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A queda da Nike e a ascensão de marcas esportivas bilionárias

Na edição 94o da Gossip Marketing: Queda da Nike, robôs trabalhando para a Amazon, fim dos empregos em startups e muito mais...

Olá, humano! Um grande abraço para quem enviou mensagem reafirmando a importância desta news em suas rotinas. Isso vale cada esforço. Descobri essa música por acaso essa semana e agora ela é minha mais nova obsessão. Bora pra mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Queda da liderança de marca da Nike

  • Amazon construindo armazéns autônomos com robôs

  • Startups reduzindo contratação 

👟 Marcas - A queda da Nike e a ascensão de marcas esportivas bilionárias

A Nike tem novos grandes concorrentes, e eles não incluem Adidas ou New Balance. On e Hoka estão em busca de desbancar a gigante do vestuário esportivo. O que está acontecendo?

  • Quando se trata de onipresença, a Nike é referência em ocupar todos os espaços disponíveis nos esportes. O problema de estar em todos os lugares é que você não consegue enxergar e atender a necessidades específicas, como desenvolver uma tecnologia de ponta para corredores.

  • O período pós-pandemia impulsionou a cultura da corrida, parte de um desejo social de não apenas sair de casa, mas de aproveitar o ar livre para se exercitar e interagir. 

  • Com uma tecnologia que já tem mais de uma década, foi assim que On e Hoka construíram silenciosamente marcas bilionárias, evitando seguir tendências da moda e focando apenas em produzir os melhores tênis em suas áreas.

  • Criada por corredores e para corredores, a Hoka foi fundada em 2009 e, em 2018, uma colaboração extremamente popular com a Engineered Garments estabeleceu a marca como uma concorrente de peso no segmento de calçados de trilha estilosos. A visibilidade da marca alcançou não apenas atletas, mas também influenciadores atentos da moda.

  • Fundada em 2010, na Suíça, a On desenvolveu uma tecnologia inovadora de solado em blocos, com foco em corredores. No entanto, a marca foi adotada por pessoas que buscavam calçados confortáveis e práticos. A visibilidade da On aumentou ainda mais quando Zendaya foi convidada para ser embaixadora este ano, transformando o fitness em moda.

  • No que diz respeito a tênis de corrida, a Hoka é reconhecida por um em cada três compradores, enquanto a On é reconhecida por apenas 18% desse público. 

  • Enquanto seus concorrentes aceleram no mercado, a Nike apresentou seu pior desempenho financeiro em quase três décadas.

Por que isso é quente?

Obviamente, a Nike não está prestes a falir — ela ainda é a marca mais valiosa e popular do mundo. No entanto, ser a favorita em todos os esportes tem, aos poucos, custado sua liderança de mercado.

Focar no público de corrida permite que marcas como On e Hoka cobrem mais caro, justificando os preços com a promessa de tecnologias avançadas. No fim das contas, esse valor que corredores estão dispostos a pagar por melhor desempenho também atrai um público premium em busca de status e conforto.

Boa parte do sucesso da On e da Hoka não se deve apenas ao fato de serem ótimas opções para corredores, mas também à maneira como a moda e o público comum as adotaram para o uso diário. Esse tipo de fenômeno é algo que nenhuma marca controla diretamente, mas que costuma acontecer quando se foca em ser excelente em um único aspecto ou quando se escolhe a celebridade certa para representar seus valores.

🤖 Marca - Amazon adquire startup de IA para tornar seus armazéns autônomos

Até agora, não vi nenhuma startup de IA se propondo a limpar os oceanos, mas tem um monte querendo tomar o lugar do designer, redator e do trabalhador braçal. O que está acontecendo?

  • A Amazon adquiriu e contratou a startup de robótica Covariant para transformar seus armazéns de distribuição em um grande complexo de robôs. 

  • Isso porque o e-commerce exige um grande número de funcionários para manter as entregas chegando em menos de um dia. Se as empresas descobrirem como colocar máquinas no trabalho físico, reduzirão bastante os custos.

  • Os fabricantes de robótica evitavam esse tipo de treinamento para robôs porque envolve muitos fatores relacionados à manipulação de objetos. Agora, a Covariant tem se concentrado em treinar os robôs para pegar e manusear objetos físicos.

  • O acordo foi a união da fome com a vontade de comer. Os fundadores e cientistas pesquisadores vão integrar o quadro de funcionários da Amazon, enquanto a startup poderá comercializar a tecnologia (precisava de mais dinheiro) ou melhorar o algoritmo (precisava de mais dados), um problema que a gigante resolveu com uma única cajadada. 

Por que isso é quente?

A Amazon é uma grande referência para empresas do varejo, mas, ao mesmo tempo, pode ser algoz. Isso porque, à medida que se torna mais eficiente, pode optar por reduzir os preços dos produtos e engolir pequenos e médios varejistas, algo que já faz hoje assumindo prejuízo. Imagine quando estiver ainda mais capitalizada para isso.

Resta às marcas investirem no único departamento em que os clientes não aceitam robôs: o atendimento ao cliente. A banalização do atendimento intermediado por robôs fez com que a Geração Z desejasse e considerasse um luxo ser atendida por humanos quando enfrentam problemas.

📉 Tendência - Por que os empregos de período integral estão diminuindo nas startups?

O próximo emprego no Vale do Silício chama-se empreendedorismo. O que aconteceu com as vagas de período integral ofertadas pelas big techs?

  • A pandemia causou mudanças culturais e econômicas nas startups, que agora estão contratando menos funcionários do que antes. 

  • Apelidado pelo WSJ de "pequenas startups", existe agora um número recorde de empreendedores, porém, menos oportunidades para pessoas que buscam um emprego em tempo integral.

  • Segundo o Census Bureau, as startups tinham em média 5,8 funcionários no começo do século. Agora, elas têm 4,6, com uma queda acentuada desde a Covid.

  • Dois motivos explicam essa tendência. O primeiro é que os empreendedores estão assumindo mais funções em suas próprias empresas para manter as despesas gerais o mais baixas possível, caso ocorra uma mudança na economia. 

  • O segundo é a crescente contratação de colaboradores de meio período, funcionários internacionais, temporários e o uso de IA para aumentar a escala conforme as metas.

Por que isso é quente?

As pequenas empresas foram responsáveis por gerar 60% dos empregos entre 1995 e 2023. Se as startups estão reduzindo suas contratações, isso pode forçar muitas pessoas a abrir seu próprio negócio e assumir os riscos comuns ao empreendedorismo.

Uma tendência comum entre criadores de conteúdo é o One Person Business, ou "negócio de uma pessoa", que depende exclusivamente do fundador. Esse movimento impulsiona a criação de conteúdo, especialmente aquele focado no próprio fundador, envolvendo a divulgação de produtos ou serviços para atrair novos clientes. Para quem desenvolve cursos, mentorias ou produz conhecimento no digital, o público pode crescer, caso mais pessoas escolham o empreendedorismo como alternativa.

Além disso, é provável que aumente a oferta de oportunidades remotas internacionais, visando atrair talentos em países subdesenvolvidos que aceitam os salários ofertados devido à diferença cambial.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

TikTok: está lançando uma ferramenta que permitirá aos usuários gerenciar os tópicos que desejam ver na "For You".

Amazon: recrutou a Anthropic (Claude) como parceira de IA para dar à Alexa uma atualização, tornando-a capaz de responder a consultas mais complexas.

YouTube: divulgou uma nova ferramenta capaz de detectar se um vídeo é um deepfake do criador.

Google: respondeu através do funcionário John Mueller no LinkedIn que a contagem de palavras em um blog e o número de hiperlinks não interferem no SEO. O foco deve ser produzir conteúdo para humanos, não para mecanismos de busca.

Instagram: agora vai mostrar qual página específica do carrossel foi curtida.

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