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Como as marcas capturaram a atenção do anúncio do relacionamento do Vini Jr. com a Virgínia
Na edição 143o Edição da Gossip Marketing: Vini Jr. + Virginia, Marcas e Halloween, marcas contra a IA e muito mais...
Olá, humano! Tenho duas boas notícias para compartilhar: o material para quem respondeu a pesquisa da Gossip ficou pronto, em breve vou enviar para os e-mails dos respondentes. A segunda é que registrei o domínio da news. Parece coisa pequena, mas é o movimento de priorizar o crescimento da news para 2026. Aguarde por um movimento mais barulhento no próximo ano. Isso me lembrou que estamos algumas edições sem música da semana. Então aqui está, dá o play e vem comigo em mais uma edição.
Resumo para preguiçosos:
Vini Jr. + Virginia= anuncie aqui
Marcas fazem ação para o Halloween
Marcas adotam posicionamento anti-IA
🩷 Marcas – Como as marcas capturaram a atenção do anúncio do relacionamento do Vini Jr. com a Virgínia
O Brasil parou de trabalhar essa semana para acompanhar o caso Vini Jr. e Virgínia. E as marcas aproveitaram essa onda de atenção para aparecer. O que rolou?
Depois de rumores de que Vini Jr. não assumia as mulheres com quem se relacionava, ele e a Virgínia publicaram um post compartilhado no Instagram assumindo publicamente o relacionamento.
Pasmem, essa publicação alcançou 8 milhões de curtidas em menos de 1 dia, além de 900 mil comentários, incluindo vários famosos, como Neymar e companhia.
Algumas marcas que aproveitaram o hype:
Vivo: tinha um comercial gravado com Vini Jr. e Ana Castela e aproveitou o momento para republicar. O comercial é intrigante porque aparece os dois nomes mais falados nos últimos meses e eles aparecem em sequência no comercial.
Bet Nacional: esse foi o mesmo caso da casa de apostas, que havia gravado um comercial 4 meses atrás com o jogador de futebol e republicou logo após o anúncio do namoro. No comercial, Vini Jr. faz trocadilhos em que parece falar de Virgínia, mas está listando características da casa de apostas. As reações deixaram o público da web intrigado.
Netflix: aproveitou a oportunidade para soltar um trecho do filme "Baila, Vini" que estreou em 15 de maio deste ano.
Além das marcas, influenciadores e perfis que educam sobre estratégias de redes sociais, aproveitaram o hype para autopromoção. Alguns testando a atenção por atenção, outros utilizando o timing com contexto.
Com o poder comercial que Vini Jr. acumula, marcas como Prada, Nike, Clear Men, entre outras da qual ele é embaixador, devem ter vibrado com a atenção recebida.
Por que isso é quente?
Fazia tempo que a internet não rendia tanto entretenimento coletivamente. E casos como esse, é sempre bom vir aqui para ser uma voz sensata.
Comunicação de meme/hype é sempre uma forma rápida e barata de engajar. Bem, até não ser processado hehe.
Por mais que a internet pareça uma terra sem lei, as imagens ainda são protegidas por direitos autorais. E aqui estão alguns casos que não me deixam mentir:
Raquel participou do “É de Casa” e tudo que era perguntado, ela falava 3 reais. Cerca de 100 empresas se apropiaram da sua imagem em propagandas e somadas as indenizações deu 8,9 milhões de reais.
O artista Chico Buarque processou o Teresina Shopping pelo uso da sua imagem em uma propaganda.
As marcas pagaram cerca de R$ 2,5 milhões em um comercial para surfar o hype da saída do Bonner na TV, então assim, a atenção tem um preço. E se você a está usando de graça, pode ser que uma hora chegue a conta.
Agora eu fico pensando, se esse casal movimentou dessa forma agora sem nenhum evento prévio, imagina o que não vai render na copa do mundo. Podemos dizer que encontramos a Taylor Swift do Brasil?

👻 Marcas – O Halloween no Brasil está perdendo a timidez e as marcas são culpadas
O Halloween está perdendo seus traços de tradição importada para se tornar uma data importante no calendário brasileiro, e claro, no plano orçamentário das marcas. O que elas aprontaram esse ano?
Não é surpresa as marcas adotarem o Halloween, uma vez que atinge muitos segmentos de negócios e apresentou um crescimento de 30% ao ano por parte do engajamento dos consumidores.
Aqui está o que algumas marcas aprontaram:
Swift: criou um filme publicitário "sem pesadelos no halloween", brincando com o medo da geladeira vazia.
Bauducco: juntamente com a Fini, lançaram a campanha "Assustador de bom", apresentando uma releitura de filmes de terror para cenas no TikTok.
Burger King: se uniu ao Serasa para acabar com o terror da vida adulta: os boletos. Na campanha do "boleto Thru", quem entregasse um boleto no dia 31 de outubro ganhava um cheddar duplo e se apresentasse o app do Serasa, uma batata média.
Avon: apresentou a campanha "Lindas de Morrer", criada pela VML Brasil, que trouxe filtros no TikTok capazes de transformar selfies em pôsteres de terror com maquiagens da marca.
Fanta: criou uma experiência imersiva na estação Sé, em São Paulo, na qual recria uma mão gigante do personagem Chucky tentando pegar uma grande lata de Fanta. A marca também criou stands em alguns shoppings do Brasil com a experiência da "Fábrica assombrada de Fanta."
Heinz: se uniu à hamburgueria Patties para transformar o espaço em uma "loja mal-assombrada". A casa recebeu no dia 31 de outubro, uma ambientação sombria e um cardápio especial com a Mayo Halloween Heinz, edição do molho com sabor de alho negro.
Por que isso é quente?
Se formos comparar esforços, o Halloween parece ter movimentado mais marcas do que o mês do orgulho. Mas, aparentemente, os esforços parecem ter sido sufocados por eventos de grande comoção nacional, alternando entre o namoro da Virgínia com o Vini Jr. e a tragédia do Rio.
Apesar disso, a tendência é que o Halloween se consolide ainda mais, passando nos próximos anos a ter cara e jeito de Brasil. Talvez em vez de zumbis, a cuca, de fantasmas, o boto e até o cachorro caramelo, sei lá, é Brasil, a gente consegue ser mais criativo que o mundo inteiro. (corre o risco da gente ter dois carnavais)
O ponto é, isso não é só opinião minha. O terror está se consolidando como algo universal.
Segundo um estudo científico, assistir, jogar ou estar em eventos interativos como casas assombradas pode ser ótimo para a saúde mental.
Isso acontece porque interagir com conteúdo de terror ativa e fortalece a área do cérebro que nos ajuda a lidar com incerteza e a ansiedade.
Já existem testes sendo realizados na Holanda como jogos de terror para lidar com ansiedade em crianças.
Então, eu não me surpreenderia se o Halloween se tornasse uma data de utilidade pública para sobreviver ao resto do ano.

🚫 Tendência – Marcas abraçam posicionamento anti-IA para conquistar público leal
As marcas acabam de construir o clube da luluzinha de "quem odeia IA". A tendência anti-IA é uma nova forma de mostrar lealdade aos consumidores. O que diabos está acontecendo?
As marcas estão aproveitando o cansaço dos consumidores com a tecnologia para criar um posicionamento anti-IA. Uma onda de anúncios em telas de TV, outdoors e redes sociais estão sendo publicados mundo afora.
Heineken: se juntou ao ódio dos nova-iorquinos pela empresa de IA, Friend, que fabrica dispositivos vestíveis em um anúncio que diz "a melhor maneira de fazer um amigo é tomando uma cerveja".
Aerie: lançou uma indireta para a loja de moda, H&M, que jamais usaria IA em suas campanhas de marketing.
Polaroid: a marca mais analógica que temos hoje em dia, colocou outdoors estrategicamente perto da Apple e do Google para dizer "ninguém em seu leito de morte jamais disse 'eu gostaria de ter passado mais tempo no meu celular'". (Ofensivo, mas pouco criativo)
Cadbury: lançou uma campanha que faz releitura do slogan americano "Torne a IA medíocre novamente", imaginando um mundo em que as pessoas inundam a internet com conteúdo de baixa qualidade de IA e assim libera mais tempo para comer um chocolate em paz.
Esses anúncios vêm em boa hora, uma vez que segundo o estudo do Pew Research Center, 50% dos americanos estão mais preocupados do que entusiasmados com o uso de IA. Utilizar o ódio por IA é uma nova forma de gerar conexão e se destacar em meio aos anúncios.
Por que isso é quente?
Se posicionar contra IA é tão consistentemente polêmico quanto se posicionar em política, visto que empresas que não adotarem IA correm risco de desvantagem em seus negócios.
Mas o risco pode valer a pena se o prêmio for a conquista de um público leal. Aqui estão os motivos pelos quais as marcas estão se apegando ao movimento anti-IA:
A Geração Z é bem resistente ao uso de IA por questões de danos ao meio ambiente e à saúde mental. (Vale lembrar como vimos em news anteriores, que eles estão falidos, então...)
Os anúncios de IA geram repulsa na maioria dos públicos, como aconteceu com casos como Coca-Cola e Toys "R" Us. Eles alegam que vão contra a autenticidade da cultura online.
Segundo um estudo da DAIVID, após analisar 21 anúncios criados por inteligência artificial, chegou à conclusão de que apesar de grande parte do público reagir, a reação foi majoritariamente negativa.
A marca Aerie há mais de 10 anos fez uma promessa de que não retocaria mais fotos de modelos, e agora estende sua promessa ao informar que vai usar "apenas pessoas reais" em seus anúncios.
Isso prova que se posicionar contra IA é mais do que ser resistente a novas tecnologias, é um manifesto de valores que são inegociáveis.
Resta saber se as marcas permanecerão inabaláveis ou se elas vão gravar um remake de Luma entregando a dignidade por R$ 6 milhões na conta.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Globo: colocou no bolso R$ 10 milhões com comerciais na despedida de William Bonner do Jornal Nacional. Marcas como Nubank, Amstel, McDonald's e Pilão pagaram cerca de R$ 2,5 milhões para aproveitar o hype. (Um "boa noite" nunca custou tão caro)
OpenAI: acabou de sinalizar para o mundo que o Brasil é um país importante para o consumo de IA. A marca criou uma conta no Instagram com o @chatgptbrasil para se aproximar do público brasileiro.
Mondelez: investiu mais de US$ 40 milhões em uma ferramenta de IA para que ela possa reduzir custos de produção com conteúdo de marketing. A estimativa é de economizar cerca de 30% a 50%.
Instagram: está lançando um recurso de histórico de visualização de reels, caso você queira relembrar o que assistiu nos últimos 30 dias. (o "vale a pena ver de novo" está diferente)
Nubank: fez parceria com a OpenAI para o lançamento do ChatGPT Go, uma versão de menor custo entre o gratuito e o plus. A parceria disponibiliza até 1 ano grátis de ChatGPT para os clientes Nubank e uma mensalidade de R$ 39,99 após o período de gratuidade.
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