Olá, humano! Essa semana eu tive pouco tempo e insumo para a edição. Por isso ela veio em uma versão reduzida. Ainda assim, todo o meu carinho pela curadoria está presente aqui. Coloque essa música para tocar e vamos para mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

• Riachuelo apresenta uniformes das Olimpíadas

• Amex e a inteligência de dados e tendência de consumo

👕 Evento - Riachuelo apresenta uniformes das Olimpíadas: foi um bom negócio para a marca?

A pressão arterial do X (Twitter) foi ao chão depois que a Riachuelo apresentou os uniformes dos atletas brasileiros para a abertura dos jogos Olímpicos. Vamos entender esse fuá:

• Todo o traje desenvolvido para a cerimônia é composto de marcas patrocinadoras. Sim, a Riachuelo, Puma e Havaianas pagaram milhões para estarem nos corpos dos atletas diante do mundo.

• A Riachuelo é uma das patrocinadoras do Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde as Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Antes dela, já tivemos também sua rival, a C&A.

• O uniforme apresentado tem uma versão com saia e calça branca, composta por uma camisa amarela listrada para as mulheres e uma camisa verde listrada para os homens, junto com uma jaqueta jeans bordada à mão pelas bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, região semiárida do Rio Grande do Norte. O objetivo das peças foi explorar a fauna e a flora do país com as cores do Brasil, além de oferecer trajes descontraídos, segundo a diretora de marketing e comunicação da Riachuelo, Cathyelle Schroeder.

• De acordo com Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB, esse foi o desafio dado à Riachuelo: “sintetizar no uniforme de desfile do Time Brasil nossa ambição como marca, um novo posicionamento mais moderno e inovador, a influência do local e a vontade de nesse momento icônico, inesquecível e extremamente especial para os atletas, conseguir expressar o que há de melhor no Brasil.”

• Internautas compararam a escolha da Riachuelo com as outras grifes escolhidas por outros países, como Ralph Lauren (EUA), Lululemon (Canadá) e Berluti (França).

Por que isso é quente?

Não há conceito bom que salve uma estética ruim. Acredito que a Riachuelo, enquanto marca brasileira, com o desafio que tinha em mãos, foi muito assertiva em atender tendências mundiais de valorização do nacionalismo e de abraçar o trabalho artesanal. Vários relatórios validam que isso é o mais puro suco da moda.

Além de tudo, a marca ainda buscou uma produção sustentável, tudo o que a cartilha de boa menina pede. No entanto, ficou distante da proposta moderna e inovadora, uma vez que os uniformes lembram uma estética mais retrô.

Internautas no X sugeriram a Farm como uma marca que poderia atender a demanda de forma eficiente, visto que possui um posicionament

💳 Marcas - Como a Amex atendeu assertivamente seus consumidores com base em dados?

A American Express, principal marca de cartão de crédito dos EUA, acabou de adquirir uma plataforma focada em reservas de restaurantes. Mas por que esse movimento?

• A demanda pós-pandêmica por restaurantes nos EUA é tão grande que conseguir uma reserva se tornou um grande desafio. Tanto que cambistas oportunistas começaram a usar isso para inflar reservas e ganhar dinheiro, semelhante ao que fazem com ingressos de shows atualmente. 

• Pensando que conseguir uma reserva em um restaurante bacana pode ser uma vantagem moderna para os jovens, a Amex comprou a Tock por US$ 400 milhões da Squarespace.

• A Tock é responsável pelo agendamento de reservas, organização de mesas e emissão de bilhetes para eventos, atendendo 7.000 restaurantes e locais de entretenimento, com um foco especial em estabelecimentos de luxo. 

• Howard Grosfield, presidente de serviços ao consumidor da Amex nos EUA, afirmou que as despesas em restaurantes somaram US$ 100 bilhões em transações no ano passado. 

• Agora que a Geração Z e os millennials consideram os cartões Amex um símbolo de status, os restaurantes podem começar a notar um aumento nas reservas de clientes mais jovens.

Por que isso é quente?

A Amex é como uma marca de luxo no segmento de cartões de crédito. Durante muito tempo, seu público-alvo era composto majoritariamente por pessoas mais velhas. E por “mais velhas”, quero dizer endinheiradas.

Diante desse cenário, a marca foi modificando seu mix de produtos, ampliando sua aceitação nacional e começou a atrair os mais jovens como um objeto de desejo. Hoje, a Geração Z e os consumidores millennials representam 33% do seu negócio.

Tudo que a Amex precisou fazer foi olhar para os dados dos próprios consumidores e para as tendências das gerações. A geração Y e Z são ávidas por experiências em vez de posses.

Pois foi exatamente isso que a marca fez: possibilitou acesso especial ou espaço reservado para vários eventos que só eram possíveis para clientes Amex, como o Coachella, por exemplo. Esse tem sido o caminho que a maioria das marcas de cartão de crédito tem seguido, e foi o que a XP fez aqui no Brasil. Pegou esportes em ascensão, como basquete e futebol americano, e fechou parceria com a NFL e NBA para patrocínio exclusivo.

No segmento em que sua marca atua, como ela pode atender outros setores oferecendo exclusividade?

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Apple: comeu pelas beiradas e agora é líder em serviços financeiros, graças ao Apple Pay, que se tornou a carteira mais popular do mundo.

TikTok: quer ser o próximo playground para os Swifties. A plataforma vai ser usada como uma caça ao tesouro Eras Tour de 11 semanas, que permite aos fãs desbloquearem conteúdo exclusivo. (Isso te lembra alguma news?)

Meta: está tornando tão difícil recuperar contas hackeadas por meio do seu suporte que os usuários estão recorrendo ao tribunal de pequenas causas.

Pinterest: está permitindo que os usuários transformem seus painéis em vídeos que podem ser compartilhados no TikTok e Instagram.

Google:está criando chatbots de inteligência artificial personalizados, que podem ser modelados a partir de influenciadores do YouTube.

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