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Colapso? O que ninguém te conta sobre o mercado de IA
Na edição 98o da Gossip Marketing: O que ninguém conta sobre a IA, O futuro das compras no supermercado, O retorno do impresso e muito mais...
Olá, humano! Estive presente em uma palestra com uma das maiores especialistas em IA no Brasil, Martha Gabriel, que levantou pontos interessantes sobre o tema. Mas ainda assim, ninguém fala sobre o que eu vou te falar hoje nesta edição. Dê o play na música e vamos lá.

Resumo para preguiçosos:
O que ninguém conta sobre a IA
O futuro das compras no supermercado
O retorno do impresso
🤖 IA - Colapso? O que ninguém te conta sobre o mercado de IA
Em breve, todas as preocupações sobre IA e seus impactos serão ofuscadas por uma questão ainda mais urgente: será que o mercado vai conseguir manter as luzes acesas? Como assim?
É caro treinar modelos, empregar mão de obra especializada e desenvolver chips. A OpenAI, empresa que atualmente lidera o setor, recebeu um aporte de US$ 6,6 bilhões, o maior já registrado. Mas, pasme, isso é praticamente troco comparado aos prejuízos que ela acumula. Em 2024, a receita estimada é de US$ 3,7 bilhões (três vezes maior que no ano passado), mas o prejuízo será de US$ 5 bilhões.
A tendência é que os prejuízos operacionais só aumentem, como mostram as projeções para 2026, que indicam um déficit de até US$ 14 bilhões. Já as previsões de receitas parecem um grande sonho. Para cobrir o prejuízo e se tornar lucrativa, a empresa precisaria gerar US$ 100 bilhões em receita até 2029, o que exigiria uma taxa de crescimento anual superior a 90%.(com exceção das bolhas, ninguém no setor de tecnologia chegou tão longe para contar história).
Para completar, a relação da OpenAI com a Microsoft (principal investidora) não anda lá essas mil maravilhas.O acordo, que exigia que a Microsoft fornecesse poder computacional, gerou insatisfação na OpenAI, que alegou que a empresa não se moveu rápido o suficiente para prover a infraestrutura necessária. Agora, a OpenAI está se movimentando para conquistar mais independência.
E, por fim, uma preocupação ainda maior paira sobre toda a indústria: energia. O crescimento massivo da IA está acompanhado por uma demanda gigante de energia para alimentar essa tecnologia. A nova urgência é encontrar uma fonte de energia sustentável. Pela primeira vez em décadas, a América do Norte e grandes conglomerados estão se unindo para reiniciar usinas nucleares em larga escala, alegando que essa é a única opção para manter a indústria de IA funcionando.
Por que isso é quente?
A IA trouxe muitas preocupações e questionamentos, como a substituição da mão de obra humana e o uso de dados privados para treinamento. Mas a maior delas agora é garantir que a indústria não leve o mundo ao colapso para continuar funcionando.
A OpenAI disparou na corrida pela liderança no setor, mas dificilmente se manterá de pé sem dinheiro. Os custos são altos, as projeções de receita são irreais e os investimentos limitados.
Enquanto isso, os concorrentes super capitalizados estão prontos para assumir na 'guerra dos tronos'. O Google possui US$ 100 bilhões para torrar, e a Meta, cerca de US$ 60 bilhões em caixa.
Outro competidor preocupante, a xAI, liderada por Elon Musk, recentemente ativou, em parceria com a Nvidia, o supercomputador mais poderoso do mundo para treinar a próxima geração de modelos de linguagem e rivalizar diretamente com a OpenAI.

🛒 Marcas - Como a Instacart pretende moldar o futuro das compras no supermercado?
Como você imagina o futuro dos supermercados? Encontrar produtos por meio de tecnologia de localização no celular? Pagamento autônomo? A Instacart já tem alguns planos: os modestos carrinhos de compras. O que está acontecendo?
O carrinho, apelidado de Caper Cart, inclui uma tela sensível ao toque, um terminal de pagamento, câmeras, sensores e uma balança para que a maioria dos itens sejam contabilizados e registrados automaticamente quando você os coloca no carrinho, sem a necessidade de enfrentar filas.
Além disso, os carrinhos terão um mapa digital que mostra a planta da loja, facilitando a localização dos itens.
Ao adicionar produtos ao carrinho, a empresa propôs um recurso gamificado, no qual você pode desbloquear descontos para itens complementares aos que já estão no seu carrinho.
Na estratégia da empresa, também há o recurso de "caça ao tesouro", que mostra itens em promoção relâmpago, além de registrar suas visitas ao supermercado de forma semelhante ao Duolingo, mantendo uma "Ofensiva de compras".
Por que isso é quente?
A Instacart já está testando esses recursos com grandes redes e boutiques. As funcionalidades soam atraentes para os entusiastas tech, mas vale considerar que ir ao supermercado se tornou, para muitos, uma experiência de entretenimento.
Nesse sentido, não acredito que os recursos ganharão escala apenas pela praticidade. Afinal, há quem prefira ir ao supermercado e sair em 20 minutos, enquanto outros transformam a ida em um passeio ou até um date. No entanto, pela fidelização do cliente, a ideia faz muito sentido.
O grande ponto para a Instacart e o varejo em geral está na oportunidade de inserir anúncios nas telas e na própria experiência de compra.
🖨 Estratégia - Flashback: A estratégia de inovação das marcas ao resgatar o passado
Desde a pandemia, a estratégia mais segura para as marcas tem sido usar a nostalgia como recurso. Dessa vez, as marcas estão escolhendo as revistas como o novo astro do rock. Como assim?
Não há nada mais exclusivo do que publicar em uma revista tradicional. Marcas de moda, como Patta e Madhappy, optaram por lançar revistas em torno de coleções cápsula e lançamentos semestrais independentes. Já a Air Jordan fez parcerias com revistas existentes para assumir edições inteiras.
A Bottega Veneta foi mais radical, abandonando as redes sociais para se aventurar em uma revista online em 2021, que mais tarde se transformou em uma versão física em 2022.
As revistas oferecem pouco espaço para marketing de produtos, o que faz com que as marcas se dediquem à produção de artigos, entrevistas e textos profundos. Quando há anúncios de produtos, eles vêm acompanhados de um posicionamento premium.
Por que isso é quente?
Dizer que o impresso está de volta em um mundo cronicamente online pode parecer loucura. Mas é justamente essa falta de equilíbrio que provocou esse retorno.
O erro desde o início foi concentrar o orçamento exclusivamente em canais digitais, pela facilidade das métricas, e esquecer a importância do físico na construção de marca.
Publicar em revistas, com conteúdos que não estão diretamente relacionados à venda, confere uma autoridade duradoura que as marcas jamais conseguiriam em um post no Instagram. É essa perenidade que as marcas estão buscando, já que o digital tornou tudo mais passageiro, líquido e esquecível.
Além disso, as revistas podem ajudar na construção de comunidade, como a Capricho fez nas primeiras décadas dos anos 2000.
Quanto ao retorno do impresso, é justo que ele recupere o espaço que nunca deveria ter perdido.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
LinkedIn: tem se tornado uma das plataformas preferidas dos freelancers. A busca por trabalho freelancer tem crescido devido às demissões em massa na indústria de tecnologia e à falta de empregos em tempo integral.
Google: está lançando anúncios em sua ferramenta AI Overviews, que mostrará sugestões de produtos em resumos de pesquisa gerados por IA para consultas comerciais.
YouTube: lançou "Comunidades". Em breve, os criadores poderão conversar diretamente com o público em seus canais. No entanto, por enquanto, o recurso está disponível apenas para um grupo seleto de criadores.
Zoom: permitirá que os usuários criem clipes com avatares de IA de si mesmos para enviar mensagens em reuniões nas quais não podem participar.
Apple: está planejando abandonar sua estratégia de lançar uma nova versão de seus dispositivos anualmente, dando espaço para atualizações mais significativas entre as versões. (Ai ai, finalmente perceberam que praticamente nada muda de uma versão para outra).
Caso você seja novo (a):
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