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As estratégias das igrejas para se tornarem marcas amadas
Na edição 82o da Gossip Marketing: Igrejas se tornando marcas, Estragos causados por IA, Novas opções para substituir os cookies e muito mais...
Olá, humano! Oi pra você que chegou depois da última edição, prazer em te ter por aqui. Toda segunda uma música acompanha nossa edição e essa semana foi essa daqui. Bora pra mais uma news?
Resumo para preguiçosos:
Igrejas se tornando marcas
Estragos causados por IA
Novas opções para substituir os cookies
🙏🏼 Marcas — As estratégias das igrejas para se tornarem marcas amadas
A primeira vez que pensei em igrejas como marcas foi quando recebi um panfleto da Universal, que incluía três dias de cultos, um cronograma e uma copy muito bem escrita. Pensei: "pronto, isso é a estrutura de um lançamento!". Depois disso, comecei a notar a escalada dessa tendência.
Nas últimas semanas, a igreja chamada "We are Reino" viralizou nas redes sociais por suas peculiaridades: recepção com soda italiana e café grátis, a escolha de roupas em tons claros pela maioria dos membros, a mesclagem entre português e inglês ("Jesus is the center"), além de um perfil no Instagram que lembra lojas de departamentos como Renner ou C&A.
Contexto Histórico: Essa nova onda de variações de igrejas protestantes começou com a influência da Hillsong, uma igreja australiana que adotou uma proposta mais moderna para atrair o público jovem. No Brasil, o pastor André Valadão foi um dos responsáveis por popularizar essa abordagem, com palcos, paredes pretas, transmissões ao vivo e cortes para as redes sociais, entre outros recursos.
Grande parte dos templos que estão crescendo em influência atualmente surgiu durante o período pandêmico, uma época em que a sociedade enfrentava grande vulnerabilidade e carência de esperança.
Por que isso é quente?
As novas abordagens visam combater um fenômeno crescente: o número de pessoas que não acreditam em nada ou não possuem religião. De acordo com o Gallup, na década de 1950, os 'nones' representavam entre 0% e 2% da população. Atualmente, essa parcela de americanos está entre 20% e 30%.
Jéssica Gros, escritora do The New York Times, escreveu um artigo intitulado "O cristianismo tem um problema de marca", citando a fala de um professor do Pitzer College. Segundo ele, a religião se tornou uma grande concentração de grupos políticos conservadores, e algumas pessoas simplesmente não querem estar associadas a isso.
No livro "A Lógica do Consumo", o autor demonstra, por meio de 10 elementos, a inspiração da religião na criação de marcas amadas. Então, por que o contrário nunca foi pensado?
Até agora. Construir uma marca baseada na religião parece ser uma estratégia necessária para atrair novamente as ovelhas perdidas pelas disputas políticas. É interessante perceber a adaptação dos templos para atrair um novo público-alvo.
Se as marcas forem espertas, elas usarão isso como uma grande lição.
🤖 IA - Artistas vs. IA: quais os estragos causados até o momento?
Se um dia a vida do artista foi fácil, definitivamente não dá para lembrar. E agora, com a IA, a promessa aponta para um aumento dos dias de luta. Se liga nos últimos acontecimentos:
Adobe: recentemente atualizou os termos de uso, permitindo acesso às criações dos usuários, como arte e fotografia. A empresa alegou que isso é para melhorar seus serviços e software.(aham, sei)
Meta: confirmou no mês passado que utiliza as fotos públicas dos usuários do Instagram e do Facebook para treinar seus modelos de IA, graças àqueles termos de uso que todo mundo assina sem ler.
Instagram: o rótulo "Feito com IA" era para ajudar a trazer transparência para quem navega na rede. No entanto, o que ele tem feito é sinalizar algumas criações que não são de IA como sendo feitas com IA. Outro ponto importante é não saber onde a IA foi utilizada, visto que algumas imagens têm pouco uso de IA e outras são completamente modificadas por IA.
Cara: é um aplicativo que combina elementos do Instagram e do X para que artistas possam exibir e publicar seus portfólios, impedindo que a IA colete suas postagens. O app cresceu de 40 mil para 650 mil pessoas.
Por que isso é quente?
Aquele ditado traduz todo o sentimento de ser artista em tempos de IA: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
A escolha agora reside entre ter controle sobre o próprio conteúdo ou ter visibilidade, sendo que um anula totalmente o outro. Considerando que ter visibilidade é uma necessidade do presente, no fim, não parece que os artistas têm escolha.
Enquanto isso, a gente espera sentado por uma regulamentação que possa salvar a propriedade intelectual e a privacidade.
🤑 Dados - Instituições Financeiras: como elas pretendem ser a luz no fim do túnel da publicidade sem cookies
Toda a história dos cookies começou com "vamos remover isso para proteger a privacidade do usuário". Agora, as alternativas substitutas levantam questionamentos sobre essa tão falada privacidade. Julgue você mesmo:
Tudo começou com as RMNs (Retail Media Networks), em bom português: as redes de mídia varejista. Empresas como Walmart e Target possuem sólidos dados de compras dos seus consumidores e conseguem monetizá-los para a publicidade.
O mercado das RMNs tem um gasto estimado de US$ 140 bilhões para este ano. Com todo esse dinheiro em jogo, as instituições financeiras, detentoras de mais informações que as varejistas, resolveram entrar na brincadeira.
As FMNs (Financial Media Networks) são instituições financeiras como PayPal, Revolut, Chase, Klarna, entre outras, que já estão em desenvolvimento de uma rede de publicidade.
As RMNs possuem apenas informações de hábitos de consumo das suas próprias redes, o que por si só já é grande coisa. Já as FMNs terão um conjunto de dados que abrange todo tipo de compra. Imagine a personalização disso para a publicidade.
Um estudo da Consumer Reports revelou que o Facebook obtém informações sobre usuários de milhares de empresas diferentes, incluindo varejistas como Walmart e Amazon.
Por que isso é quente?
A grande discussão em torno dos cookies se dá pelo fato de boa parte dos dados se originarem sem a permissão do usuário (o que vários formulários e sites tentaram mudar), além de muitos dados serem de origem de terceiros.
O que as RMNs e FMNs possuem é justamente dados primários de seus próprios consumidores. A nível de segmentação, eles podem rivalizar ou até superar os cookies de terceiros.
Mas aí que está: se remover os cookies inclui preservar a privacidade dos consumidores, qual é pior? Olhar cada extrato de compra ou seu histórico online?
Esse limite vem quando as empresas demonstram quais dados serão utilizados, para o que serão utilizados e dão o poder às pessoas de escolherem se desejam ou não serem rastreadas.
Se o lucro das financeiras já era uma bolada, imagine agora.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Boca Rosa: lançou uma nova identidade visual e o Twitter caiu matando na escolha e defesa da nova marca. Como eu só confio na crítica de designer, aqui está uma boa.
Instagram: está testando bloquear seu feed quando um anúncio de vídeo aparecer e só desbloquear quando você terminar de assisti-lo. (União Europeia, faz alguma coisa)
X: atualizou as regras da rede para permitir conteúdo pornográfico. Será que isso foi depois que o último funcionário de relações públicas pediu demissão? (Eu cantei essa pedra algumas edições atrás)
LinkedIn: adicionou um feed de vídeos igual ao do TikTok. (Achei que essa ideia estúpida era coisa do passado)
Telegram: lançou atualizações. Algumas interessantes: mover o texto para cima da imagem no envio, as hashtags estão se tornando globais e você pode usá-las para encontrar conteúdo público, você pode tornar suas mensagens com citações recolhíveis e muito mais.
👀 De olho na vaga internacional
Estrategista de conteúdo: Superpath está em busca de redator habilidoso para desenvolver e executar estratégias de conteúdo para suas redes sociais.
Redator: TekWissen precisa de um redator experiente para escrever para um dos seus clientes de beleza.
Editor de vídeo: Kevin Langue está em busca de alguém habilidoso para criar conteúdo curto a partir de vídeos longos.
Produtor do Youtube: Matt Slays está buscando um profissional para criar e desenvolver canais existentes no YouTube.
Designer: Austen Alexander precisa de uma pessoa fluente em PSD e composição para criar thumbs para o Youtube.
Caso você seja novo (a):
Minha missão é reduzir o barulho gerado pelo excesso de informação, engajando na criação de um ambiente mais criativo por meio da curadoria e criação de conteúdo de valor.
Como posso te ajudar:
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