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Elon Musk vs Alexandre de Moraes: Por que o X está perto de ser banido no Brasil?
Na edição 74o da Gossip Marketing: X quase banido no Brasil, Billie Eilish burlando o instagram, aplicativos aplicando ofensiva e muito mais...
Olá, humano! Me ajude a entender qual é a do Instagram. Nos últimos dias, quando eu faço login no computador ele desconecta do celular. É um bug apenas comigo? É um bug da plataforma? É uma atualização? Apesar disso, não vou me estressar enquanto essa música estiver tocando por aqui. Bora pra mais uma news?
Resumo para preguiçosos:
X quase banido no Brasil
Estratégia de marketing da Billie Eilish
Aplicativos aplicando estratégia de ofensiva
O X decidiu copiar o TikTok e, dessa vez, não foi um recurso. A rede está sob risco de ser banida no Brasil, assim como o TikTok corre riscos nos EUA. A diferença entre as duas é que esse risco brasileiro foi fruto das mãos do próprio Elon Musk. O que aconteceu?
A treta é tão longa que darei apenas o resumo da ópera, mas você pode entender mais sobre ela aqui.
Basicamente, o ministro Alexandre de Moraes usou o X para parabenizar o ministro Ricardo Lewandowski por assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Logo após isso, Elon Musk comentou acusando o ministro de censura e começou uma série de publicações envolvendo um relatório publicado pelo jornalista Michael Shellenberger, intitulado “Twitter files Brazil", que revela abuso de poder por parte da justiça brasileira para conseguir informações privadas dos funcionários do X.
A partir disso, começou uma série de ações e reações.
Musk prometeu descumprir as ordens judiciais contra o X em nome da liberdade de expressão. Sugeriu aos usuários usarem VPN para acessarem a rede em outros países caso sofram bloqueio aqui no Brasil. Prometeu reativar contas desativadas por antigos inquéritos e desativar a operação do X aqui no país para operar remotamente de outros países, a fim de proteger seus funcionários.
O governo optou por suspender a publicidade na rede, que, segundo o portal da transparência, teve um investimento até hoje em publicidade na plataforma de R$ 5,4 milhões.
Bluesky, o concorrente do X fundado pelo ex-criador do Twitter, Jack Dorsey, registrou a criação de mais de 100 mil perfis brasileiros.
Em meio aos embates, o advogado, representante e administrador responsável pelo X, Diego de Lima Gualda, renunciou ao seu cargo, juntamente com uma carta de renúncia protocolada no dia 8 de abril.
Por que isso é quente?
A motivação do embate entre Musk e Alexandre de Moraes levanta várias questões. A primeira delas é: por que o Brasil?
O Brasil é o país com o sexto maior número de usuários ativos, mais especificamente 21 milhões de usuários.
Elon Musk teve países como Turquia, Alemanha e Índia demandando censura de perfis na plataforma sob o risco de exclusão da rede em seus países caso não cumprisse as exigências, e em todos esses países ele cedeu às solicitações.
O segundo ponto trata-se da Tesla. Em todos os países de embate com o X, Elon Musk já firmou uma parceria para operações da Tesla, mas na América do Sul, a presença da marca é insignificante. E no Brasil, o governo já firmou parceria com a concorrente BYD.
Diferente do TikTok, que representa uma perda significativa de receita para o país e para o empreendedorismo norte-americano, a perda do X seria mais cultural do que financeira.
Seja como for, não é uma briga de censura ou liberdade de expressão, essa é só mais uma briga por dinheiro e poder, de ambos os lados.

🎤 Marketing - Como a Billie Eilish lançou seu novo álbum burlando o algoritmo do Instagram para ter 100% de entrega no seu conteúdo
É dia 5 de abril e eu acordo com a seguinte mensagem na barra de notificações do dia anterior: "ixe, a Billie tá postando coisa safada aqui". Não, ela não abriu as inscrições do OnlyFans, mas algo próximo disso: um close friends. Vem comigo entender o rolê:
No dia 4 de abril, Billie Eilish compartilhou duas imagens em um close friends com todos os seus 110 milhões de seguidores. A primeira imagem era de uma mão flutuando em um oceano vazio e escuro. A segunda era de uma de suas tatuagens na região da barriga, mostrando um pouco da coxa. O primeiro story tratava-se de um quebra-cabeça do seu novo álbum; o segundo, apenas uma forma de gerar rapport, já que o close friends não era lá tão melhores amigos assim.
Depois de descobrirem que se tratava de uma ação com todos os seguidores, os fãs não se frustraram. Pelo contrário, usaram o X para reagir à ação. O buzz rendeu à cantora 10 milhões de novos seguidores, totalizando agora 120 milhões. O Google Trends também reportou um aumento repentino nas buscas pelo nome da cantora no dia 5 de abril.
Além dos stories, de Sydney a Nova York, havia frases em outdoors com a identidade do novo álbum e mais elementos que levaram os fãs a associarem com a artista.
Depois do burburinho, Billie revelou o lançamento do seu terceiro álbum para 17 de maio com uma trinca de posts, sendo um deles um teaser no reels que bateu 147 milhões de reproduções.
Por que isso é quente?
Para quem conhece a dinâmica do close friends, sabe que o algoritmo do Instagram prioriza mostrá-lo na frente de todos os outros. O que Billie fez foi garantir que ela teria uma entrega de 100% do seu conteúdo enquanto fazia os fãs se sentirem especiais. Um tiro que poderia ter saído pela culatra, mas que deu muito certo no fim.
O X contribuiu para o barulho, uma vez que os trending topics permitem uma "conversa" em tempo real. Se fosse apenas o Instagram, seria mais difícil gerar o sentimento de pertencimento entre os fãs.
Outro fator que auxiliou na estratégia foi o efeito bastidor. Como Billie colocou 110 milhões de pessoas no close friends sem ser banida por spam pelo Instagram? Seja lá como foi, quando o público acessa uma cena de bastidores, principalmente quando ela induz ao pensamento de que foi trabalhoso fazer, a ação tende a ser mais valorizada do que se ela apenas tivesse lançado o anúncio do novo álbum.
Agora é com você. Não precisa ter 110 milhões de seguidores, muito menos ser uma artista internacional para aplicar uma estratégia como a dela. Se precisar de ajuda para pensar, eis aqui seus universitários: aqui e aqui.
✅ Estratégia - Por que todos os aplicativos estão adotando ofensiva como uma estratégia?
Um ano de ofensiva no Duolingo. Essa foi a minha conquista do dia 7 de abril. Acontece que além do inglês, eu tenho ofensiva em outras áreas da vida. E descobri que não só eu, mas boa parte do mundo e dos aplicativos estão utilizando a ofensiva para engajar seus usuários. Como assim?
A ofensiva está quase deixando de ser uma coisa legal para ser uma coisa saturada. Isso porque toda marca e criador de conteúdo quer uma audiência engajada com seus projetos. E manter uma frequência consistente é perfeito para isso.
Jackie Silverman e Alixandra Barasch descobriram que 101 plataformas utilizam ofensiva em suas interfaces.
Dentre essas plataformas, consta o Candy Crush, Duolingo, Snapchat, e outros.
Está tão comum cada app ter suas próprias ofensivas que agora surgiram aplicativos como o "Streaking" que serve para trackear várias ofensivas em um só lugar.
Por que isso é quente?
A razão de toda marca ou criador desejar implementar uma ofensiva é porque ela é efetiva. Mais do que um push, ela é uma chamada para ação literal baseada em gamificação e sensação de progresso. Você completa pequenas ações para grandes metas e com baixa pressão.
O Duolingo me ajudou a perceber que sou capaz de manter algo por um longo prazo, mesmo que isso signifique não completar uma lição todos os dias (Duolingo tem congeladores de ofensiva).
Depois que entrei para o GymRats, um app que marca treinos em grupo com os amigos, passei a treinar mais para alcançar uma boa classificação entre o grupo.
Da próxima vez que desejar engajar sua audiência, pense: como posso fazer eles sentirem que estão tendo progresso, pertencimento e baixa pressão? Pense nisso e não se limite a uma ofensiva.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Google: está testando um selo de "As pessoas também consideram" em anúncios. A pesquisa pode sugerir a página de contato, páginas mais acessadas pelos usuários, entre outros.
Meta: reportou ótimos resultados financeiros neste último trimestre. O motivo? Os bugs da plataforma costumam aumentar o custo para os anunciantes.
Instagram: está tentando fazer uso das notas a todo custo. O recurso terá mais destaque na rede e será visível junto à foto no perfil dos usuários.
TikTok: pode permitir o uso de influenciadores virtuais na rede atuando 24x7 em lives para promover produtos em anúncios.
WordPress: implementou um plugin que vai permitir um carregamento de site quase instantâneo.

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