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O TikTok tem um problema de pirataria. E as marcas deveriam ouvi-lo.
Na edição 46o da Gossip Marketing: Linkedin é uma rede popular, TikTok e a pirataria, música clássica conquistando fãs e muito mais...
Olá, humano! A Bruna Marquezine conseguiu algo que poucos conseguiram: me fazer assistir um filme de herói. O inglês dela tá tão impecável. Essa música não sai da minha cabeça. Bora pra mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Linkedin é a rede mais popular
TikTok tem um problema de pirataria
Música clássica está se unindo aos videogames
📈 Redes sociais - O LinkedIn saiu do status de rede esquecida para se tornar a mais popular
O LinkedIn é o garoto nerd que se tornou popular e está chamando a atenção de toda a escola. O que mudou?
Dois motivos reforçam isso. A primeira delas é que o LinkedIn não depende da receita de ads como as outras. As assinaturas do Premium permitem que a rede tenha um pouco de estabilidade. A segunda delas é porque enquanto todas se modificaram para parecer umas com as outras, o LinkedIn permaneceu com seus mesmos recursos (ele até tentou, mas não foi muito promissor). Comparado a 2021, temos 41% mais conteúdo compartilhado nesta primavera. E falando do Brasil, a rede foi eleita como melhor rede social pelo Prêmio Canaltech. (chocada!)
Por que isso é quente?
Muitos ainda veem o LinkedIn como uma extensão formal do trabalho. E não estão errados, porque são poucas pessoas que furam essa bolha. O LinkedIn tem mais de 900 milhões de usuários, mas estima-se que apenas 3 milhões criam conteúdo semanal. Isso é tudo o que um criador pode querer, certo? Um lugar sem concorrência e com falta de autenticidade. Você não precisa ser um criador se não quiser, mas, de acordo com um novo estudo da Whalar, as marcas recuperaram US$ 2,40 em vendas físicas para cada US$ 1 gasto em conteúdo de criadores em 2021 e 2022. E para as marcas não é diferente, muitas das páginas existentes são apenas replicadores de conteúdo de outras redes ou estão simplesmente abandonadas. Se está perdido (a) por onde começar no LinkedIn, eu, Clara Ramos, Pedro Pavanato, Maria Vitória, Helena Jajah e Nat Who estamos por lá falando sobre como se posicionar na rede. (Cada um com seu jeitinho, claro)
🎞 Filmes - O TikTok tem um problema de pirataria. E as marcas deveriam ouvi-lo.
Se você vive em um país onde o TikTok controla o próprio algoritmo, então provavelmente já viu um trecho de uma novela turca ou algum filme da moda. Por que isso?
Porque o TikTok tem um problema de pirataria. Os perfis criam contas anônimas, selecionam de dois a três minutos de um programa ou filme para postar e misturam com outros tipos de vídeos para não serem pegos. Eles sequer concluem os episódios, nem mencionam o nome do filme ou programa na descrição, mas acumulam muitos seguidores e engajamento. Os seguidores, que costumam ser bots na maioria, engajam nos vídeos o suficiente para levá-los a mais usuários. E a razão do sucesso, segundo os relatos, se deve às recomendações do algoritmo, juntamente com o aspecto social de discuti-los nos comentários.
Por que isso é quente?
A pirataria é uma grande pedra no sapato (para não dizer crime rs) para marcas e pessoas que desejam proteger seus projetos e ganhar dinheiro com eles. E acredito que a forma mais saudável de combatê-la seja ouvir o que ela tem a dizer sobre os usuários que a consomem. Se os usuários desejam consumir trechos de filmes ou programas para evitar a fadiga de encontrar algo para assistir e para o engajamento social, as próprias marcas não poderiam dar isso a eles? A NBC Universal está experimentando isso com os episódios de "Killing It". Também já contei em outra edição da newsletter como uma marca usou a pirataria a seu favor.
🎶 Música - Os videogames estão tornando a música clássica acessível
A música clássica é frequentemente considerada patrimônio cultural dos ricos. Mas será que essa é uma preferência deles ou o formato favorece o consumo e afasta os demais públicos?
Recentemente, os videogames estão provando que a plataforma de consumo pode mudar tudo. Aqui estão alguns recortes do que tá acontecendo:
Os maiores títulos do mercado, como Starfield e Assassin 's Creed, têm a música clássica como um elemento básico em seus jogos.
Antes do lançamento do Starfield, os ingressos para a apresentação da Orquestra Sinfônica de Londres, chamada "Starfield Suite", esgotaram.
A Royal Philharmonic Orchestra incluiu séries sinfônicas de verão inspiradas em videogames em seu repertório.
O Grammy adicionou a categoria de Melhor Trilha Sonora de Videogame este ano em sua premiação, com Assassin 's Creed Valhalla: Dawn Of Ragnarök como vencedor.
Segundo uma pesquisa da Royal Philharmonic, os jovens estão mais expostos à música clássica por meio dos videogames do que por meio de apresentações ao vivo.
Por que isso é quente?
Essa notícia denuncia um erro clássico dos profissionais de marketing: fazer afirmações sem embasamento, como "agora é tudo IA", "ninguém mais consome material físico" e assim por diante. O problema não é dizer isso, mas sim acreditar que é uma verdade universal. Cada público vai consumir uma marca da forma que lhe é mais conveniente. Para se aproximar mais deles, é importante entender melhor suas preferências. No marketing, ter mais dúvidas do que certezas pode ser algo muito saudável. Então, faça experimentos com a sua audiência. (eles estão esperando por isso, eu tenho certeza)
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Alexa: a assistente virtual da Amazon vai ficar mais espertinha. O chefão de hardwares mostrou como a próxima geração da Alexa vai funcionar com IA generativa. Prevista para ser lançada em 2024, ela irá funcionar inclusive em dispositivos de uma década atrás.
ChatGPT: vai integrar com o DALL·E 3 para permitir gerar imagens por meio de prompts escritos.
LinkedIn: está seguindo as outras redes e permitindo pesquisar parcerias de conteúdo de marca de seus concorrentes. (eu adoro essas coisas)
Instagram: a rede adicionou um novo feed "Seguindo" na guia Momentos, que permite que você veja apenas os vídeos das contas que você segue no aplicativo.
Google: está conectando o Bard, seu chatbot de IA, aos seus aplicativos (Gmail, Drive e Youtube).
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