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A evolução da venda: por que marcas de tênis e moda streetwear estão adicionando uma camada de gamificação às compras?
Na edição 118o Edição da Gossip Marketing: Marcas gamificando compra, Google quer influenciar o uso do android, Mudança no design da plataforma da Netflix e muito mais...
Olá, humano! Essa semana foi dia do profissional de marketing, então, se você se encaixa nessa profissão, parabéns pelo seu dia. Eu até emiti minha opinião sobre isso. A música para nos acompanhar nesta edição. Bora?
Resumo para preguiçosos:
Marcas gamificando compra
Google quer influenciar o uso do android
Mudança no design da plataforma da Netflix
🕹️ Marcas – A evolução da venda: por que marcas de tênis e moda streetwear estão adicionando uma camada de gamificação às compras?
Vender é uma atividade do passado para as marcas. Pelo menos para as do segmento de tênis e streetwear. Agora é preciso saber engajar. O que está acontecendo?
Marcas de tênis e streetwear estão levando os lançamentos de produtos para outro patamar — ou melhor, gamificando a experiência. Isso nada mais é do que garantir que os consumidores se divirtam enquanto compram.
Em fevereiro, a Nike fez os clientes completarem jogos de palavras para conseguir um par de Air Max 1 inspirado em Tomb Raider, e lançou recentemente uma caça ao tesouro online para encontrar novos produtos no SNKRS link.
A New Balance colaborou com a Lorenz OG, personalizadora de tênis, para uma caça ao tesouro que enviou os clientes a um local secreto, onde recebiam uma barra de chocolate contendo um bilhete dourado com os detalhes do lançamento.
A Puma escondeu 40 fichas por Londres, que os clientes precisavam encontrar e entregar para receber produtos criados pelo rapper britânico Skepta.
Já a Adidas e a Kith se uniram para criar uma experiência com tema de futebol, na qual os usuários precisavam marcar um gol no goleiro para ganhar um par de tênis.
Por que isso é quente?
Há prós e contras nesse tipo de estratégia. Por um lado, a experiência online foi invadida por bots em lançamentos — então, faz sentido adicionar uma camada extra de motivação para encontrar humanos dispostos (às vezes, literalmente) a se superarem em busca de uma lealdade que um cliente médio talvez nunca tenha.
Por outro lado, vale considerar quais tipos de ativações fazem sentido com o posicionamento da marca. Por exemplo, entre Adidas e New Balance, ir atrás de um bilhete dourado soa genérico, enquanto colocar um tema de futebol se conecta com conversas e contextos onde a marca quer estar.
Jogos, quebra-cabeças e experiências estão em alta ultimamente, mas não faz sentido adicioná-los à experiência de compra só porque está na moda.
A dopamina gerada ao completar um desafio cria mais lealdade e conexão com outras pessoas que passaram pelo mesmo desafio, segundo Alex Ropes, CEO da comunidade de streetwear britânica The Basement.
Se as marcas conseguirem alinhar essas experiências com o posicionamento que defendem, será uma situação vantajosa para elas — e para os fãs. Como fez esta marca aqui.
🤝🏼 Collab – Google faz parceria com empresa de gestão de mídia para influenciar o uso do Android
Que o nosso comportamento é influenciado por diversos fatores a gente já sabe — principalmente na era digital. E quem mais entende disso quer ser ainda mais intencional nessa influência. O que o Google está aprontando?
Desde o ano passado, o Google fechou uma parceria de vários anos com a Range Media Partners (a galera por trás de Longlegs e Um Completo Desconhecido) para gerar influenciadores a favor do Android.
A Range vai identificar filmes e programas, roteirizados ou não, para que o Google possa entrar como cofinanciador ou coprodutor. Todo esse processo será acompanhado de perto por Rachel Dougas, gerente da Range.
Considerando que o Google é dono do YouTube — e que o YouTube tem mais tempo de exibição que qualquer outro streaming — faria sentido usar a própria plataforma, né? Pelo menos não na visão do Google. A ideia aqui é focar em projetos destinados à venda para estúdios e streamers premium.
Qual é o plano com tudo isso? Colocar os produtos e serviços do Google nas mãos de pessoas criativas, para que elas construam cenários positivos em torno da tecnologia. (Adeus, Black Mirror.)
O Google e a Range também estão trabalhando com uma incubadora chamada AI On Screen, que está desenvolvendo curtas focados em tecnologia — e dois deles já estão programados para virar longas.
Por que isso é quente?
O Google é, no mínimo, estratégico. A concorrência está no cangote o tempo inteiro tentando roubar a liderança de mercado. A IA está mexendo em tudo, a busca em redes sociais só cresce, e a Apple — principal rival — domina 88% do mercado entre adolescentes com celular.
O Google já deu o primeiro passo com Cuckoo, um filme de terror lançado pela Neon no ano passado. À primeira vista, pode parecer uma ideia maluca, mas faz todo o sentido: é descolado, é atual, e ainda pega carona num dos gêneros mais quentes do momento.
A mídia é responsável por boa parte da construção social, dos comportamentos e das influências. A geração pré-2000 viu o Google nascer e virar sinônimo de tecnologia. De 2000 pra cá, novas plataformas surgiram, e até as mais recentes — como o TikTok — ganharam relevância cultural real. Estar presente no conteúdo que o público jovem consome talvez seja essencial para continuar no topo.

📺 Experiência – Por que a Netflix mudou o design do seu aplicativo?
A netinha é oficialmente líder do setor de streaming (são os números que dizem, não sou eu). E isso dá a ela o poder de criar tendências, iniciar mudanças e ditar o ritmo do segmento. E pasme: é exatamente isso que ela está fazendo. Vem comigo...
A gigante anunciou que está atualizando a página inicial do seu app de TV para melhorar a exibição de conteúdos, especialmente com o crescimento de novos formatos e a integração da IA no processo de descoberta.
Os filmes e programas agora vão exibir mais detalhes logo abaixo dos títulos — como prêmios recebidos e a popularidade entre os usuários.
Duas apostas da Netflix estão em destaque: conteúdos ao vivo (como ela tentou com Casamento às Cegas) e jogos. A ideia é deixar tudo isso mais acessível logo na tela inicial.
Além disso, a Netflix quer atrair mais criadores digitais para competir de frente com o YouTube.
Em parceria com a OpenAI, a área de busca também vai ganhar uma repaginada: os usuários poderão usar um chatbot conversacional para encontrar o que assistir, com base no seu humor e nos interesses do momento.
Por que isso é quente?
O UX da Netflix — design da plataforma e experiência do usuário — é estudo de caso em muitas salas de aprendizado por aí. Essa mudança pode ser o sinal de uma nova era para toda a indústria.
A diretora de produtos da Netflix, Eunice Kim, explicou que a reformulação traz “uma tela mais flexível para agora e para o futuro”, com foco em “impulsionar a descoberta e o engajamento”.
Essa mudança parte de dois princípios: milhares de opções para ver e reduzir a rolagem infinita. Se for bem implementada, pode ajudar a combater o tédio e evitar que o usuário simplesmente desista e vá fazer outra coisa.
O streaming virou commodity. As pessoas querem ver um filme ou série, não necessariamente “consumir a plataforma” onde isso está. Mas, se a netinha conseguir usar tecnologia de ponta pra aumentar o engajamento, aí sim a conversa muda.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Duolingo: anunciou que vai priorizar IA, substituindo contratados por chatbots. (Claro! Faz muito mais sentido ter gente fantasiada de coruja fazendo “alguma coisa em algum lugar” do que trabalhando em um escritório.)
TikTok: ultrapassou o Twitch e agora é o segundo aplicativo de transmissão mais popular do mundo. O YouTube ainda reina absoluto em primeiro lugar.
OpenAI: voltou atrás na ideia de separar o seu conselho sem fins lucrativos do braço com fins lucrativos. (Já fofocamos sobre essa treta aqui.)
Hollywood: está pegando fogo depois que Trump prometeu aplicar uma tarifa de 100% sobre todos os filmes e séries filmados fora dos EUA.
LinkedIn: está lançando uma ferramenta de IA que permite aos usuários buscar vagas descrevendo o emprego ideal. (Agora só falta preparar os profissionais para a mensagem: “0 resultados encontrados”.)
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