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Humor absurdo: a salvação ou maldição das marcas?
Na edição 99o da Gossip Marketing: Marcas usando o humor absurdo, Novo luxo: compras no supermercado, Turismo espacial e muito mais...
Olá, humano! Estamos a uma edição de completar 100 edições. São quase 2 anos de Gossip Marketing. Meus mais sinceros agradecimentos por você estar aqui❤. Essa artista revelação com timbre semelhante ao da Cássia Eller é minha nova obsessão musical. Bora pra mais uma news?
Resumo para preguiçosos:
Marcas usando o humor absurdo
Novo luxo: compras no supermercado
Turismo espacial
😂 Marcas - Humor absurdo: a salvação ou maldição das marcas?
Algumas marcas estão virando suas estratégias de cabeça para baixo ao investir no humor absurdo. O que está acontecendo?
Após uma década de campanhas sérias, a criatividade está em crise. Elaborar campanhas que evoquem humor sem ofender os consumidores tem sido o maior desafio das marcas, principalmente pela interseção entre as gerações.
Para chamar atenção na internet e fora dela, aqui está o que algumas marcas têm feito:
Nutter Butter: com uma estratégia robusta, criaram um universo próprio, misturando referências como Annoying Orange da geração Y e Skibidi Toilet da geração Alpha, para criar vídeos interconectados no TikTok com personagens bizarros e piadas internas.
Duolingo: está usando e abusando do seu mascote coruja, com o personagem passivo-agressivo incentivando as pessoas a fazerem suas lições, comentarem memes, irem ao Caps, ou até aparecerem no show da Charli XCX. Além disso, criaram um anúncio no Superbowl com a coruja fazendo twerk.
Pop-Tarts: aproveitaram o último jogo de futebol universitário para lançar um mascote comestível, que foi devorado pelos jogadores vencedores. O sucesso foi tanto que o mascote agora virou uma fantasia de Halloween.
Liquid Death: a água gourmet nada convencional foi comercializada de forma hardcore, escolhendo celebridades como Ozzy Osbourne e Travis Barker como embaixadores.
O que essas marcas têm em comum? Resultado. A Nutter Butter conquistou milhões de visualizações. O Duolingo disparou com um crescimento de receita de 45% no início do ano. As vendas de Pop-Tarts subiram 3% após o jogo. E a Liquid Death está avaliada em US$ 4 bilhões.
Por que isso é quente?
Existe uma faca de dois gumes que separa as marcas que apostam no humor: aquelas que estão tentando viralizar a qualquer custo e aquelas que estão planejando criar uma comunidade.
A diferença entre elas é que uma busca qualquer tendência em alta para surfar a onda, enquanto a outra usa elementos da marca, piadas internas e ouve os próprios consumidores para testar ideias inusitadas.
Apesar da geração Z ser cronicamente online, esse humor bizarro não é exclusividade do nosso tempo. No início dos anos 2000, a publicidade já adotava o termo "oddvertising" para descrever anúncios bizarros que as marcas produziam para chamar a atenção em meio às distrações digitais.
O humor está a favor do consumo, já que um relatório da Oracle mostrou que 90% dos consumidores têm mais probabilidade de lembrar de anúncios engraçados. O Cannes também valoriza isso, tanto que introduziu uma nova categoria de prêmio para humor no ano passado.
"É importante saber o que você quer dizer primeiro, depois descobrir como dizer. A maioria das pessoas está apenas se concentrando na segunda parte." A Nutter Butter usa humor para que seus biscoitos sejam lembrados, o Duolingo quer que as pessoas lembrem de fazer suas lições, e a Pop-Tarts busca ir além do café da manhã.
No fundo, todas as marcas estão testando novas abordagens para garantir seu espaço. O medo de produzir algo irresponsável é o que está gerando essa crise de criatividade. No entanto, com estratégia e planejamento, o humor pode ser uma saída – talvez não para todos os tipos de marcas, mas certamente para algumas.
🛒 Comportamento - Geração Z transforma compras de supermercado em símbolo de status
O novo luxo da Geração Z é esbanjar em compras no supermercado. E claro, além da intenção de se presentear, viralizar online é a meta. Como assim?
Para quem acompanha a News regularmente, já está cansado de saber que a Geração Z não tem dinheiro para esbanjar, tampouco perspectiva de um futuro financeiro estável. Então, eles estão em busca de todo o prazer que se possa comprar no presente. Smoothies de celebridades, peixe enlatado e cereais matinais são os novos símbolos de status.
O Insider "anotou" em que a Geração Z está gastando: Segundo a McKinsey, as gerações Z e Y planejam gastar mais em compras de supermercado do que em refeições fora, viagens e exercícios.
O Bank of America descobriu em um estudo que a Geração Z gasta mais em supermercados premium, como Erewhon e Bristol Farms, do que qualquer outra geração.
Esses gastos são também uma tentativa de comer de forma mais saudável. De acordo com a YouGov, 70% da Geração Z está disposta a pagar mais por "alimentos de alta qualidade".
Por que isso é quente?
O TikTok transformou praticamente qualquer coisa em uma oportunidade de consumo. Desde passeios no supermercado até uma simples caminhada, tudo se tornou uma experiência de compras.
Os compradores exploram vídeos hipnóticos, comprando lanches específicos, garrafas de água, reabastecendo a despensa ou mostrando suas vaidades impecáveis de cuidados premium.
Se está viralizando para quem está comprando, é outra história. Mas, pelo menos para os supermercados, tem sido uma bênção. A Erewhon teve um lucro de US$ 171 milhões no ano passado e alegou ter feito quatro vezes mais receita por loja em comparação aos concorrentes.
Pensando nesse público, as marcas estão investindo em humor absurdo, as celebridades estão colaborando em smoothies e novas marcas estão surgindo.
Prepare-se para ver todos os mercados que podem ser consumidos no aqui e agora ficarem super aquecidos.

Reprodução Vast
🌙 Tendência - Fly Me to the Moon: Turismo espacial comercial está prestes a se tornar realidade
"Fly me to the moon" está prestes a deixar de ser apenas uma canção para se tornar realidade. Isso porque a startup espacial Vast revelou seu principal projeto: a primeira estação espacial comercial do mundo. O que está acontecendo?
A Vast planeja lançar a primeira estação comercial em órbita baixa da Terra em 2025. Lá, os hóspedes poderão viajar de balsa até a estação para uma estadia all inclusive de 10 a 30 dias.
A startup reuniu times de ex-colaboradores da SpaceX, Apple, e colaborou com astronautas para entender as dores e necessidades em estações espaciais.
Apesar do lançamento estar previsto para 2025, a Vast's Haven-1 só estará pronta para receber hóspedes em 2026. No entanto, os preparativos para conhecer o mundo da lua já são de dar inveja:
O design interior foi projetado para oferecer aconchego e conforto, focando no uso de madeira de bordo.
As salas possuem controles de luz e temperatura ajustáveis para não atrapalhar o ciclo circadiano.
Os edredons inflam, criando a pressão ideal para uma noite de sono galáctica.
Entre outras regalias, há espaço para treinos (espere ver o Paulo Muzi por lá), Wi-Fi gratuito e uma vista generosa para as estrelas.
A ambição do fundador, o milionário Jed McCaleb, vai além de um resort espacial. Ele enxerga a Vast como um laboratório de pesquisa, abrigando astronautas que possam viver e trabalhar, proporcionando o conforto necessário para longos experimentos.
Por que isso é quente?
O espaço não é mais ficção científica. Está prestes a se tornar uma experiência consumível – e marcas pioneiras já estão explorando a oportunidade de participar dessa narrativa. Produtos projetados para resistir às condições do espaço, como roupas, alimentos e gadgets, podem abrir uma nova onda de inovações no consumo.
Empresas de tecnologia, moda, entretenimento e até alimentos podem começar a ver o espaço como uma nova fronteira para construir suas histórias. Imagine as marcas não apenas "patrocinando" uma missão, mas criando experiências imersivas na órbita terrestre. O "primeiro hambúrguer espacial", o "primeiro desfile de moda lunar" ou a "primeira música tocada em Marte" não estão longe de acontecer.
À medida que empresas como SpaceX, Blue Origin e Virgin Galactic tornam as viagens espaciais mais acessíveis, não é exagero dizer que a órbita terrestre logo será um destino "quente" para turismo.
Qualquer um (com dinheiro o suficiente) poderá alcançar as estrelas.
🔥 O que andou aquecendo por aí:
Ivy League: agora está oferecendo cursos para influenciadores e criação de conteúdo.(o caminho para as universidades não fecharem é de fato mudar os cursos)
TikTok: vazaram informações que mostram que a plataforma pode viciar jovens usuários em apenas 35 minutos. (o novo crack?)
Google: fechou seu primeiro contrato de compra de energia de 7 pequenos reatores nucleares para alimentar suas operações de IA. (Essa sim é a corrida da IA, viu a última news?)
YouTube: um relatório revela que mais de 50% dos jovens espectadores buscam conteúdo que promove senso de comunidade. (será que é porque a internet falhou em aproximar as pessoas?)
Instagram:recomendou publicar carrosséis como estratégia para aumentar engajamento e alcance, já que agora é possível usar até 20 slides, adicionar música e aparecer na aba Reels. (deve ser muito bom ser o Adam Mosseri e trabalhar para uma organização que te permite mudar de opinião mensalmente)
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