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Olimpíadas 2024: a medalha de ouro é conquistar a atenção do público nas redes sociais

Na edição 90o da Gossip Marketing: Atenção para os atletas olímpicos, Instagram com foco em visualizações, Google vs julgamento de antitruste e muito mais...

Olá, humano! Obrigada a todos que perguntaram se eu estava bem na semana passada. Um episódio superado, e agora podemos focar no que há de mais quente sobre marketing. A música de hoje é um desses hits de edits. Bora pra mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Atletas tornam as Olimpíadas um reality show

  • Visualizações é a métrica mais importante do Instagram

  • Google foi condenado por formar monopólio

Cartão postal do supermercado de luxo Erewhon

🏆 Comportamento - Olimpíadas 2024: a medalha de ouro é conquistar a atenção do público nas redes sociais

As Olimpíadas se transformaram no novo reality show global. Os atletas agora são uma janela para os bastidores, geralmente ocultos ao público, enquanto as marcas tentam captar a atenção dos espectadores utilizando momentos icônicos. O que rolou?

  • Coco Gauff, a superestrela do tênis, convidou os fãs por meio de vlogs para acompanhá-la, desde os bastidores de suas sessões de treino em Paris até sessões de fotos com outros atletas. Ela viralizou ao mostrar um momento em que seria a porta-bandeira dos EUA, ao lado de LeBron James, astro do basquete.

  • Tina Rahimi, boxeadora australiana, e Ilona Maher, jogadora de rúgbi americana, estão entre as várias atletas que exibiram equipamentos patrocinados, que incluíam desde roupas até telefones Samsung personalizados.

  • Caudalie, a marca francesa de cosméticos, lançou uma campanha antes da abertura das Olimpíadas que mostrava gotas de um de seus séruns caindo no rio Sena, destacando o efeito imediato de clareamento e limpeza do rio — um momento super oportuno, visto que a limpeza do rio foi um dos esforços do país anfitrião.

  • Tilibra “surfou” na onda de Gabriel Medina. Uma das fotos mais icônicas captura o surfista brasileiro quase levitando nas ondas depois de uma competição. Não demorou muito para os internautas sugerirem que essa imagem deveria estampar a capa de um caderno. Em uma resposta rápida, a Tilibra postou um mockup anunciando que tornaria a comercialização do caderno uma realidade.

  • A Mercedes-Benz ganhou publicidade gratuita com uma foto de Simone Biles, que formou o logo da marca durante um de seus movimentos na ginástica nas barras assimétricas. A foto, é uma criação do diretor de arte Zed Anwar em admiração à atleta, repercutiu nas redes sociais.

  • No TikTok, a hashtag #Olympics2024 acumula mais de 134 mil posts, enquanto a #OlympicsVillage tem mais de 3.000, focando nos bastidores do evento.

  • Alguns atletas se tornaram virais de forma não intencional nas redes devido às suas personalidades autênticas, como Kim Yeji, atiradora de pistola sul-coreana, Yusuf Dikeç, atirador de pistola turco, e Noah Lyles, velocista dos EUA.

Por que isso é quente?

Todo esse espetáculo protagonizado pelos atletas só foi possível graças à flexibilização das regras pelo Comitê Olímpico, que finalmente aprovou a gravação de imagens dos bastidores.

Esse movimento beneficia todos os envolvidos. O investimento publicitário nas Olimpíadas de 2024 foi um dos maiores, então permitir que os atletas mostrassem os bastidores é uma forma eficaz de atrair atenção e justificar o dinheiro investido pelas marcas.

Para os atletas, isso ajuda a reduzir a invisibilidade daqueles que treinaram arduamente e não conseguiram destaque que o pódio proporciona. E o público ganha acesso a todos os detalhes e fofocas que circulam.

Além disso, as redes sociais influenciam diretamente a percepção do público sobre os atletas. O conceito de "aura", um rótulo da Geração Z para designar uma personalidade única, faz com que a autenticidade de suas apresentações crie uma marca memorável na mente das pessoas, elevando-os quase ao status de semideuses.

Essa percepção vale mais do que uma medalha olímpica, uma vez que atrai o interesse do público para além dos sucessos profissionais dos atletas.

Meme “namorado distraído”

🎯 Redes sociais - Instagram: Por que visualizações são a métrica mais importante a partir de agora?

Alguém ainda olha para seguidores e curtidas no Instagram? Claro que sim, mas o big boss Mosseri está tentando convencer os criadores do contrário, informando que está mudando o foco para tornar as visualizações a métrica mais importante. Como assim?

  • Visualizações: historicamente, a plataforma nomeou métricas de forma diferente para os diversos formatos de conteúdo. A primeira mudança será renomear todos os formatos para "visualizações", que representa a quantidade de vezes que um conteúdo foi reproduzido. 

  • Reels: onde consta "reproduções" será alterado para "visualizações". 

  • Insights: na aba de métricas, "visualizações" substituirá "contas alcançadas", "contas engajadas", "interações" e "tempo de exibição".

  • Segundo o Instagram, a mudança é para garantir que os criadores tenham as mesmas métricas na rede e entendam como o conteúdo está se saindo, independente do formato.

  • Adam Mosseri informou menos de um mês atrás que "enviar" era a métrica mais importante do Instagram. Com essa nova atualização, ele recomenda ficar de olho nas duas.

Por que isso é quente?

Essa mudança acontece porque o Instagram mudou o algoritmo. Antes, as pessoas viam em seu feed as publicações de pessoas que elas escolheram seguir. No entanto, para beneficiar os pequenos criadores que reclamavam do número de seguidores, a plataforma alterou o feed para mostrar conteúdos baseados no que o usuário gosta de assistir. Agora, 50% do feed é composto de contas que você não segue, mas de conteúdos que você costuma gostar de consumir.

Com isso, os usuários ficam mais dependentes das recomendações da Meta e os criadores mais reféns do algoritmo, visto que não podem contar com a entrega para sua base de seguidores.

Tenho a impressão de que o Instagram está sempre anunciando uma mudança em nome do criador, mas todos sabem, ou deveriam saber, que eles estão mudando para si ou para competir com outras redes.

Esse é o mal de estar em terras alugadas.

⚖ Legislação - Google está em risco de ser dissolvido após julgamento sobre antitruste

Davi ensinou que nem todo Golias é invencível. E o mesmo parece ser verdade para o Google. O juiz Amit Mehta é o responsável pela maior decisão antitruste desde o caso contra a Microsoft em 2000. O que aconteceu?

  • Amit decidiu em favor do Departamento de Justiça, com o veredito de que o Google monopoliza tanto o mercado de pesquisas quanto o de anúncios. 

  • O Google detém uma participação de 90% no mercado de pesquisas. Para o juiz, isso impede que o mercado seja competitivo. 

  • Além disso, a plataforma tem um acordo com fabricantes de telefones e navegadores para tornar seu mecanismo de busca o padrão. Por meio do compartilhamento de receita, foram pagos US$ 20 bilhões à Apple em 2022.

  • Qualquer um que tente chegar perto do Google, mesmo tendo capacidade, perderia muito dinheiro para conseguir algo com efeito. 

  • A decisão do juiz afirma que o poder do Google sobre as pesquisas lhe permite aumentar os preços dos anúncios de texto de pesquisa, independentemente da qualidade dos serviços prestados.

  • As consequências ainda são indefinidas, mas tudo é possível, desde forçar mudanças nas práticas comerciais até a dissolução da empresa.

Por que isso é quente?

A decisão do julgamento é totalmente coerente. O Google detém tanto poder que nem mesmo a IA foi capaz de detê-lo. Em comparação com o Perplexity, o Google tem 290 vezes mais usuários de busca. E o Bing, com seu investimento bilionário para se integrar ao ChatGPT, conseguiu mudar sua cota de mercado de 2,81% para 3,04%. Além disso, 99% dos que usam plataformas de IA ainda utilizam mecanismos de buscas tradicionais.

As big techs neste momento devem estar tremendo na base. Isso porque quando um julgamento recai sobre uma, coloca todas as outras em risco. Amazon, Apple e Meta também são consideradas monopólios em seus respectivos mercados.

Enquanto isso, a OpenAI deve estar comemorando a decisão. Recentemente, a empresa começou a testar uma ferramenta de busca chamada SearchGPT com 10 mil usuários.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

TikTok: está lançando um recurso chamado "Spotlight", um espaço em parceria com estúdios de Hollywood que permite adicionar um link oficial para uma página que mostra IMDb, ingressos, streamings disponíveis, etc. (já comentamos sobre isso antes na news. Decidiram por um bom caminho dentro da legalidade).

LinkedIn: está lançando um recurso que permite às marcas anunciar em newsletters de criadores. Os criadores não ganharão receita compartilhada e poderão aprovar ou recusar a veiculação dos anúncios.

Instagram: parece que deseja voltar aos álbuns de família. A rede está permitindo compartilhar até 20 fotos e vídeos em uma única postagem. (diz que você está implorando por tempo de tela sem dizer uma palavra).

Threads: alcançou a marca de 200 milhões de pessoas ativas mensalmente. O número é surpreendente para uma rede social novata, uma vez que o X possui 500 milhões de usuários ativos mensais. (estou por lá testando a rede, em breve conto mais detalhes).

Amazon: fechou parceria com o TikTok e com o Pinterest para tornar possível comprar produtos da gigante nessas plataformas. (xeque-mate!).

🐱 Pulo do gato

Outro dia precisei presentear uma pessoa adulta e eu achei tão difícil que tive que criar um mapa mental.

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