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Como um vídeo sobre "adultização" digital virou o jogo contra as big techs no Brasil

Na edição 133o da Gossip Marketing: Efeitos vídeo Felca, Google mata SEO da Monday, adultos no combate à solidão, e muito mais...

Olá, humano! É com grande alegria que anuncio uma nova integrante na news: Eduarda Lima. Sempre que algo bom acontece por aqui, eu compartilho com vocês. Ela vem para somar na curadoria, redes sociais, e muitos outros planos que temos para a news. Bora pra mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Efeitos do vídeo sobre “adultização”

  • Google mata SEO da Monday

  • Adultos querem acampamentos de verão

📛 Redes Sociais – Como um vídeo sobre "adultização" digital virou o jogo contra as big techs no Brasil

No início do mês, o YouTuber Felca gravou um vídeo sobre "adultização" que viralizou. Os efeitos que se seguiram mostram o poder da mobilização social quando a sociedade se une para cobrar mudanças necessárias. O que rolou?

  • O vídeo do Felca expôs a "adultização" e sexualização infantil na internet, denunciando crimes e como crianças são expostas em plataformas online.

  • O Youtuber usou casos como "Bel para Meninas" e "Camilinha" para mostrar como crianças viram produtos para um público que inclui pedófilos.

  • Ele também revelou como os algoritmos funcionam para facilitar o acesso a esse tipo de conteúdo e manda um alerta direto para os pais: protejam seus filhos da exposição online, porque os traumas psicológicos que isso causa são reais e profundos.

  • O vídeo de 49:56, rendeu 48 milhões de visualizações no Youtube e 278 mil comentários.

  • No Google Trends, as buscas por "adultização" e pesquisas relacionadas teve um aumento repentino.

  • O próprio Felca divulgou os efeitos que o vídeo causou: aumento de +2600% em doações para instituições que cuidam de crianças, investigação e punição dos casos denunciados no vídeo (Kamylinha e Hytalo Santos), além da conscientização nacional sobre adultização e a busca por terapia das vítimas.

Por que isso é quente?

O que o Felca fez criou um marco histórico no Brasil de algo que está sendo buscado globalmente: impor limites para as redes sociais sobre a influência em adolescentes.

Por aqui, o tema sempre foi tratado como pauta política intocável — "não vamos mexer nisso porque é censura". Até que o caso veio à tona e todos os lados se uniram para aprovar um projeto que combate a "adultização" nas redes sociais.

A pauta é mais que necessária, visto que crianças e adolescentes estão cronicamente online. Alguns dados: 90% dos adolescentes assistem ao YouTube, 63% usam o TikTok, e 61% estão no Instagram.

O que as redes sociais permitem de crimes não é brincadeira. A Meta, por exemplo, permitiu a criação de um chatbot capaz de envolver crianças em conversas românticas e sensuais. (Sim, você leu certo).

Enquanto a União Europeia trabalha incansavelmente para impor limites aos conglomerados de mídia, por aqui, a gente utiliza os próprios meios permissivos para conseguir vitórias. E dessa vez, funcionou.

SEO – Google matou o SEO da Monday com IA e a empresa perdeu quase 40% do valor. O que isso significa para todo mundo?

A Monday acabou de dar o grito que todo mundo do marketing estava esperando (e temendo). A empresa revelou que o Google AI Overviews está literalmente matando o tráfego orgânico deles, e os efeitos já chegaram na bolsa de valores. Se liga no estrago...

  • A Monday, que sempre foi referência em marketing de conteúdo e SEO, viu o tráfego do site despencar por causa das atualizações do algoritmo do Google, principalmente os AI Overviews.

  • O problema? O Google agora responde diretamente muitas perguntas que antes mandavam os usuários para o site da Monday.com. Resultado: ninguém mais clica.

  • Roy Mann, cofundador da empresa, foi direto ao ponto: as pessoas estão tendo as respostas na própria página de resultados, sem precisar sair de lá.

  • O impacto foi devastador para leads de pequenas empresas, que formam a base do funil de vendas da Monday.com.

  • Mesmo com a receita do segundo trimestre crescendo 27% (superando as estimativas), as ações da empresa despencaram quase 40%, derrubando o valor de mercado para menos de US$ 10 bilhões.

  • E não é só a Monday.com sofrendo. HuffPost, Business Insider e The Washington Post também estão vendo o tráfego de referência minguar desde que o AI Overviews chegou.

  • Um estudo do Pew Research Center comprovou: usuários que encontram AI Overviews têm muito menos chance de clicar nos resultados tradicionais.

Por que isso é quente?

A Monday sempre foi o case de sucesso de quem apostou pesado em SEO e marketing de conteúdo. Se eles estão sofrendo, imagina o resto do mercado.

O CFO Eliran Glazer tenta passar pano dizendo que é "temporário" e que já estão tomando medidas para reverter no segundo semestre. Mas convenhamos: quando o Google muda o jogo, raramente volta atrás.

A estratégia de sobrevivência deles já está clara: realocação de orçamentos para YouTube e marketing de performance. Ou seja, menos orgânico, mais pago. (E quem ganha com isso? Adivinha só).

Enquanto isso, o Google, pela boca de Liz Reid (VP e Head de Busca), diz que está tudo bem e que o volume geral de cliques tem sido "relativamente estável". Mas é estável para quem? Para as empresas que dependem de tráfego orgânico, claramente não está.

A real é que estamos vendo o fim de uma era. A dependência total de SEO como estratégia de entrada não funciona mais. As empresas que não diversificarem canais e não repensarem sua estratégia vão sofrer igual ou pior que a Monday.

😎 Tendência – Adultos voltaram para os acampamentos de verão e as marcas já descobriram essa mina de ouro

Lembra do "socialismo amigo" na edição passada? Pois então, os adultos resolveram voltar aos acampamentos de verão, mas agora com bar aberto e sem toque de recolher. E claro, as marcas já estão de olho nessa nova obsessão. Se liga no que está rolando...

  • Acampamentos como Club Getaway, Camp Social e Camp No Counselors estão explodindo nos EUA, oferecendo experiências de "volta à infância" para adultos.

  • A demanda é tanta que estão se expandindo rapidamente. O Camp Social, focado em mulheres, já faz duas sessões por ano com 400 campistas cada, e o Camp No Counselors está expandindo do Pennsylvania e Califórnia para o Texas.

  • O que mais impressiona? 92% dos participantes do Camp Social chegam sozinhos na esperança de encontrar uma comunidade por lá.

  • As taxas de retorno são insanas: o acampamento "Camp", voltado para LGBTQIA+, tem 75% de taxa de retorno, sendo que 40% deles já voltaram mais de cinco vezes.

  • As atividades são exatamente o que iguais a do fundamental: beliches, arvorismo, tie-dye, passeios de barco e arco e flecha. A diferença? Agora tem aulas de pintura com bebida e festas dançantes com bar aberto.

  • E aqui vem a parte que interessa para quem trabalha com marketing: marcas como Amazon Prime, Dunkin', Fat Tire Ale e Bombas já estão patrocinando esses acampamentos para compensar custos.

Por que isso é quente?

Millennials e Gen Z estão vivendo uma "epidemia de solidão" real, passando a vida grudados nas telas e sem saber como fazer amigos na vida adulta.

Os acampamentos funcionam como uma experiência de "desintoxicação digital forçada" onde as pessoas são obrigadas a interagir cara a cara.

Do ponto de vista de marketing, isso é genial porque resolve vários problemas ao mesmo tempo: oferece experiência, cria senso de comunidade e ainda força o networking orgânico. As marcas patrocinadoras não estão só comprando espaço publicitário, estão comprando momentos de conexão emocional.

O mais interessante é que 92% chegam sozinhos. Isso significa que não é um programa para grupos de amigos, é literalmente um "marketplace de amizade". As pessoas estão tão carentes de conexões reais que pagam para passar fim de semana com estranhos fazendo atividades de criança.

A verdade é que estamos vendo o nascimento de uma nova categoria de "experiência premium de simplicidade". As pessoas querem pagar para voltar a ser criança, mas com poder de compra de adulto.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Ifood: pegou carona na fofoca sobre Fogaça e Paola para criar uma ação genial. O chef postou "admitindo" que tem um caso... com a plataforma de entregas.

Carmed: fechou parceria com a Coca-Cola para lançar oito produtos de lip care exclusivos. Os primeiros chegam em outubro.

Spotify: agora deixa você criar transições personalizadas entre músicas. Fade, rise, blend – tudo automático.

Labubu: faturou mais que Barbie e Hot Wheels juntas. A Pop Mart vendeu US$ 670 milhões em Labubus só este ano.

YouTube: fez proposta oficial para sediar a cerimônia do Oscar.

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