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O anúncio do iPad Pro foi um tiro no pé?
Na edição 78o da Gossip Marketing: O comercial do iPad Pro, Experiências artísticas virando férias, Novos formatos de anúncios no Prime e muito mais...
Olá, humano! Depois do FitDance, tem dois tipos de música pra mim: as normais, e as do FitDance. O problema? Não consigo parar de ouvir isso. Bora pra mais uma news?
Resumo para preguiçosos:
O comercial do iPad Pro
Experiências artísticas virando férias
Novos formatos de anúncios no Prime
📱 Publicidade — O anúncio do iPad Pro foi um tiro no pé?
O novo anúncio da Apple é esmagadoramente brutal. Tipo, literalmente esmagador. E as reações a ele levantaram questionamentos sobre o posicionamento da marca em relação à comunidade criativa. O que rolou?
A Apple lançou um comercial para anunciar seu novo iPad Pro. O vídeo de 1 minuto, intitulado "Crush!", foi publicado no canal oficial da Apple no YouTube e no X do Tim Cook (CEO).
A propaganda mostra uma prensa hidráulica destruindo todo tipo de instrumento musical, estátua, lata de tinta, TV, câmera, pintura, tabuleiro de xadrez e termina com a prensa levantando e revelando o novo iPad ao som da narração "O iPad mais poderoso de todos os tempos é também o mais fino".
As reações foram igualmente esmagadoras: "A destruição da experiência humana.", "Para mim, é uma declaração horrível de como a Apple pensa sobre a comunidade criativa.", "Toda a criação humana sacrificada por um dispositivo sem vida."
Depois da reação majoritariamente negativa, a Apple emitiu um comunicado pedindo desculpas e dizendo ter "errado o alvo".
A empresa chegou a cancelar a veiculação do anúncio para a TV, porém ainda o manteve publicado em seu canal do YouTube, onde já acumula 2,4 milhões de visualizações.
Será que "pensar diferente" ganhou um novo significado?
Por que isso é quente?
Algumas reações podem ser vistas como "exageradas" à primeira vista. Mas o contexto atual ajuda a entender a proporção do ranço que a comunidade criativa tomou da campanha.
Primeiro, temos 50% das profissões em risco de extinção por conta da IA, sendo boa parte do conteúdo de IA treinado com base no trabalho original de criadores.
Segundo, os artistas têm uma identificação automática por elementos que lembram sua arte. O trompetista vai se apegar ao trompete, o pintor à pintura, o escritor à máquina de escrever e assim por diante. Ver esses elementos destruídos por uma prensa é como uma agressão pessoal para eles.
Alguns críticos compararam o anúncio com a versão brilhante do anúncio do Macintosh em 1984. O contraste mostra que em 1984 era a humanidade destruindo um símbolo de dominação tecnológica, enquanto em 2024 é o contrário.
Além de tudo isso, a propaganda ainda quebra a maior idealização com relação à Apple: a originalidade. Um comercial semelhante foi publicado 15 anos atrás pela LG no anúncio do seu celular KC910. (Algo que passou batido pelos críticos)
Várias críticas ruins não definem a qualidade de uma propaganda, porém, enviar uma mensagem errada insultando uma grande parcela do seu público-alvo é uma estratégia ruim. O Bradesco está aí para não deixar esquecer com a propaganda do consumo de carne.
Se a Apple manteve o vídeo em seu canal no YouTube, pode ser que ela realmente esteja pensando diferente.
🌏 Tendência - Por que as pessoas estão viajando para ver seus artistas preferidos?
Os norte-americanos descobriram com uma simples conta de padeiro que compensa mais viajar para um destino incluindo hotel, passagem e ingresso do show do que pagar apenas o ingresso para algum show no próprio país. Como assim?
Um novo fenômeno está surgindo: turnê turística. Esse é o ato de se planejar para ver um artista em outro estado ou país e aproveitar para tirar umas férias.
Em alguns casos, costuma ser mais barato ver o artista viajando para a Europa do que assistindo na própria cidade natal, como é o caso dos EUA.
20% dos 4 shows esgotados da Era Tour da Taylor Swift em Paris correspondem à compra por norte-americanos.
As cidades europeias que receberam a turnê esperam 120 mil visitantes de 130 países, sendo 10 mil dos EUA.
O Airbnb nas cidades onde Swift tocará no Reino Unido teve um aumento de 337% nas pesquisas de aluguel.
A Swiftonomia ataca novamente.
Por que isso é quente?
Não vai demorar para que empresas de turismo comecem a montar pacotes de viagem baseados em experiências artísticas. Ou que empresas comuns criem eventos de experiências para fomentar o consumo em seus setores, como fez o Itaú com a Madonna.
Criadores e marcas podem aproveitar um evento já existente para cooptá-los para si, caso não queiram criar do zero. Alguns exemplos que vi acontecer com amigos e de experiências que estou pensando em participar, emendando com as férias.
Buscar corridas de rua em outras cidades e aproveitar a cidade antes da corrida, ir a um casamento de amigo na praia, realizar concursos, participar de uma mentoria de negócios, entre outros.
Com base nesses exemplos, é possível montar grupos de networking, roteiros próximos das áreas que costumam ter casamentos com frequência e grupos de estudo.
O ponto é que, quando você tem um evento estabelecido, está unindo pessoas com interesses compartilhados. Agora é só pensar em como tornar essa diversão uma mini férias.
📺 Publicidade - A Amazon está criando novos formatos de compras em anúncios no Prime
A Amazon está perto de tornar sua assinatura de varejo e streaming o mais lucrativa possível. A plataforma está adicionando novos formatos de anúncios no Prime que, integrados ao carrinho de compras, prometem aumentar o consumo massivamente. Como vai funcionar?
É unânime, todos os serviços de streaming estão investindo em anúncios. A diferença e vantagem do Prime é que ele pode acelerar o processo de decisão do consumidor com a integração em seu marketplace. Três tipos de anúncios estão sendo adicionados: Anúncio carrossel, pausa interativa e curiosidades sobre marcas.
Anúncio carrossel: uma linha deslizante de produtos de uma marca durante um comercial. Os usuários poderão adicionar quantos itens desejarem ao carrinho da Amazon.
Pausa interativa: quando um filme ou programa for pausado, um anúncio começará a rodar, incluindo banners com produtos.
Curiosidades sobre marcas: o público poderá navegar nos anúncios para aprender mais sobre a marca (imagino que funcionará de forma semelhante ao que acontece hoje com a ficha técnica dos atores na barra superior). Essa é uma promessa para os eventos esportivos ao vivo.
Por que isso é quente?
A Amazon alega atingir 200 milhões de clientes com anúncios em sua plataforma e agora vai tornar o Prime suportado por anúncios. A estratégia da empresa de diversificar os formatos pode criar um ambiente hospitaleiro para os anúncios, onde eles não criam uma interrupção desnecessária e ainda apresentam uma nova forma de comprar.
Os relatórios de comportamento e consumo já alertaram sobre a necessidade do consumidor em comprar sem atrito e com o máximo de facilidades.
Essa é uma forma lucrativa da Amazon atender ao chamado.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Instagram: adicionou quatro novos adesivos para incentivar o engajamento (Adicione sua música, moldura de Polaroid, Story que só fica visível quando o visualizador manda uma DM ao criador e o recorte que possibilita remover o fundo de imagens e fazer figurinha).
Youtube: quer te ajudar a criar conteúdo. A rede está testando um recurso de IA que gera ideias para novos vídeos (um GPT integrado. Ok! Isto é útil).
OpenAI: quer dar controle aos criadores. A plataforma está construindo uma ferramenta que vai possibilitar aos criadores controlarem como seu conteúdo pode ser usado no treinamento de IA.
Google: está permitindo adicionar usuários qualificados ao seu público sem que eles precisem visitar seu site.
TikTok: está processando os EUA com o argumento de que a proibição viola a constituição do país e que não foram oferecidas evidências suficientes de irregularidades. Ainda alegou que vender exigiria uma movimentação absurda de código de software.
Caso você seja novo (a):
Minha missão é reduzir o barulho gerado pelo excesso de informação, engajando na criação de um ambiente mais criativo por meio da curadoria e criação de conteúdo de valor.
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