Olá, humano! Mil perdões por não honrar nosso compromisso das 7h. Esta autora que vos escreve teve imprevistos de forças maiores. Ainda assim, aqui estamos. A música desta edição combina com o clima carnavalesco. Bora lá para mais uma news?

Resumo para preguiçosos:

• Polêmica com Brahma Phone

• DoorDash rouba atenção no Super Bowl

• Marcas adotando o Vision Pro

📱 Marketing - Brahma Phone: Como a Brahma construiu o próprio enredo no Carnaval?

A Brahma se comprometeu a não deixar o samba morrer por conta dos assaltos de celulares que acontecem no Carnaval. Só em São Paulo, em 2023, foram registrados 3.486 roubos e furtos de celulares durante a festa. O que a marca fez?

• A Brahma distribuiu 800 celulares gratuitamente para o Carnaval nas cidades do Rio de Janeiro e Salvador.

• Fabricados pela Positivo, o Brahma Phone tem apenas o necessário: apps de transporte, Zé Delivery, câmera de 8MP, ligação e SMS.

• Apesar de servir como uma moeda de troca em casos de furto, a Brahma enfatizou que o aparelho não é descartável e pode ser usado fora da festa de Carnaval.

• No regulamento, a marca registrou um custo total de R$ 400 mil com os aparelhos.(mais barato que uma cota no BBB rs)

• A busca por "Brahma Phone" no Google Notícias retorna 6.200 resultados, desde grandes canais jornalísticos até publicações nas redes sociais.

• O tema repercutiu nas redes, afirmando que a Brahma normalizou o assalto e criou uma imagem negativa do país.

Por que isso é quente?

A mesma distribuidora dos Brahma Phones, no caso a Ambev, é a mesma marca que se comprometeu a distribuir álcool em gel na pandemia da Covid-19.

O que quero dizer é que a proposta da marca é solucionar o problema do consumidor e não do poder público. A cobrança em cima de normalizar o assalto é injusta, uma vez que o problema raiz, a segurança, é responsabilidade do Estado.

Isso não quer dizer que uma marca não possa ter um propósito em que ela seja um agente de mudança. No caso da Ambev, o compromisso é com o consumo responsável e a preservação de recursos naturais.

Na minha opinião, se o requisito da campanha é enfrentar uma fila e ela consegue atingir a métrica, já foi muito mais do que bem-sucedida. O burburinho das redes é apenas o bônus.

📺 Marcas - Como a DoorDash conseguiu capturar toda a atenção do Super Bowl

O Super Bowl é simplesmente o evento de TV mais assistido de todos os tempos, com cerca de 115,1 milhões de espectadores. Isso também o torna o maior evento publicitário para as marcas, razão pela qual elas pagam US$ 7 milhões por um comercial de 30 segundos. Esse valor não garante sucesso, mas marcas como a DoorDash conseguem se destacar na multidão:

• A DoorDash anunciou que compraria todos os produtos (nem todos, porque ela excluiu os anúncios imobiliários rs) anunciados durante o Super Bowl e entregaria a um ganhador.

• Os prêmios variam desde sabonetes, TVs até carros. Os requisitos para ganhar incluem ficar atento aos intervalos e anotar uma palavra secreta para adicionar em uma landing page criada para a campanha.

• Considerando os prêmios, a estimativa do custo é de US$ 480.000. Ainda é mais barato que um comercial, porém a DoorDash pagou os dois e ainda garantiu toda a atenção dos horários comerciais.

Dúvida: você acha que é mais difícil ser o marketeiro sem investimento para anunciar ou o marketeiro com dinheiro demais a ponto de ser responsável pelo sucesso de uma campanha do Super Bowl?

Por que isso é quente?

A vida não está fácil para os anunciantes. Como falamos na news anterior, o nível de pirotecnia só aumenta na tentativa de conseguir atenção. Ainda mais quando se tem muito dinheiro investido.

O que a DoorDash fez foi inteligente. Ela tirou o espectador do lugar passivo para torná-lo um jogador de quebra-cabeças que precisa juntar pedaços de palavras no intervalo para completar um desafio. É instigante, quem não quer ganhar de outros milhões de competidores?

E o mesmo pode ser feito, desde marcas pequenas até grandes marcas. No Brasil, o evento com maior audiência é o BBB. Escolha um anunciante concorrente e, sempre que ele aparecer, proponha um jogo com premiação nas redes sociais.

Para os pequenos, é possível criar uma sequência de posts no feed ou stories em que cada publicação seja uma dica para completar uma URL e receber um prêmio.

🕶 Tecnologia - Como as marcas estão adotando o Apple Vision Pro em suas estratégias

O que vai definir se o Vision Pro será uma moda ou o "iPhone" dos próximos anos é justamente a adesão das marcas e principalmente dos consumidores. Lançado há uma semana nos EUA, algumas marcas já saíram na frente para tornar a tecnologia comum à nossa realidade:

• Ao longo dos anos, as marcas de luxo aderiram ao movimento da Apple, criando alternativas sofisticadas para pulseiras de relógio ou maletas de transporte. Agora, a marca alemã BandWerk pretende lançar uma linha de tiaras para o Vision Pro feita de couro italiano.

• A plataforma Mytheresa criou uma loja VisionOS que transporta os clientes para Paris e Capri. Já o aplicativo Remix disponibilizou para os designers enviarem aos clientes uma representação 360º de itens para venda.

• A Disney também afirmou estar se preparando há alguns anos para incluir sua programação nos óculos. A marca projetou um menu dedicado para 40 filmes serem assistidos em 3D. Além disso, quando qualquer filme é reproduzido, as luzes laterais diminuem para dar a sensação de cinema.

• A marca também criou 4 ambientes imersivos em 3D, sendo o Scare Floor da Monsters, Inc. e a sede de Manhattan dos Vingadores.

Por que isso é quente?

Depois da IA, os cargos e os universos do Metaverso desapareceram. Com o lançamento do Vision Pro, pode ser a estrutura que muitas marcas precisavam para reavivar produtos encaixotados.

O preço ainda é o principal calcanhar de Aquiles, mas se um concorrente decidir aparecer e popularizar o uso dos óculos, podemos nos acostumar com provadores de roupas virtuais, lojas virtuais, novos computadores de uso doméstico e tantos outros usos.

Fato é que o Vision Pro pode ser apenas mais um novo acessório ou talvez nosso óculos de uso diário. Ele pode ser apenas mais uma tela ou uma nova forma de contar histórias.

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Bard: agora é Gemini. O Gemini Pro foi lançado em 40 idiomas e 230 países com novos recursos de geração de imagens, verificação de respostas e upload de arquivos na versão paga. As novas habilidades foram aclamadas como um "salto impressionante".

Instagram: agora permite mover o reels para o rascunho em vez de excluí-lo.

Linktree: incluiu novos recursos como agendamento e arquivamento de links.

X: se tornou oficialmente um concorrente do Linkedin. Agora, os assinantes premium podem listar vagas abertas no perfil.

Youtube: libera o feed do shorts para os criadores transmitirem ao vivo. Dentre os requisitos, é preciso ter no mínimo 50 inscritos e realizar uma verificação.

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