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O novo recurso do Spotify é uma aula sobre como pensar na experiência do usuário
Na edição 63o da Gossip Marketing: Spotify com playlists, MrBeast + Prime Video, Linkedin encerra públicos semelhantes e muito mais...
Olá, humano! A news de hoje vai te fazer entender porque eu gosto de compartilhar a música que ouço quando estou escrevendo. E, falando nisso, aqui está. Vamos para mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Spotify ensina sobre experiência do usuário
MrBeast e Prime Video juntos em um reality
Linkedin encerra públicos semelhantes

Créditos: NBC News
🔉 Tendência - O novo recurso do Spotify é uma aula sobre como pensar na experiência do usuário
Agora, você não precisa mais esperar até o final do ano para ser surpreendido pelo Spotify com seu Wrapped. Isso porque ele lançou um novo recurso tão legal quanto: a "dailylist". Mas, afinal, o que é isso?
A daylist é uma playlist personalizada que muda ao longo do dia, reproduzindo músicas de nicho ou microgêneros que você costuma ouvir em momentos específicos do dia ou da semana. No entanto, é importante mencionar que ainda não está disponível para o Brasil.
É claro que toda essa personalização resultou em compartilhamentos. Além de ter a sua cara, o Spotify adicionou títulos que resumem a vibe da playlist, como por exemplo "pensar demais na tarde molenga", "noite romântica triste e sem esperança" e assim por diante.
O Spotify relatou um aumento de 20.000% nas últimas semanas de janeiro pela pesquisa das daylists. O Instagram também divulgou que houve 600 mil compartilhamentos da daylist para o story do lançamento até 17 de janeiro.
Alguns usuários foram ao extremo de reclamar que os títulos da playlist algumas vezes chegam a ser ofensivos. No entanto, esses compartilhamentos, assim como o Wrapped, dão ao usuário a chance de falarem de si, gostos e personalidade.
Por que isso é quente?
Em uma palestra para o Ted, Dao Nguyen, Head de Tecnologia do Buzzfeed, diz o seguinte: "Se pudermos colher dados sobre o que realmente importa para vocês, e se pudermos entender melhor o papel que nosso trabalho desempenha na sua vida real, poderemos criar o melhor conteúdo para vocês, e o que mais possa alcançá-los."
Ainda sobre a palestra, Dao aborda um infográfico criado e batizado pelo Buzzfeed como "cartografia cultural".
É olhar para o conteúdo que você está criando e pensar em como ele pode repercutir na audiência. Eles dividem entre "isso é sobre mim", "isso é sobre nós", "isso me faz rir", "isso me ensina algo" e "isso me faz sentir algo".
Foi exatamente isso que o Spotify fez. Ele usou exatamente os dados que importam para o usuário e adicionou os elementos que dizem "isso é sobre mim" e "isso me faz sentir algo".
Na próxima vez que pensar em viralizar, tente isso.
📺 Creator Economy - MrBeast fechou um acordo para produzir seu próximo reality com a Prime Video
US$ 100 milhões. Esse é o valor do acordo firmado entre a Prime Video e o MrBeast para criar um reality show de competição no streaming.
MrBeast foi um jovem lá atrás que olhou para a faculdade e para o Youtube e pensou "se eu estudar muito isso aqui eu posso ser o melhor". Claro que estou falando do Youtube. Ele estudou cada elemento que faz um vídeo ser viral. Ainda assim, levou 6 anos desde o início até alcançar a fama.
Depois do sucesso, foi só progresso. Ele é uma mistura de Round 6 com Luciano Huck, oferecendo dinheiro em troca das pessoas se arriscarem em desafios propostos por ele para os vídeos. Foi justamente esse formato que chamou a atenção da Prime, que ultimamente tem investido pesado em reality shows.
O programa ainda não tem nome, mas seguirá o mesmo formato que já funciona no canal. Além disso, o primeiro episódio vai ao ar no canal de MrBeast no Youtube para depois seguir para o Prime Video.
Uau! Isso que eu chamo de acordo lucrativo.
Por que isso é quente?
Enquanto alguns streaming apostam em originais, outros em esportes, alguns em reciclar o conteúdo existente, a Prime foca em reality shows. Considerando que MrBeast é a carinha mais famosa do Youtube, ela está pagando menos que um filme da Marvel pela possibilidade de atrair vários assinantes. Isso irá funcionar?
Impossível prever, mas os dados são mais favoráveis do que contrários. Com o Youtube sendo banido na China, MrBeast postou seu primeiro vídeo na própria plataforma do país, BiliBili, e acumulou 3 milhões de visualizações em questão de horas.
Para testar a monetização do X a pedido de Musk, MrBeast publicou seu primeiro vídeo na rede e acumulou quase 160 milhões de impressões, 5 milhões de engajamentos e US$ 263.655 em receita.
Se isso funcionar, é uma esperança tanto para transformar o entretenimento de Hollywood quanto para a economia dos criadores.
💸 Ads - Linkedin está acabando com seu recurso de públicos semelhantes em publicações patrocinadas
"É pau, é pedra, é o fim do caminho"... Ai ai. Essa frase cabe em tantos contextos, inclusive no ano de 2024. O ano que separará os marketeiros crianças dos adultos. O que aconteceu?
Vou supor que não seja surpresa para ninguém que o Google está encerrando os cookies, aqueles robozinhos que seguem todos os seus rastros digitais e fornecem suas informações navegacionais para a assertividade dos anúncios. Sim, aquele item que você pesquisou uma vez e te segue por todo lado é mérito dos cookies. Apenas 8% dos profissionais de marketing estão 100% preparados para o fim dos cookies.
Já não bastasse esse pesadelo, agora o Linkedin também está encerrando a opção de públicos semelhantes. Como alternativa, a plataforma sugere o uso de públicos preditivos, baseados em formulários de geração de leads, listas de contatos e conversões. Também, a expansão de público usando dados demográficos profissionais, como habilidades e interesses.
Como compensação, o Linkedin está implementando a opção de patrocinar artigos do Linkedin, ou seja, se você escrever um artigo e colocá-lo nos ads, os usuários terão que deixar seus dados para efetuar a leitura.
Por que isso é quente?
Se antes as plataformas pensavam pelos anunciantes e os anunciantes pelos usuários, ambos terão que correr por conta própria para continuar obtendo benefícios.
Se tudo depender da permissão do usuário, obviamente a adesão será menor, mas com a possibilidade de ser mais qualificada. Do lado do anunciante, vai exigir que eles sejam mais estratégicos e gerem valor de fato para conquistar dados de possíveis interessados.
Se José do Egito pudesse alertá-los, ele diria: cuide do que tens, porque vem tempo de seca na terra digital.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Whatsapp: adicionou novos recursos aos canais, como enquetes in-stream, áudio e a capacidade de compartilhar postagens do canal para o status, além da expansão para 16 administradores.
Google Meu Negócio: tem um novo recurso chamado "eventos e ofertas nas proximidades", direcionado para pesquisas locais em dispositivos móveis por empresas que publicam postagens pelo perfil do Google.
TikTok: oficializou sua briga com o Youtube, permitindo aos usuários publicar vídeos de 30 minutos, evoluindo do seu formato de 15 minutos. Além disso, agora é permitido que usuários com menos de 1 mil seguidores façam lives.
Amazon: está colaborando com a Nvidia para introduzir IA para ajudar os vendedores terceirizados, adicionando melhorias nas imagens de upload e criando títulos e descrições dos produtos.
Apple: está testando a possibilidade de um botão para ajudar os criadores a gravarem vídeos na horizontal para o lançamento do iPhone 16.
Caso você seja novo (a):
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