincero em suas comunicações internas. Resumindo, Sutskever queria reavaliar os riscos de seus sistemas enquanto Altman queria avançar e crescer rapidamente.
Depois da demissão, a CTO Mira Murati assumiu o comando da empresa. Enquanto o presidente Greg Brockman e alguns funcionários pediram demissão em protesto. O reinado da diva foi encerrado rapidamente com a nomeação do cofundador do Twitch, Emmett Shear, para CEO.
Na noite de domingo (19), a Microsoft contratou Altman como CEO de uma empresa de IA que nem tinha nome, mas tinha Greg Brockman a bordo junto com liberdade criativa, financeira e mais 700 (95% da empresa) oportunidades em aberto para os funcionários da OpenAI que decidissem se juntar ao projeto.
Depois que todo o Vale do Silício descabelou, os investidores junto com toda a força de trabalho da OpenAI pressionaram a empresa para o retorno de Sam Altman. E ele aceitou, porém, não sem exigências, claro. O antigo conselho foi substituído por um novo conselho com as cadeiras ainda incompletas. Até agora, temos 3 nomes confirmados: Bret Taylor, Larry Summers e Adam D'Angelo.
O jogo das cadeiras definitivamente não era uma brincadeira infantil...
Por que isso é quente?
Pra começar, a origem de todo esse rolo vem de uma divisão esquisita de duas partes do conselho da OpenAI: uma parte composta por filantropos (preocupada com a humanidade) e outra que visa lucro (preocupada em fazer IA crescer mais rápido).
Só que a parte sem fins lucrativos tinha mais influência, sendo responsável pelas atividades, investimentos e pelo rumo que a empresa deveria seguir. Com a saída e retorno de Altman, essa divisão foi para o espaço, vencendo o lado capitalista.
Isso abre novamente o debate sobre IA. As decisões tomadas agora podem mudar o mundo que conhecemos para sempre, e quem está por trás disso é majoritariamente um grupo de homens brancos, e academicamente falando, sem conhecimento profundo dos riscos que a IA pode gerar para a humanidade.
Quem irá sentar nas cadeiras restantes do novo conselho da OpenAI pode ser tão decisivo quanto uma eleição presidencial.

👢 Marca - Crocs: Do ridículo a uma das marcas mais influentes
Depois de 10 anos sendo tratada como piada, a consistência do ridículo deu à Crocs um lugar de diferenciação e destaque. Hoje, com um negócio significativamente lucrativo, é mais divertido fazer uma colaboração do que uma zoação.
Alguns marcos:
A colaboração com o Relâmpago McQueen (com luz e tudo) fez os estoques desaparecerem, com as pessoas loucas para comprar.
A estranheza do Shrek também rendeu uma colaboração responsável pelo maior tráfego no site no dia do lançamento.
Os mascotes do McDonald 's inspiraram uma coleção, e o Grimace esgotou em 10 minutos na China.
Apresentada na Paris Fashion Week, a parceria com a MSCHF rendeu a criação da Big Yellow Boot, com o rosto da Paris Hilton na campanha publicitária.
Ainda tem a Bota Cowboy que bateu milhões de impressões online no mundo e a entrada da Crocs para o streetwear em parceria com o designer Salehe Bemburry.
Por que isso é quente?
É tentador flertar com tendências dos nossos tempos. O problema é que tem marcas que fazem isso só pelo hype, na maioria das vezes, abrindo mão do próprio posicionamento pelo engajamento. É só dar um scroll no X (Twitter) para ver o desespero em cada tweet engraçadinho que elas fazem para chamar atenção.
Só que quando o tosco, a piada e o meme fazem parte do seu posicionamento, nos tempos atuais, é como ter uma mina de ouro alimentada pela atenção de dois públicos: do hater e do fã.
A Crocs vem fazendo isso consistentemente por mais de uma década e, se depender da minha geração, continuará nos próximos anos.
👨👩👧👦 Tendência - A economia dos criadores pode ser responsável por alimentar o novo luxo: o pertencimento
Ver uns stories do seu criador preferido já não é mais suficiente. Percebendo isso, todas as plataformas estão adotando o novo formato predileto: criação de comunidade.
Instagram, X e Linkedin modificaram recursos dentro de suas plataformas para dar lugar a conversas em grupo. O Instagram implementou os canais, X tem comunidades e o Linkedin tem o recurso bem-sucedido de artigos colaborativos.
Patreon, Kajabi, WhatsApp, Fourthwall e Automattic redesenharam seus recursos para atender aos criadores que podem se comunicar e monetizar suas comunidades. Isso inclui mensagens, reuniões online, notificações personalizadas, close friends e centros para conteúdo exclusivo.
Ao fim do dia, a exigência dos consumidores em relação às plataformas reflete a sintonia com sua promessa fundamental: ser uma "rede social".
Por que isso é quente?
Existe uma epidemia de solidão (especialmente entre os jovens) impulsionada pela pós-pandemia do Covid-19.
E o que as redes sociais fizeram foi criar um palco para pessoas comuns se tornarem super estrelas, com milhões de pessoas acompanhando suas rotinas. Contrariando totalmente a ideia inicial do que seria uma rede social.
O resultado é algo não muito diferente do que a televisão e o rádio já faziam: um público desconectado um dos outros e com pequenos cortes da vida de seus ídolos.
Essa relação de soberanos e vassalos está prestes a ruir nos próximos anos, dando lugar às comunidades. Isso significa que os criadores precisarão dar mais acesso às suas vidas e ao seu tempo se quiserem se aproximar de suas audiências e vender para elas.
Postar e sair correndo terá o mesmo efeito no futuro quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Anúncios: para todos os lados. O YouTube está testando exibir anúncios no Shorts com um grupo seleto de marcas, enquanto o Spotify está abrindo mercado para anunciar em podcasts.
Apple: está abrindo mão da exclusividade para facilitar o envio de mensagens de texto aos usuários do Android. A empresa vai adotar o padrão RCS junto com o iMessage.
Meta: apresentou suas duas novas ferramentas criativas de IA. O Emu Video e Emu Edit foram criados para auxiliar com edição de vídeo e imagens.
Instagram: está com planos de mudar o story de 24 horas para 7 dias, intitulando a mudança de "my week".
Bard: agora pode entender e responder palavras faladas em vídeos do Youtube. Um ótimo recurso para pesquisa e curadoria de conteúdo.
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