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Como a Microsoft está criando a próxima guerra mundial com inteligência artificial?

Na edição 103o da Gossip Marketing: Microsoft promovendo guerra com o Copilot, TikTok quer uma mão de Trump para ficar nos EUA, Indústria de Bem-estar...

Olá, humano! Cheguei com dois dias de atraso. Esta edição trouxe temas profundos, e eu não queria correr o risco de entregá-los de qualquer jeito só para cumprir o prazo. Essa música de término não para de tocar nos meus fones. Vamos para mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Microsoft promovendo guerra com o Copilot

  • TikTok quer uma mão de Trump para ficar nos EUA

  • Indústria de Bem-estar com maior risco de morte

Cortesia de Roku

IA - Como a Microsoft está criando a próxima guerra mundial com inteligência artificial?

A maior guerra apocalíptica pode estar se aproximando e, pasmem, não será entre humanos e robôs, mas entre a ganância e a humanidade. O que está rolando?

  • A Microsoft construiu uma narrativa poderosa para vender seu sistema de IA, o Copilot: promover a ideia de que ele ajudará empresas a economizar custos de mão de obra. Em outras palavras, substituir pessoas e demitir funcionários.

  • Essa narrativa tem como rosto Jared Spataro, diretor de marketing do Copilot, que aposta em deixar claro para as empresas que o investimento em IA compensa pelo "corte de custos" – leia-se: cortes de gente.

  • A gigante já começou a aplicar isso em casa. O Copilot foi integrado às equipes de vendas e suporte ao cliente da Microsoft, permitindo que a empresa mantivesse o crescimento das vendas mesmo após demitir 10 mil funcionários.

E não para por aí:

  • A fintech britânica Finastra conseguiu manter uma campanha de marketing internamente sem contratar uma agência externa, tudo com a ajuda do Copilot.

  • A gigante dos semicondutores Broadcom usou o Copilot para gerenciar o help desk de TI, operando com menos de 20 pessoas e economizando milhões de dólares.

  • A Bell Canada substituiu parte do call center de atendimento ao cliente por chatbots e conseguiu economizar US$ 20 milhões em custos de mão de obra.

Por que isso é quente?

A ficção científica nos ensinou a temer a revolução das máquinas, mas será que nos preparou para assistir humanos usarem máquinas para enfraquecer... outros humanos?

Esse é exatamente o discurso que a Microsoft está normalizando, e é provável que outras empresas de IA sigam pelo mesmo caminho. Essa narrativa, que antes parecia arriscada, agora ganha força. Afinal, cortar custos com mão de obra é um dos sonhos dourados de qualquer CFO – e também o maior peso nos balanços financeiros de uma empresa.

O timing é perfeito: o mercado está sedento por redução de custos após fiascos como o hype em NFTs e Metaverso, que sugaram recursos e entregaram retornos mínimos. Agora, cases de sucesso com IA abrem carteiras e inflam egos corporativos.

E para os humanos? Ainda há esperança.
Por dois motivos bem simples: alucinação dos modelos existentes e o risco de colapso dos servidores.

📵 Rede Social - TikTok depende de Donald Trump para escapar da proibição nos EUA

O TikTok está por um fio nos EUA e, agora, precisa contar com quem já foi o seu maior algoz: Donald Trump. Quantos capítulos a gente perdeu no sono?

  • Toda a história do bloqueio começou justamente com Trump, que alegou que o aplicativo ameaçava a segurança nacional ao fornecer de bandeja os dados dos usuários norte-americanos para a China. 

  • O homem saiu do poder, Biden entrou, mas a novela continuou. Agora, um painel de três juízes federais decidiu não anular um projeto de lei que proíbe lojas de aplicativos de hospedarem plataformas controladas por adversários estrangeiros.

  • Ou seja, o TikTok pode ficar nos EUA apenas até o dia 19 de janeiro. O problema? O próximo presidente só assume o poder no dia 20 de janeiro. Trump prometeu, em sua campanha de reeleição, que reverteria a proibição, mas o timing é cruel: quando ele puder agir, as portas já estarão fechadas para a plataforma.

  • Diante desse cenário, as opções do TikTok são escassas:

    • Apelar à Suprema Corte para assumir o caso – o que, na prática, só ganharia tempo, já que a decisão dificilmente será revertida.

    • Contar com Trump para "mexer os pauzinhos" e cumprir sua palavra de campanha.

Por que isso é quente?

Duas coisas são certas na vida: a morte e a hipocrisia política. A “sensatez” de Trump em salvar o TikTok pode ter uma razão bem simples: apenas 32% dos americanos concordam com a proibição, segundo o Pew Research Center.

Caso consiga agir a tempo, Trump tem em mãos algumas ferramentas para evitar o banimento. A principal delas seria instruir seu Departamento de Justiça a não aplicar a lei – uma baita dor de cabeça legal, mas uma opção viável para quem está de olho em mediar um acordo e garantir uma vitória política.

Claro, a campanha pelo TikTok não é a chave para a vitória de Trump, mas é inegável que ela pode atrair o público mais jovem – especialmente criadores de conteúdo cuja principal fonte de renda vem da plataforma. Gente que, em outras circunstâncias, provavelmente nem consideraria votar.

⚰ Tendência - Como a indústria do bem-estar está nos matando?

De ioga a terapia energética, tudo hoje é "bem-estar". Com a avalanche de terapias de cura surgindo, era de se esperar que a expectativa de vida estivesse subindo. Mas não é isso que está acontecendo…

  • O TikTok, por exemplo, virou palco principal para disseminar desinformação – especialmente sobre TDAH, diabetes, sono e outras condições de saúde. Influenciadores, voluntariamente ou não, posam de especialistas e terapeutas para bilhões de usuários.

  • Enquanto isso, na América do Norte, ioga, meditação, spas, massagens e programas de bem-estar se tornaram a norma para quem busca equilibrar a vida pessoal e profissional.

  • O problema? O termo "bem-estar" e seu significado foram distorcidos ao longo do tempo. Hoje, a palavra anda de mãos dadas com conceitos como "medicina alternativa" e "medicina integrativa", usados para substituir métodos científicos e promover pseudociência.

  • Sem uma definição clara, o conceito aberto de bem-estar virou o playground de qualquer guru disposto a impor sua proposta de cura – escapando completamente dos códigos de ética que regem a medicina tradicional.

  • E enquanto os pingos não são colocados nos "is", a indústria do bem-estar cresce. Atualmente, ela está avaliada em US$ 5,6 trilhões globalmente.

  • Esse sucesso deu origem a uma nova tendência: a conspiritualidade, que mistura teorias da conspiração e espiritualidade para criar uma narrativa que gera caos, medo e desconfiança na ciência – tudo para vender produtos sem comprovação científica.

Por que isso é quente?

A indústria do bem-estar não é a única a ser exposta pela desinformação e pela canalhice na internet. Veja o termo "marketing digital", por exemplo: ramificou-se em tantas direções que hoje pode significar desde a venda de cursos legítimos até pirâmides de apostas esportivas.

No caso do bem-estar, ou de qualquer conceito vazio, o marketing cumpre seu papel de transformar tudo em produto. Da pasta de carvão ativado à atenção plena, tudo cabe na esteira. E quando os rótulos não funcionam mais, é hora de um rebranding. 

Ideologias também são armas eficazes para convencer consumidores. Tanto que muitos criadores produzem conteúdos direcionados exclusivamente para públicos de esquerda ou direita, ajustando a narrativa ao mercado que querem atingir.

O jornalista Derek Beres, autor de um livro sobre conspiritualidade, resume bem essa dinâmica ao alertar sobre os gurus:

"Observe o que eles dizem, depois veja o que estão vendendo."

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Reddit: está testando uma ferramenta de IA conversacional para atender empresas que usam a plataforma com foco na coleta de dados. (Aqui está alguém que soube surfar a onda)

Apple: supostamente fechou uma parceria com a Sony para levar seus jogos ao Vision Pro. (tal como você quando fica responsável por enturmar aquele primo chato).

OpenAI: liberou o Sora (criador de vídeos com IA) oficialmente para todos, logo após o lançamento da IA de vídeos do Google. (Já estou aqui gastando meus créditos, hehe).

Instagram: lançou o recurso "Trial Reels", permitindo que criadores publiquem vídeos inicialmente apenas para não seguidores. Com base no desempenho, eles podem decidir torná-los visíveis também para seguidores. (Para os cientistas da rede, isso soa como música!)

YouTube: adicionou novas ferramentas de análise e elementos de gestão para canais, incluindo melhorias na experiência de criação de novos canais e mais opções para análise de dados.

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