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O Google pretende transformar a pesquisa em um feed de mídia social?
Na edição 54o da Gossip Marketing - Amazon e Meta unidas nas compras sociais, Google mudando o jogo do SEO, Gestão de marca em crise e muito mais...
Oi, humano! Parece coisa de doido, mas achei uma música tão boa que sinto ela me refrescar nesse calor. Você também sente isso? Bora para mais uma edição?
Resumo para preguiçosos:
Parceria entre Amazon e Meta nas compras
Google quer ser rede social?
Gestão de marca em eventos imprevisíveis

Recurso “Seguir”, Feed “Para você” e recurso de “Notas”
⚙ SEO - O Google quer transformar a pesquisa em um feed de rede social?
O Google esperou as pessoas se cansarem de rolar o feed para fazer exatamente a mesma coisa com o seu mecanismo de busca. Que treta é essa?
A empresa está lançando uma série de atualizações em sua experiência de pesquisa para torná-la mais personalizada. Se liga no que tá rolando:
O lançamento de um botão "Seguir" que permite acompanhar atualizações de tópicos. Depois de seguir, os novos conteúdos sobre os tópicos aparecerão na página inicial, quando revisitar a pesquisa, notificação pelo Google App e até uma seção exclusiva chamada "Notícias para você". (isso te lembra algo?)
O lançamento de um novo recurso de classificação que analisa os sites que você mais visita para mostrar em futuros resultados de busca em ordem pelos sites mais visitados.
O recurso de perspectivas está sendo atualizado para mostrar conteúdo de plataformas de mídia social, fóruns de discussão, postagens de blogs e outras comunidades. Os criadores de conteúdo serão destacados nos resultados de pesquisa, mostrando sua conta, seguidores e muito mais.
Está em teste um recurso de notas que será adicionado junto aos artigos nas pesquisas. As notas serão feitas por usuários e poderão dizer se o artigo foi útil ou não na resolução do problema.
Personalização ou câmera de eco?
Por que isso é quente?
Profissionais de SEO, apertem os cintos que as próximas mudanças vão ser radicais. Vamos por parte. O botão seguir pode favorecer sites nichados e ajudar na descoberta de novos sites que escrevem sobre os tópicos seguidos. Já o recurso de classificação pode alterar a dinâmica tradicional de classificação, favorecendo sites populares em detrimento de outros, mesmo que ofereçam conteúdo de alta qualidade. O recurso de perspectivas pode ajudar as marcas que produzem conteúdo multicanal. Enquanto o notas pode impactar diretamente a avaliação e a classificação do conteúdo pelos algoritmos de busca. Esse parece ser o fim para os textos mixurucas de blog.
🛍 Social Shopping - A Amazon deu as mãos à Meta para aprimorar a experiência de compra no Instagram e Facebook
A Amazon acaba de confirmar a veracidade do ditado "o inimigo do meu inimigo é meu amigo". A empresa fechou um acordo com a Meta para facilitar a compra em anúncios no feed do Facebook e do Instagram.
Iniciando testes nos EUA, os usuários poderão vincular suas contas do Facebook e do Instagram à Amazon para comprar produtos sem sair das plataformas. Ao clicar em anúncios de produtos da Amazon, os usuários terão uma experiência semelhante à de uma loja, para uma finalização de compra fácil e rápida. Para os anunciantes, a integração permitirá uma melhor segmentação, maiores taxas de conversão e checkouts mais rápidos.
Por que isso é quente?
Para quem acompanhou toda a treta do TikTok com a Amazon pelas compras sociais, vai concordar comigo que o placar agora está 2x1 para a Amazon. A sagacidade da Amazon em se juntar a uma rede pronta para comprar é mais viável do que tentar transformar a Amazon em uma rede social. Tornar a compra mais fácil vai de encontro à tendência mundial em que as pessoas estão buscando por comodidade e menos atrito na hora de comprar. A Amazon está tão acostumada a ter todas as soluções dentro do próprio ecossistema que é até uma surpresa vê-la optar por uma integração com parceiros que eram concorrentes. Além da Meta, ela também firmou parceria para fazer o mesmo com o Snap. Jogada inteligente.
🛡 Branding - Como as marcas podem controlar eventos inesperados?
Insight por Gabriel Pereira e colaboração com Itamar Teles e Marcelo Medeiros
O que a T4F e a Stanley têm em comum? Ambas as marcas descobriram como é ter a narrativa contada pelo acaso.
O que rolou?
A T4F ganhou o reconhecimento de marca em massa no Brasil depois de proibir a entrada com água no show da Taylor Swift. Essa decisão, somada à sensação térmica de 60º, resultou na morte da jovem Ana Clara Benevides e de mais 1000 pessoas desmaiadas. A empresa alegou estar apenas seguindo exigências dos órgãos públicos e da administração do estádio. Quanto à demanda por Taylor Swift, não considerar a Ticketmaster como exemplo para prever o que poderia acontecer nos piores cenários é, no mínimo, irresponsável.
Já a Stanley se deu bem com um TikTok postado pelo perfil @danimarielettering (com mais de 28 milhões de visualizações). No vídeo, ela resgata sua garrafa da marca ainda com gelo após seu carro (KIA) ser destruído por chamas. O presidente da Stanley se manifestou sobre o caso, oferecendo novos copos e a substituição de um carro novo.
Por que isso é quente?
É impossível para uma marca prever todos os cenários que podem atingi-la, seja positiva ou negativamente. Por isso, uma gestão de marca é necessária. O posicionamento de marca bem construído e executado na prática protege o antes, o durante e o depois, tudo com base no que a marca fala e faz. É assim que a carreira de Endrik, prodígio e grande promessa da Seleção Brasileira, está sendo construída. Discreto, com looks mais clássicos, sem tatuagens ou brincos, namoro sigiloso, Endrick foge do estereótipo do jogador de futebol e tem sido associado à lembrança de grandes nomes como Pelé, Maradona e até Michael Jordan. Ele recusou propostas da Nike, Puma e Adidas para ter menos dinheiro em um contrato de exclusividade com a New Balance. Ele tem apenas 17 anos, e tudo pode mudar, mas, por enquanto, o "fale bem ou fale mal" está totalmente sob o controle da sua bem executada gestão de marca.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Instagram: está lançando um "close friends" que, além dos stories e notas, inclui postagens e momentos. Também está testando arquivar stories enquanto eles ainda estão ativos.
YouTube: está lançando tags de conteúdo gerado por IA para sinalizar conteúdo sintético que serão de uso obrigatório, sob risco de os criadores que não as utilizarem enfrentarem remoção de conteúdo ou suspensão do Programa de Parcerias.
TikTok: está permitindo a criação de filtros personalizados dentro do aplicativo.
Collab: entre TikTok e Spotify, Apple Music e Amazon Music que permite os usuários salvarem suas músicas diretamente do aplicativo.
Microsoft: lançou o Azure AI Speech, um criador de deepfake completo. (Pra quê?)
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