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YouTube declara guerra ao "slop". A plataforma vai cortar a monetização de conteúdo gerado por IA

Na edição 127o da Gossip Marketing: Youtube corta monetização para vídeos de IA, Instagram agora indexa no Google, TikTok vai americanizar e muito mais...

Olá, humano! Essa edição foi escrita em total estado de TPM, ou seja, completo caos e oscilação emocional. Essa semana é sem música porque nem isso foi suficiente para acalmar meus pensamentos. Mas bora pra mais uma edição? 

Resumo para preguiçosos:

  • Youtube corta monetização para vídeos de IA

  • Instagram vai indexar em buscas do Google

  • TikTok vai criar uma versão americana

⛔ Redes Sociais – YouTube declara guerra ao "slop". A plataforma vai cortar a monetização de conteúdo gerado por IA 

O YouTube decidiu que chegou a hora de separar o joio do trigo. A partir de 15 de julho, a plataforma vai desmonetizar vídeos de qualidade questionável criados por IA, o famoso "slop". Será que essa é uma mudança significativa?

  • O YouTube está atualizando suas diretrizes para identificar melhor conteúdos produzidos em massa e repetitivos que não se enquadram no que consideram "autêntico".

  • Vídeos totalmente gerados por IA, do roteiro às imagens, sem qualquer curadoria humana, podem perder a monetização.

  • Conteúdos automatizados que roubaram material de publicações feitas por humanos também estão na mira por serem identificados como não originais.

  • Vídeos que usam IA para "melhorar o conteúdo" seguirão monetizados, desde que sigam as políticas da plataforma. (A definição de "melhorar" ainda é um mistério).

  • O anúncio gerou pânico nas redes, com criadores achando que formatos como reacts e compilações seriam afetados, mas o próprio YouTube foi ao X desmentir essas interpretações.

  • Rene Richie, chefe editorial do YouTube, tranquilizou dizendo que se trata de "uma pequena atualização nas políticas já duradouras" e que esse tipo de conteúdo já era inelegível há anos.

Por que isso é quente?

Esta semana, houve movimentações interessantes quando se trata de redes sociais, sinalizando mudanças significativas por todo lado. 

A verdade é que a IA criou uma desigualdade de conteúdo quando se trata de volume, e, pelo que vimos na última edição, até a qualidade já estava passando despercebida pelos usuários.

O movimento é estratégico porque envia uma mensagem clara para as marcas (que são quem paga as contas): "Relaxem, estamos mantendo o ambiente limpo para vocês continuarem investindo em ads."

Isso fica ainda mais evidente quando olhamos para movimentos recentes que aconteceram globalmente. O festival de Cannes, por exemplo, cassou os prêmios da DM9 após descobrir uso irresponsável de IA, resultando em crise de imagem gigantesca para a agência, rompimento do contrato com a Consul e demissão do líder criativo, Ícaro Doria.

E sempre que nasce uma cultura, outra contracultura se impõe. Se a moda é conteúdo de IA, o contrário disso é a autenticidade.

Em Cannes 2025, marcas como Dove voltaram a usar fotos reais sem retoque, Oreo adotou linguagem verdadeira mostrando bastidores, e Persil retratou o cotidiano imperfeito.

A pesquisa de Ndasi e Akcay (2020) revelou que a coerência da comunicação tem mais peso na percepção de autenticidade do que boas intenções genéricas. Ou seja: não adianta ser criativo, bonito ou engajador. Sem confiança, a intenção de compra não vem.

O YouTube está apostando que o público prefere conteúdo com alma humana, mesmo que imperfeito, a uma avalanche de vídeos artificiais tecnicamente corretos, mas vazios.

E, considerando que a plataforma já oferece várias ferramentas de IA para criadores, a mensagem é clara: use tecnologia para melhorar, não para substituir completamente a criatividade humana.

📲 Redes Sociais – Postagens do Instagram agora brigam com sites pela primeira página da busca do Google

Agora, suas postagens vão aparecer nos resultados do Google, competindo diretamente com sites tradicionais. E isso muda completamente o jogo do marketing digital. Veja como...

  • O Google agora indexa conteúdo do Instagram, posicionando posts, vídeos e carrosséis como concorrentes diretos das páginas web tradicionais nos resultados de busca orgânica.

  • A mudança afeta milhões de perfis que optam por contas comerciais ou de criador, em vez de contas pessoais. Claro, isso se você for maior de 18 anos.

  • A opção permanecerá ativada por padrão para contas elegíveis, ou seja, se você não quiser aparecer nas buscas, precisará desativar manualmente.

  • O YouTube e o TikTok já mantêm presença significativa nos resultados do Google, com o YouTube dominando buscas por vídeo. Agora, o Instagram entra nessa briga.

  • O Google já indexava conteúdo do Instagram há anos, mas existiam certas restrições por parte do Instagram. Agora, além de ser oficial, espera-se que tudo possa ser indexado, até a sua bio.

  • Uma análise de distribuição revela que conteúdo do Instagram aparece em todas as 10 primeiras posições de busca, com frequência particularmente alta a partir da segunda posição e pico absoluto na quarta posição.

  • Na Itália, o conteúdo do Instagram aparece atualmente em 11% dos resultados de pesquisa que incluem elementos de mídia social, segundo análise da SEOZoom.

Por que isso é quente?

As pressões vêm de todos os lados: do Google versus chatbots, do Instagram versus outras redes. Se você deseja aparecer nas buscas, sua estratégia de conteúdo precisa atender a públicos diferentes: quem está rolando o feed despreocupadamente e quem está procurando informações específicas no Google.

Antes, você otimizava seu site para o Google e suas redes sociais para engajamento. Agora, cada post no Instagram é potencialmente uma página de resultado de busca. Veja o que muda:

  • As legendas precisam incorporar palavras-chave relevantes de forma natural, e a parte visível (antes do "Veja mais") funciona como título principal para os mecanismos de busca.

  • Descrições de texto alternativo fornecem conteúdo pesquisável adicional que os algoritmos conseguem processar, servindo tanto para acessibilidade quanto para SEO.

  • Hashtags ganharam nova importância: não são mais apenas ferramentas de descoberta social, mas elementos pesquisáveis que contribuem para a otimização quando usadas estrategicamente.

  • O Instagram Insights rastreará o tráfego em "Fontes externas", fornecendo dados sobre dados demográficos do usuário e caminhos de conversão a partir de referências de pesquisa.

  • O Google Search Console coletará uma seleção de dados de desempenho de conteúdo do Instagram para pesquisas de marca e palavras-chave relevantes.

  • E a bio deve ser pensada com palavras-chave que reflitam seu setor, serviços e localização.

Uma das coisas mais importantes nessa mudança é a durabilidade do conteúdo. Uma vez indexado pelo Google, o conteúdo passa a fazer parte da web pesquisável, com visibilidade mais persistente do que a descoberta nativa da plataforma.

O momento se alinha às tendências mais amplas do setor em direção a estratégias de conteúdo multiplataforma. As marcas que conseguirem dominar essa nova dinâmica terão uma vantagem competitiva massiva, ocupando mais espaço nos resultados de busca e capturando usuários em diferentes momentos da jornada.

⛔ Redes Sociais – TikTok cria versão americana para escapar do banimento

O TikTok está construindo uma versão 100% americana do app enquanto negocia com compradores dos EUA. Parece que alguém finalmente entendeu que banir o TikTok não é tão popular quanto parecia. Vamos aos detalhes dessa estratégia...

  • O TikTok deveria ter sido banido nos EUA em janeiro, mas Trump adiou o prazo da lei bipartidária três vezes. Por quê? Porque eliminar o TikTok está se mostrando muito impopular, apesar de todos os riscos de segurança.

  • Internamente, a empresa chama a nova versão de "M2" (o TikTok original é chamado de "M"). Criativo, né?

  • A versão americana chegará às lojas de aplicativos em 5 de setembro.

  • Em 17 de setembro, a versão atual do TikTok desaparecerá das lojas de aplicativos, justamente quando a extensão atual do banimento deve terminar.

  • Os usuários terão que baixar e aderir ao novo aplicativo antes que a versão atual seja totalmente desativada nos EUA em março de 2026.

  • A Casa Branca informou que um consórcio de compradores, incluindo a Oracle, foi formado e será anunciado em breve.

  • Mas ainda não está claro se criar uma versão voltada para os EUA era exigência do governo Trump ou se a empresa estava apenas se antecipando.

Por que isso é quente?

O TikTok está jogando xadrez enquanto todo mundo joga damas. Em vez de simplesmente aceitar o banimento ou vender tudo de uma vez, eles criaram uma terceira opção: uma versão americana que pode satisfazer tanto o governo quanto os usuários.

É uma estratégia inteligente porque reconhece a realidade política: banir o TikTok é impopular demais para ser sustentável a longo prazo. Ao criar uma versão "segura" para os EUA, eles mantêm a base de usuários enquanto atendem às preocupações de segurança nacional.

A mudança forçada de aplicativo também é genial do ponto de vista técnico. É como fazer uma migração de sistema sem perder usuários, onde todos terão que baixar o novo app, mas a experiência continuará sendo a mesma.

Agora, todos os olhos estão voltados para Pequim. Se o governo chinês não aprovar o acordo, o TikTok nos EUA pode realmente perder o jogo. E aí, 170 milhões de usuários americanos vão ter que encontrar uma nova plataforma para seus vídeos de dança.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Google: está testando um novo recurso "Fontes preferenciais" para a Busca, onde usuários podem marcar fontes com estrelas para ver mais notícias delas.

X: após a polêmica do Grok alucinar vociferando preconceitos, CEO Linda Yaccarino saiu, usuários de alto perfil estão abandonando a plataforma e governos mundiais pedem investigação. Mas Musk segue com expansão do chatbot. (Elon sendo Elon)

Netflix: revelou que 50% dos usuários globais agora assistem animes e que a audiência triplicou nos últimos cinco anos.

Meta: lançou atualizações nas mensagens de reengajamento, permitindo que marcas enviem mensagens promocionais contínuas para usuários que interagiram com ofertas ou catálogos.

YouTube: está desenvolvendo um bot de IA chamado "Pergunte ao Studio" para analisar estatísticas do canal e dar dicas de melhoria.

Caso você seja novo (a): 

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