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Marcas e influenciadores estão replicando formatos vencedores da TV para atrair público e reforçar posicionamento

Na edição 142o Edição da Gossip Marketing: Marcas e influenciadores estão replicando a TV, Estúdios estão apostando no omnichannel e LeBron James engana o público e muito mais...

Olá, humano! Nada como um apagão da AWS para a gente lembrar quem realmente manda na internet, né? Um único data center no norte da Virgínia precisando de atualização foi suficiente para derrubar metade dos serviços que você usa todo dia. (Sim, eu também entrei em desespero quando fui criar as imagens e o Canva estava fora do ar.) Mas agora que tudo voltou ao normal, bora pra mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Marcas e influenciadores estão replicando a TV

  • Estúdios estão apostando no omnichannel

  • LeBron James engana o público

📺 Tendência – Marcas e influenciadores estão replicando formatos vencedores da TV para atrair público e reforçar posicionamento

Algumas semanas atrás eu falei dos debates polêmicos, mas agora acredito que as marcas estão dispostas a replicar a TV aberta para ter um público de massa. O que está acontecendo?

  • Você lembra quando a TV badalava o final de semana com Passa ou Repassa e Games Show milionário? 

  • Marcas e influenciadores estão usando seus canais para criar seus próprios jogos. 

  • Farm Rio: aproveitou o sucesso da sua convenção comercial de 2024 para repetir o formato de game show com seu time de venda e abrir a edição internacionalmente. O jogo foi responsável por recorde de vendas no final do ano e uniu o time em provas interativas e desafios ligados à cultura da marca. 

  • Ipiranga: se uniu ao PodPah, um dos maiores nomes do entretenimento de podcasts, para criar o primeiro gameshow gravado em postos de combustíveis no Brasil. A iniciativa visa reforçar o posicionamento da marca de estar presente em todos os pontos de mobilidade dos consumidores brasileiros. 

  • Marketing digital: especialistas como Rafael Kiso, Wendell de Carvalho, Pedro Sobral, Samer Agi e outros nomes se juntaram para fazer uma black vitalícia. Uma das maneiras para essa divulgação foi realizar um Game Show. 

  • Assim como o "quarteto fantástico" (Leandro Ladeira, Primo Rico, Erico Rocha e Bruno Perini) também criaram uma espécie de Shark Tank utilizando pessoas reais para alavancar o crescimento na internet.

Por que isso é quente?

É curioso pensar que a TV, que antes cobrava uma fortuna para aparecer nos intervalos, agora virou o modelo que as marcas tentam copiar. A diferença? Hoje elas gastam uma fortuna em estrutura para tentar recriar o público que a TV já teve.

O problema é que o público de massa acabou. E as marcas estão percebendo isso da pior forma possível.

Pra vender pra todo mundo, agora elas precisam reunir todo mundo, e nem a TV está conseguindo mais.

Por isso, o que a gente vê hoje é um desfile de game shows patrocinados, debates em lives, filmes de marca e séries de branded content. 

O marketing virou um canal. Literalmente. 

E isso acontece num momento em que as redes sociais estão tendo que lidar com um público em evolução: 

  • O Instagram segue com os carrosséis como principal formato de engajamento. 

  • O YouTube está vivendo o revival do formato longo — com tempo médio de exibição entre 64% e 86%. 

  • O crescimento de seguidores está mais lento. 

  • As taxas de conclusão de vídeo são baixas.

Em outras palavras: o seguidor já não é mais popular, mas o engajamento nunca esteve tão quente.

Antes, as marcas pagavam para interromper o conteúdo. Agora, elas estão pagando para ser o conteúdo.

📺 Entretenimento – Estúdios de cinema estão cada vez mais omnichannel para trazer público para os telões

Hollywood é a prova de que não está fácil chamar a atenção. Enquanto as redes sociais querem ser a TV, e a indústria cinematográfica quer ser omnichannel. Que confusão é essa?

  • Os estúdios independentes, incluindo Focus Features, A24, Neon e IFC estão investindo em eventos importantes, ativações interativas e produtos exclusivos na esperança de aumentar a demanda por filmes e pelas próprias marcas.

  • Eventos como FocusFest e a série de eventos realizados pela A24 no Cherry Lane Theatre, apresentam comida e bebida temáticas, convidados especiais e exibições antecipadas.

  • Algumas ativações como o "armário móvel" da Criterion Collection e o próximo airstream "F-Stop" da Focus, foram projetados para serem compartilhados e ganhar atenção nas redes sociais.

  • Dentre as estratégias dos estúdios também está vender objetos reproduzidos nos filmes e criar programas de fidelidade com ingressos que garantam que os membros estejam no primeiro dia de lançamento.

  • Enquanto isso, Hollywood está apostando todas as suas fichas no formato curto e barato dos microdramas.

  • O grande argumento é que eles trarão produção e refinamento nível hollywoodiano para o formato, e se eles puderem incluir diversidade de gêneros e estrelas digitais que atraiam viralidade, melhor ainda.

Por que isso é quente?

Às vezes, eu me sinto de alma lavada quando vejo certas coisas acontecendo no marketing. Porque fica cada vez mais claro que nunca existiu uma forma mágica. 

Olha o cinema, por exemplo. Hollywood está desesperada tentando entender o que o público quer. O cinema quer ser social, o social quer ser TV, e a TV quer ser streaming. Todo mundo tentando e errando junto. 

Enquanto isso, os estúdios independentes estão ganhando algo que Hollywood perdeu há muito tempo: expressão verdadeira. Eles não estão falando com todo mundo, estão falando com uma geração que tem orgulho do que consome, que usa o entretenimento como extensão da própria identidade. 

E sabe onde esse movimento começou? No Letterboxd, uma rede social onde as pessoas transformaram "reviews de filmes" em manifestos culturais. 

Enquanto Hollywood tenta empacotar o que é popular para pagar contas milionárias, os independentes estão construindo relevância com orçamentos pequenos e comunidades gigantes. 

As grandes marcas ainda tentam falar com o "público de massa" enquanto as menores estão criando tribos que as defendem com unhas e dentes.

🍺 Marcas – LeBron James engana o público para assistir uma propaganda de bebida alcoólica

LeBron James quase quebrou a internet induzindo todos a pensarem que ele faria um grande anúncio. Enquanto todos se preparavam para sua aposentadoria, ele apresentou seu parceiro publicitário. O que rolou?

  • Em 2010, a ESPN produziu The Decision, um especial de TV anunciando qual time de basquete LeBron James se juntaria.

  • Quando foi no início de outubro, ele foi às redes sociais para divulgar uma entrevista que revelaria a decisão das decisões. Uma espécie de The Decision 2.0.

  • O que todo mundo pensou? Bem, ele só pode estar se aposentando.

  • O que ele revelou em 7 de outubro foi a continuidade da sua parceria com a Hennessy VSOP, uma marca de conhaque francês. Junto com a agência Wieden+Kennedy Amsterdam, tiveram uma chance de contar os próximos passos da marca.

  • "Usamos o que sabíamos sobre o momento, sabendo que era na off-season, um momento em que muita gente vai falar sobre rumores de troca, sobre aposentadoria, sobre uma série de coisas, e focamos nisso como nossa base", disse Amar Babbar, diretor de planejamento de comunicação da agência.

  • O resultado da campanha foi um vídeo de 60 segundos para redes sociais que recria a aparência do "Decision" original, com uma apresentação no estilo "SportsCenter". Além disso, uniram o físico e o digital para honrar a história de James ao mesmo tempo que conta sobre a marca.

  • A parceria de LeBron James com a Hennessy chega em um momento curioso: o mercado de bebidas alcoólicas já conta com mais de 300 endossos de celebridades, segundo levantamento da Wieden+Kennedy. O cenário vai desde astros de Hollywood que viram sócios das marcas até aquelas parcerias básicas de "foto com garrafa na mão".

Por que isso é quente?

A criatividade sempre vai oscilar entre os limites da ética. E é exatamente por isso que a publicidade hoje está mais tímida do que nunca - regras demais, limites demais, todo mundo com medo de errar.

O post do LeBron James não colocou #ad ou qualquer marcação de publicidade, o que é obrigatório quando se trata de conteúdo patrocinado nas redes sociais. Mas se colocassem? Estragariam toda a surpresa. Então o que a marca fez foi muito arriscado.

Mas convenhamos: o mercado está tão saturado que eles meio que ficaram sem opção. Para se destacar hoje, tem que fazer o que todo mundo não está fazendo. E no fim, acertaram porque não foram levianos.

Eles investiram tempo pesquisando o "Decision" de 2010 para ver como aquilo caberia nesse momento. Amarraram todas as pontas em uma campanha completa. Não foi só um post aleatório, foi uma estratégia pensada do começo ao fim.

Agora, toda marca deveria fazer isso? Talvez não. Porque isso de fato cria um limite ético muito tênue. A marca começa a criar expectativas que podem arruinar a reputação da celebridade, dependendo do caso.

Não foi problema para o LeBron James porque o cara é de fato um rei. Mas numa celebridade mais frágil, que depende da reputação para o público acreditar no que ela fala? 

É aquela história: funciona quando é autêntico. Quando força, o público percebe. E quando percebe, não perdoa.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

WhatsApp: marcou 1º de janeiro de 2026 para expulsar os chatbots do seu aplicativo. Isso inclui tudo que é criado pelos concorrentes OpenAI e Perplexity.

Netflix: fechou grandes acordos com a Mattel e a Hasbro para fabricar brinquedos, jogos e outros produtos de consumo relacionados ao K-Pop Demon Hunters.

TikTok: alugou 48 salas de cinema em 32 cidades do Brasil para ajudar os alunos com aulões preparatórios gratuitos para o Enem. (Depois de distrair o aluno o ano inteiro, é mais do que justo hehe)

OpenAI: lançou o Atlas, seu próprio navegador web com tecnologia de IA. (Será que pega?)

Nike: cansou de ser básica e vai lançar produtos épicos, como tênis de corrida motorizado, calçados que induzem um estado meditativo e uma jaqueta que ajusta sua temperatura usando o ar.

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