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Marketing de contexto: Como viralizar com intencionalidade?

Na edição 86o da Gossip Marketing: Marketing de contexto, Tendência do blockout, Boutiques vs e-commerce e muito mais...

Olá, humano! Pensei seriamente sobre algo essa semana e gostaria da sua opinião aqui no e-mail ou nos comentários: o mundo está pensando coletivamente ou só estamos tendo um grande plágio de tradução de conteúdo? Vamos pra mais uma edição com essa música.

Resumo para preguiçosos:

  • Marketing de contexto: o que isso significa?

  • Influenciadores e a tendência do blockout

  • Boutiques vs e-commerce

📲 Estratégia - Marketing de contexto: Como viralizar com intencionalidade?

Imagine que você acaba de chegar em uma conversa entre duas pessoas e imediatamente começa a falar sobre você. NINGUÉM AGUENTA. Quando a conversa já está em andamento, o ideal é iniciar falando sobre as duas pessoas que estão conversando. É assim que as marcas que buscam viralizar com intencionalidade agem, se liga👇🏼

  • O Jack Appleby escreve uma newsletter sobre redes sociais e apelidou esse momento de "Marketing de Influência em tempo real". (Preferi adaptar para "marketing de contexto", os dois funcionam). 

  • Isso nada mais é do que interagir com criadores/influenciadores em momentos culturais significativos ou quando ocorre uma viralidade notável.

  • O Tyler Bergantino é um tiktoker que fala sobre a realidade de ser uma pessoa alta. Em um de seus vídeos, ele encontrou e entrevistou Gabby Gonzales, uma tiktoker que também aborda o mesmo tema. 

  • O vídeo ficou tão autêntico que viralizou e as pessoas começaram a implorar por um encontro nos comentários. E simplesmente aconteceu. Eles começaram a namorar.

  • Acontece que ela mora em Miami e ele na Carolina do Sul. Foi nesse momento que a UPS, uma empresa de transporte, fez uma parceria com o casal. 

  • Eles pediram que Tyler gravasse um vídeo enviando presentes sem revelar o que era para a Gabby, e ela gravou a parte 2 fazendo o unboxing do presente.

  • Resultado? Quase 8 milhões de visualizações somadas nos dois vídeos.

Por que isso é quente?

Entrar em uma conversa viral com contexto traz muitos benefícios para as marcas. Elas aproveitam um hype que pode durar até uma semana, com custo de alcance baixo e ainda recebem a dobradinha do carinho que os fãs nutrem por seus influenciadores.

Quando saber que é o momento de usar o marketing de contexto? Jack Appleby responde: "Quando fizer tanto sentido para sua marca que deixar passar parece um erro enorme."

E por falar nisso, na última semana aqui no Brasil, a Tigre viralizou no Instagram depois de postar um reels em formato de comunicado, anunciando que estava substituindo o nome da marca por uma sonoridade de tigre, visto que estava ocorrendo um bloqueio em massa de palavras relacionadas a aplicativos de cassino.

Pense nisso quando estiver planejando seu conteúdo de topo de funil.

🚫 Tendência - Blockout: Um movimento para bloquear celebridades e influenciadores

Tenho usado o Threads há duas semanas para observar como a plataforma está sendo utilizada aqui no Brasil. E, definitivamente, confirma-se que as pessoas estão cansadas das redes sociais. Mais especificamente, estão cansadas de celebridades, coaches e suas variações que vivem em um mundo cor-de-rosa. O que isso significa?

  • Blockout vem do termo "blackout", que, traduzido, significa apagão. Blockout seria como "apagar" a influência de pessoas que possuem grande audiência, mas que não se posicionam. 

  • O conflito entre Gaza e Israel levou ativistas pró-palestinos a pressionarem celebridades para mostrar apoio aos civis de Gaza. 

  • Na semana do Met Gala, em maio, houve um anúncio de Israel sobre uma ofensiva militar em Rafah. Esse contraste entre glamour e guerra foi o estopim para o início de uma "guilhotina digital".

  • Haylee Baylee, contratada para ser uma das apresentadoras do Met Gala, usou uma roupa inspirada em Maria Antonieta, rainha da França durante o período pré-revolucionário. Na mesma noite, ela publicou um vídeo no TikTok que inspirou o início do movimento. 

  • No vídeo, ela aparece com um áudio do filme "Maria Antonieta", de 2006, que diz "deixem-nos comer bolo", uma frase que faz alusão ao deboche da rainha sobre as péssimas condições em que o povo se encontrava. 

  • Em resposta, a criadora de conteúdo do TikTok, @ladyfromtheoutside, deu início ao movimento com um vídeo viral em que ela pede para bloquear todas as celebridades e socialites ricas que não estão usando seus recursos para ajudar aqueles em extrema necessidade.

  • Uma lista de celebridades foi criada para receber blocks, como Taylor Swift, Justin Bieber, Drake, Dwayne Johnson e outros. 

Por que isso é quente?

Apesar de o blockout ser um movimento norte-americano, a ideia de seguir apenas amigos e conteúdos que evitam a drenagem mental tem sido uma constante. As pessoas começaram a perceber que a escolha das pessoas que elas seguem está diretamente relacionada à saúde mental. 

Além disso, esses movimentos, que podem parecer modas passageiras, acabam por deixar influências permanentes no comportamento dos usuários, como vimos na edição da news sobre Ozempic.

É comum que a pessoa que aderir a um movimento como esse fique mais sensível a conteúdos fúteis de maneira geral e reduza o tempo de rolagem no feed. 

Nesse contexto, as marcas devem avaliar com muita clareza se vale ou não a pena trabalhar com determinados tipos de criadores e influenciadores. Porque, uma vez que elas fazem a proposta, estão dividindo a responsabilidade de imagem e posicionamento.

🛍 Marcas - As butiques estão abandonando a estratégia de e-commerce?

Quando o comércio eletrônico se popularizou, alguns especialistas previram o fim do comércio local. No entanto, uma nova tendência está revivendo os espaços físicos. O que aconteceu?

  • Após a pandemia, várias lojas de e-commerce de luxo enfrentaram quedas nas vendas, avaliações desfavoráveis e, em alguns casos, chegaram a fechar. 

  • Os clientes online têm à disposição inúmeras opções de roupas a preços baixos e esperam que os varejistas ofereçam tudo o que procuram, o que desfavorece novos designers e estilos de nicho.

  • Com isso, pequenas lojas ganharam destaque, como ESSX (NY), Just One Eye (LAX), Sportivo (Madri) e The Broken Arm (Paris). 

  • O segredo dessas butiques? Elas valorizam intensamente a experiência no mundo real, oferecendo uma curadoria cuidadosa que inclui novos designers, estilos locais e itens difíceis de encontrar online. Além disso, essas lojas promovem eventos, festas e ativações que criam uma comunidade entre os clientes.

Por que isso é quente?

A estratégia recentemente adotada por essas butiques já é uma prática comum em lojas de skate há bastante tempo. 

O esporte se popularizou graças a lojas onde os proprietários conheciam profundamente os produtos que vendiam, proporcionando conselhos e recomendações aos clientes. Esses espaços também funcionavam como pontos de encontro informais para skatistas, promoviam eventos, organizavam concursos, patrocinavam atletas e desenvolviam um forte senso de comunidade.

Essas experiências hiperlocais, que oferecem uma curadoria que promove intimidade e conexão, são o suprassumo do luxo. No Brasil, a marca Resid tem utilizado essa tendência como um modelo de negócio, promovendo experiências focadas em imersões culturais tanto no país quanto ao redor do mundo.

Será que o calor humano é a nova moeda em ascensão?

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Meta: agora permite que influenciadores criem versões de si mesmos tanto no Instagram quanto no WhatsApp.

Instagram: está focado totalmente nas mensagens diretas (DMs). A métrica mais importante para o conteúdo agora é o botão de enviar. Além disso, o Instagram atualizou seu rótulo "Feito com IA" para "Informações de IA".

Telegram: permite que criadores compartilhem conteúdo pago em canais e recebam pagamentos em uma moeda digital própria da plataforma, chamada Stars.

TikTok: agora permite o download de vídeos sem marca d'água.

YouTube: agora oferece a possibilidade de transmitir ao vivo tanto na orientação horizontal quanto na vertical.

👀 De olho na vaga internacional

Editor de vídeo: a Cam Newton Podcasts está procurando um editor de vídeo vertical com experiência em transformar conteúdo longo em formatos curtos e verticais para redes sociais.

Redator: a Electrify Video Partners está à procura de um redator de notícias experiente para integrar a equipe do canal Fireship, com habilidade em escrita de conteúdos rápidos e envolventes para vídeos, além de capacidade de transformar tendências em roteiros atraentes.

Designer: a Sequoyah Fund está buscando um Designer de Conteúdo criativo e talentoso, com experiência na criação de conteúdo digital e impresso, e conhecimento em plataformas de mídia social.

Diretor criativo: a Waffloos está em busca de alguém para criar esboços de vídeos, que tenha um PC capaz de rodar GTA 5, gerencie gravações e sugira ideias.

Designer:o The Clip Curator busca uma pessoa motivada, com olho para o design e pensamento criativo, e com experiência na criação de thumbnails para o YouTube.

Caso você seja novo (a): 

Minha missão é reduzir o barulho gerado pelo excesso de informação, engajando na criação de um ambiente mais criativo por meio da curadoria e criação de conteúdo de valor.

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