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Por que a Hugo Boss colocou um holograma do tamanho de um edifício no centro de Londres?
Na edição 64o da Gossip Marketing: Hugo Boss e holograma gigante, Hollywood bombando romcom, TikTok vs UMG e muito mais...
Olá, humano! Estou preparando mais uma curadoria de ferramentas, dessa vez, exclusivamente de IA. Fica de olho nas próximas edições para não perder. A música da semana é de um dos artistas citados na news de hoje. Bora lá?
Resumo para preguiçosos:
Hugo Boss lança holograma gigante em Londres
Cinema revive comédia romântica com marketing
TikTok fica silencioso depois de tretar com UMG

Créditos: Hugo Boss
🤖 Tendência - Por que a Hugo Boss colocou um holograma do tamanho de um edifício no centro de Londres?
Você está andando no centro de Londres e ao olhar para o lado se depara com Gisele Bündchen e Leen Min-ho em um holograma do tamanho de um prédio. Essa loucura aconteceu na noite de terça-feira em uma campanha da marca Hugo Boss. O que diabos aconteceu?
Possivelmente a primeira marca a usar a tecnologia de holograma em uma campanha, o holograma de 10m foi projetado durante várias horas na famosa Tower Bridge, em Londres.
A tecnologia foi acompanhada de efeitos de fumaça e exibições de luz coreografadas para criar uma sensação de realismo e profundidade.
A ideia da marca era não só quebrar a rolagem dos feeds, mas também parar o trânsito, uma vez que chamar atenção das pessoas está custando cada dia mais caro e usar outras abordagens se faz necessário.
Segundo a empresa, esse tipo de inovação é um pilar da estratégia de cinco pontos da marca para aumentar receita até 2025.
“A cada temporada, queremos fazer algo ousado, impactante e disruptivo”, afirma Nadia Kokni, vice-presidente sênior de marketing global e comunicações da marca comandada por Hugo Boss.
Eu diria que é assim que se faz uma aparição “gigante”.
Por que isso é quente?
Não só a Hugo Boss, mas diversas marcas estão recorrendo à tecnologia para salvá-las da invisibilidade. Isso vai desde a possibilidade de testar um tênis em realidade aumentada até outdoors 3D, como os utilizados pela Nike e Louis Vuitton.
Conforme a atenção vai se dispersando, os profissionais de marketing precisam se desdobrar para usar o mix de marketing da melhor forma. No caso da Boss, pode até parecer exagerado usar um holograma de 10m, mas a tagline “seja seu próprio chefe” resguarda o receio de estar fazendo algo por modismo.
A ideia de explorar diferentes canais, principalmente o físico, me brilha os olhos. Agora, atrelar inovação e ousadia pelo simples fato de usar uma tecnologia nova me preocupa. Quando as marcas buscam muita pirotecnia fora, falta alinhamento dentro.
📺 Cinema - O marketing tem o poder de colocar as comédias românticas no topo outra vez?
Se você cresceu assistindo comédias românticas do tipo “Como perder um homem em 10 dias”, “Uma linda mulher” e outros, devo te avisar que de uma década pra cá, o enredo perdeu a graça e o elenco boa parte das roupas. Mas um novo título balançou Hollywood: Qualquer um menos você.
Recém-chegado aos cinemas brasileiros depois de um mês de estreia nos EUA, o longa é protagonizado por Sydney Sweeney (Euphoria) e Glen Powell (Top Gun: Maverick).
E o que era pra ser um filme flopado, foi salvo por um burburinho de fofocas, ou diria marketing? Bem, nas gravações Sydney e Glen, ambos em relacionamentos, foram fotografados juntos em várias cenas que estavam sendo gravadas para o filme e levantou o questionamento se estavam juntos.
Os dois aproveitaram o barulho da internet e alimentaram a química gravando vídeos juntos em redes sociais.
Quando saiu o primeiro trailer, uma versão curta, sem nada de comédia, música e cenas sensuais, o público se sentiu traído e esculhambou o filme.
Para corrigir a rota, a Sony lançou um segundo trailer mostrando mais cenas de comédia, trocou a trilha por uma versão alegre e preparou os atores para atuar em seus papéis rivalizados do filme no anúncio desta segunda versão.
Emma Stone e Nathan Fielder, aproveitaram esse anúncio do filme e 24h depois gravaram uma versão idêntica trocando apenas o filme pela série The Curse que eles estavam estrelando. A internet amou e foi suficiente para gerar um marketing espontâneo para ambos. Os atores se divertiram trocando alfinetadas do bem nas redes sociais.
No TikTok, a hashtag do filme registrou 1,2 bilhão de visualizações.
Com orçamento de US$ 25 milhões, o filme arrecadou apenas US$ 8 milhões na estreia, mas depois do sucesso, pode acabar arrecadando US$ 100 milhões.
Glen tem que torcer para dar certo, porque o marketing do filme custou a namorada…
Por que isso é quente?
Acompanhar lançamentos de filmes é uma das maiores escolas para o marketing de forma geral. Não é à toa que o mercado de infoprodutos começou e bebe da fonte herdada do cinema até hoje.
Pensa comigo, o cinema não tem validação do público antes de decidir investir em um longa, então cai no colo do marketing fazer o público gostar de algo que já foi produzido.
Tanto é esse risco, que Hollywood tem sido tímida em testar coisas diferentes, optando por ficar na zona segura de remakes, franquias e reedições de formatos.
O problema ainda agrava quando todo o marketing do filme depende do quantos os atores vestem a camisa, salvo por Barbie que tinha todo um universo de marca a ser explorado.
De forma prática, aqui vai alguns aprendizados: não basta viralizar, é preciso saber continuar a conversa direcionando para onde você quer atenção. É preciso ser ágil para mudar o rumo conforme a resposta do público e por último, fazer colabs estimula públicos semelhantes.
Famoso por suas dancinhas, o TikTok pode em breve perder esse posto se não fizer as pazes com uma das principais empresas da indústria musical. Que treta foi essa?
Muitos criadores acordaram com seus vídeos sendo reproduzidos no mudo. Parte de uma briga contínua entre plataformas de tecnologia e gravadoras, a UMG optou por remover seu vasto catálogo da plataforma, incluindo grandes nomes como Taylor Swift, Drake e Olívia Rodrigo.
De um lado, a UMG alega que o TikTok não recompensa os artistas de forma justa, não protege contra conteúdo gerado por IA nem remove adequadamente conteúdo pirata sujeito a violação de direitos autorais.
Do outro, a rede acusou a UMG de agir com ganância colocando seus interesses acima de seus artistas.
O problema dessa briga, é que enquanto cachorro grande late, os filhotes ficam sem leite. Por exemplo, Cody Fry, um artista menor que viralizou na rede e foi contratado pela UMG, mas que agora não pode mais ter seu áudio utilizado.
Se optar por um acordo de paz, o TikTok pode abrir um precedente para outras gravadoras expressarem demandas semelhantes.
Por que isso é quente?
Diversificação. Isso é tudo que um criador precisa quando ele é o elo mais fraco da cadeia. Qualquer briga entre gigantes respinga nos menores. Por isso a importância de diversificar tanto em fontes de receita quanto em plataformas.
Agora, entre um gigante e outro, eu torço pela briga. Por mais válido que sejam os argumentos da UMG, o TikTok está correto em classificar o desentendimento como ganância, o que também não isenta ele de ter o mesmo problema.
Para marcas e criadores, isso é um ponto de atenção com relação aos áudios utilizados nos vídeos. É tentador optar pelo viral, mas em uma situação como essa, e tantas outras que podem acontecer, prejudica toda a estratégia.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Instagram: agora permitirá desativar confirmações de leitura em DMs. (posso ouvir um amém?)
TikTok: quer que os usuários postem fotos para um engajamento ideal.
Linkedin: atingiu 1 bilhão de membros, porém estima que tem cerca de 400 milhões de usuários ativos.
Google: agora está mostrando vídeos do TikTok nos resultados de pesquisa e na Search Generative Experience (SGE). (Será que agora o Google elimina o seu concorrente de pesquisa?)
Meta:lançou o "Engaged View", uma ferramenta de medição para anúncios em vídeo que rastreia conversões de usuários que visualizam pelo menos 10 segundos ou 97% de um anúncio e realizaram uma ação em um dia.
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