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Como os memes popularizaram o CAPS: O que está por trás da viralização?
Na edição 97o da Gossip Marketing: Popularização do Caps, novas tendências de viagens, talentos do Youtube ascendendo a TV e muito mais...
Olá, humano! Sempre que você receber essa news na terça, saiba, deu tudo errado na segunda e eu vou me sentir extremamente culpada por isso. Mas sigamos aqui lutando para não deixar esse projeto morrer. Dê o play na música e vamos para mais uma edição.
Resumo para preguiçosos:
Memes popularizam Caps
Descanso: novo modo de viajar
Youtube negocia com o streaming para exportar talentos
🧠 Tendências – Como os memes popularizaram o CAPS: O que está por trás da viralização?
Contribuição com insights e referências de Andressa Bueno.
Frases como "O paciente do CAPS no seu dia mais fraco" estão em alta nas trends da internet. Mas por que o CAPS virou alvo frequente de memes?
Histórico: Até a década de 80, não havia assistência adequada para cuidados com a saúde mental no Brasil. As pessoas eram compulsoriamente internadas em manicômios, submetidas a tratamentos invasivos. Foi com a reforma psiquiátrica que os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) se tornaram uma realidade, por meio da criação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
O meme surge desse estigma de associar desestabilização psíquica à ideia de internação manicomial.
No Google Trends, buscas como "caps meme", "o que significa caps" e "o que é caps gíria" tiveram um aumento repentino de mais de 450%. A hashtag #caps no TikTok já tem 329,1k vídeos publicados.
Um jovem (@mateus_hwang) viralizou no TikTok ao contratar uma acompanhante para acompanhá-lo a uma consulta no CAPS.
O Duolingo aproveitou a popularidade dos memes sobre o CAPS para produzir um conteúdo em colaboração com o Zé Gotinha, destacando a importância dos centros no cuidado à saúde mental.
Por que isso é quente?
Se por um lado os memes colocam os holofotes sobre um dos principais serviços gratuitos de apoio à saúde mental, por outro, o tratamento jocoso dado ao CAPS reforça tabus sobre o tratamento de casos mais graves. Além disso, pode sobrecarregar o sistema público de saúde com curiosos de plantão.
A escolha do Duolingo de abordar a trend de maneira responsável, com conteúdo de conscientização, demonstra uma gestão madura da marca, indo além do humor superficial dos memes.
É sempre arriscado para as marcas seguirem trends, principalmente quando não há alinhamento com seus valores e propósito. Mas é vantajoso quando esses valores se conectam com causas importantes para a sociedade, como o exemplo do Burger King nas eleições.
✈ Comportamento - O novo modo de viajar: como as redes sociais estão impactando a escolha dos destinos
Um destino, milhões de paradas? Esse estilo de viagem agitado ficou no passado. Os viajantes modernos estão optando por roteiros com longas pausas para descanso. Como assim?
Hoje, as pessoas buscam relaxar e desacelerar nas férias. O desejo de encontrar experiências únicas, aliado à necessidade de recuperação do esgotamento coletivo, fez com que "recarregar as energias" se tornasse a nova moda.
A Hilton divulgou seu relatório anual de tendências, no qual entrevistou 13 mil pessoas de 13 países que planejam viajar no próximo ano. Aqui estão os resultados:
20% querem passar o dia inteiro descansando na cama de um local exótico ou luxuoso, enquanto 25% estão focados em experiências de bem-estar para se desconectar das redes sociais.
70% desejam se exercitar, 20% buscam aventuras ao ar livre, e 64% só querem um bom livro para ler.
Entre as tendências, 25% planejam viajar com seus animais de estimação, e 30% pretendem levar colegas de trabalho.
Segundo a Hilton, essa tendência se deve, em grande parte, ao desejo de ter mais tempo para vivenciar a cultura local e sair da rotina. E quanto à escolha dos destinos, lugares "secundários" como Sardenha e Bodrum estão em alta.
Por que isso é quente?
A escolha dos viajantes por viagens mais lentas reflete o impacto da cultura de excesso promovida pelas redes sociais. Ainda assim, esses mesmos feeds influenciam significativamente a escolha dos destinos, especialmente o TikTok. Dados indicam que a plataforma ajuda os usuários a descobrir novos lugares e até comprar passagens aéreas: 83% dos usuários afirmaram encontrar destinos que não haviam considerado antes no aplicativo, e 60% efetivamente visitaram esses locais.
Embora a Geração Z seja a maior produtora de conteúdo, são os usuários com mais de 45 anos que consomem a maior parte dele.
O TikTok se especializou em destacar destinos menos conhecidos, atraindo viajantes que buscam relaxamento profundo. Essa forma orgânica de compartilhar experiências foi o que atraiu a Southwest Airlines, que lançou uma campanha publicitária e um portal de venda de passagens diretamente na plataforma.
📺 Redes Sociais - Criadores do YouTube buscam o prestígio da TV. Mas será que eles precisam migrar para alcançar esses benefícios?
É fácil ligar a câmera e gravar o próprio programa no YouTube, mas nem sempre dinheiro, prestígio e prêmios acompanham esses talentos como acontece no streaming e na TV aberta. Criadores ambiciosos estão buscando essa migração. E por quê?
Apesar de produzir conteúdo de qualidade similar ao da TV, os talentos do YouTube ainda são vistos como inferiores em comparação aos da TV tradicional.
Dinheiro: Há uma quantidade enorme de conteúdo disponível no YouTube, o que faz com que as taxas de anúncios sejam menores que no streaming e na TV.
Prêmios: Embora programas como Hot Ones tenham recebido indicações ao Emmy, essa não é a realidade da maioria. Os vencedores geralmente estão ligados à TV tradicional.
Suporte: Streaming e estúdios se dedicam mais à incubação de talentos e à promoção dos programas, o que impulsiona suas carreiras. O YouTube adota uma abordagem mais passiva, mas tem percebido a necessidade de oferecer mais marketing e suporte gradual para seus criadores.
Por que isso é quente?
Com exceção do conglomerado da Disney, que domina mais audiência que o YouTube, os principais programas da plataforma atingem um público massivo. É uma questão de tempo até o YouTube competir de maneira legítima com os meios tradicionais, especialmente considerando que as marcas já gastam mais anunciando no YouTube do que em qualquer outro lugar.
A popularidade do YouTube o coloca em uma posição estratégica para exigir que seus programas sejam tratados com o mesmo respeito que os das plataformas de streaming. Assim como o YouTube busca prestígio, prêmios e dinheiro, plataformas como a Netflix precisam de conteúdo envolvente para manter o público engajado — especialmente a Netflix, que tem investido em experiências ao vivo. Essa dupla necessidade abriu margem para negociações entre Netflix e Youtube.
Nem todos os talentos conseguem migrar do YouTube para a TV, mas à medida que o YouTube se posiciona cada vez mais como um player relevante no espaço televisivo, é provável que a transição para a TV não seja mais necessária. Embora o dinheiro esteja, por ora, com a TV, em breve ele pode mudar de mãos.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
YouTube: vai permitir que os criadores editem seus vídeos para remover partes que violam os padrões da comunidade, evitando assim que o conteúdo seja removido.
Instagram: lançou uma ferramenta chamada "Melhores Práticas" para ajudar empresas e criadores a desenvolverem conteúdos de maior qualidade. As dicas são fornecidas pelo próprio Instagram e por meio de pesquisas com criadores.
Target: está vendendo um tênis com uma ideia inovadora — ele se expande à medida que os pés crescem.
Amazon: lançou cinco novos recursos de busca visual. Disponíveis para dispositivos móveis, essa estratégia gerou um aumento de 70% no tráfego do site, aprimorando a descoberta de produtos para os clientes.
Google:trouxe atualizações baseadas em IA para o Google Lens, permitindo que os usuários façam perguntas sobre objetos em movimento em vídeos e realizem consultas por voz para fotos.
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