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Como o Ozempic pode mudar completamente os hábitos e comportamentos de consumo?
Na edição 84o da Gossip Marketing: Impacto do Ozempic nos hábitos de consumo, Branding multissensorial, Marcas desistindo da IA e muito mais...
Olá, humano! Essa semana tive conversas profundas com amigos. Em uma dessas conversas surgiu a música que não parou de tocar nos meus fones. Bora lá pra mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Impacto do Ozempic nos hábitos de consumo
Branding multissensorial
Marcas desistindo da IA?
💉 Comportamento – Como o Ozempic pode mudar completamente os hábitos e comportamentos de consumo?
As pessoas descobriram que o medicamento utilizado para tratar diabetes pode reduzir drasticamente o peso, e agora estão usando ele para esse fim. Mas o que o consumo, de forma geral, tem a ver com isso?
O medicamento injetável, que custa cerca de US$ 1.600,00 nos EUA, está ganhando o gosto dos endinheirados. Isso não é surpreendente, já que ele promete algo que muitos ricos desejam:gastar dinheiro para cortar caminho.
Esse medicamento funciona inibindo a fome e alterando a percepção do paladar em relação aos alimentos, fazendo com que os usuários sintam menos desejo de comer e menos prazer ao consumir alimentos calóricos.
A questão é que, com o uso crescente do injetável, tanto os usuários quanto os não usuários estão se tornando mais conscientes da importância de cuidar da alimentação. Essa conscientização tem levado à redução do consumo de alimentos processados e a uma busca por opções menos calóricas e menos gordurosas.
Preocupadas com essa mudança no comportamento do consumidor, marcas como Nestlé e General Mills começaram a desenvolver produtos focados em aumentar a massa muscular e oferecer melhor nutrição. Isso se deve ao fato de que o medicamento não só reduz o peso, mas também pode diminuir a massa muscular, criando uma demanda por produtos que ajudem a manter a saúde física.
Uma pesquisa da Gallup revelou que 15,5 milhões de pessoas (6% dos adultos norte-americanos) já experimentaram medicamentos injetáveis para perder peso. Esse número está projetado para dobrar até 2030, indicando uma tendência crescente no uso desses produtos para controle de peso.
Por que isso é quente?
O impacto do Ozempic só não está em grande escala ainda devido ao seu alto preço. Caso contrário, várias indústrias já estariam se reinventando nesse momento.
Alguns efeitos que já estão em ação:
Beleza e bem-estar: O modo de emagrecimento desses medicamentos cria uma demanda por procedimentos que resolvam problemas como rostos encovados e nádegas caídas. A partir do momento que a magreza pode ser injetável, quais serão os motivos para as pessoas se manterem na academia?
Moda: A indústria têxtil está relatando uma mudança significativa na redução dos tamanhos das roupas. Com menos peso, as pessoas estão optando por modelos com design mais ousados e justos ao corpo.
Alimentação e bebidas: A perda do apetite reduz o consumo de alimentos considerados prazeres culposos. Isso significa menos gordura e álcool. As marcas estão tendo que se adaptar, oferecendo produtos que contenham mais proteína, para manter a massa muscular, e alterando tamanhos e quantidades de ingredientes para proporcionar opções mais saudáveis.
Atividades sociais: A comida é um grande agregador social. Se a comida passa a ser um símbolo de aversão, os encontros sociais também serão afetados. O tédio de não se reunir pode criar uma demanda por substitutos como jogos de tabuleiro, hobbies, viagens, etc.
Além disso, é possível que os profissionais de marketing tenham que escolher no futuro entre utilizar uma abordagem que promova os injetáveis ou outra que vilanize totalmente o seu uso.
Bem, parece que perder peso implica em muita perda.

Cortesia da Mastercard
👀 Estratégia – Por que a Mastercard está apostando em um branding multissensorial?
Imagine que você está formando uma equipe de marketing e suas próximas contratações são: um chef de cozinha, um músico e um perfumista. Isso faria sentido pra você? Esse é o plano da Mastercard e aqui está o porquê de ela estar fazendo isso:
A Mastercard é uma das muitas marcas que entendeu que a publicidade do futuro terá grandes desafios de distração e, por isso, está se preparando utilizando o branding multissensorial.
Toque: implementou cartões com entalhes que ajudam deficientes visuais.
Visão: retirou o nome e atualizou o logo para deixar apenas os círculos vermelho e amarelo em destaque.
Som: gravou trilhas personalizadas e adicionou uma notificação sonora de 1,3 segundo que toca no uso do cartão em centenas de maquininhas.
Olfato: desenvolveu duas fragrâncias em frascos vermelhos e amarelos, chamadas de Priceless Passion e Priceless Optimism.
Paladar: abriu restaurantes utilizando sua paleta vermelha e amarela e promoveu eventos exclusivos em cidades como Nova York, Roma e Hong Kong.
Por que isso é quente?
Se hoje é difícil para algumas marcas implementarem uma identidade visual funcional, imagine ter que competir com esse futuro que a Mastercard está se preparando?
Grandes marcas já entenderam que parte desse investimento em tornar a marca multissensorial e multicanal não vai trazer retorno na receita de imediato. Mas serve como um catalisador para impulsionar a lembrança de marca.
Assim como a Mastercard, a Netflix está com planos de expandir e fortalecer sua experiência de marca, abrindo um shopping com lojas temáticas e restaurantes inspirados em seus títulos de sucesso.
Esta tendência de criar experiências imersivas reflete uma aspiração comum entre grandes marcas. Afinal, todo mundo quer um pedacinho da magia Disney.
🤖 IA – As marcas estão começando a desistir de IA?
Será que a IA é o próximo hype a cair, assim como a queda do império romano, metaverso e NFTs? Ainda é cedo pra dizer, mas alguns problemas estão tornando difícil ter fé na sua permanência de longo prazo:
O McDonald's acaba de pausar o uso de IA em cerca de 100 restaurantes drive-thru. O motivo? Alucinações.
As operações estavam recebendo pedidos malucos, como excesso de manteiga, centenas de nuggets e sorvete coberto com muito bacon.
Agora, a empresa decidiu trazer de volta os humanos para garantir um controle de qualidade nos pedidos.
Apesar da confusão, o McDonald's ainda não quer desistir da ideia de usar IA, já que outras redes de fast-food, como Wendy's, Taco Bell e Dunkin', já estão utilizando a tecnologia em suas operações.
Por que isso é quente?
Com o nível de inteligência que a IA possui atualmente, foi um pouco otimista da parte do McDonald's acreditar que um teste como esse poderia funcionar.
Utilizar IA para substituir humanos sempre vai me parecer uma ideia absurda. Agora, usá-la como um interpretador de dados, otimização de consumo, identificador de sazonalidade e esse tipo de coisa me parece algo mais inteligente.
Alguns argumentos desfavorecem o crescimento da IA, como: fazer a IA funcionar exige muita energia da qual não temos, os modelos precisam de muitos dados de qualidade para treinamento, os chatbots são tendenciosos, falta integração entre hardware e software, ainda precisa de mais?
Claramente ainda tem muita água pra rolar.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
YouTube: está experimentando permitir que o usuário adicione "notas" ao vídeo. Semelhante a um comentário, o recurso servirá para informar quando uma música é paródia, a fonte de alguma informação citada, etc. As notas com maiores classificações aparecerão publicamente nos vídeos.
TikTok: está testando duas novas opções de anúncios com IA. A primeira, um avatar formado a partir de vídeos de criadores reais. A segunda, um licenciamento de imagem de um criador específico.
Microsoft: anunciou que seus executivos receberão seus bônus mediante a forma como eles reforçam a segurança cibernética de suas divisões. (Sensato!)
Apple: está mudando o foco para produzir uma versão mais barata do Vision Pro. (Amor não correspondido?)
Instagram: agora permite que os usuários façam lives apenas para os melhores amigos.
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