Por que Hollywood está apostando tudo no terror?

Na edição 100o da Gossip Marketing: Hollywood apostando no terror, embalagens inovadoras, Streamings oferecendo clube de benefícios e muito mais...

Olá, humano! Viva a edição 100 🥳 atrasada, mas chegou. Quero agradecer a você, leitor(a), que deu sentido a esse projeto que eu nem imaginei que chegaria tão longe. Escrever daqui é solitário, mas uma mensagem ou outra sempre aquece meu coração. Então, nada mais justo que a música de hoje ser essa. Bora pra mais uma edição?

Resumo para preguiçosos:

  • Hollywood apostando no terror

  • Embalagens inovadoras

  • Streamings oferecendo clube de benefícios

Recebi esse bilhete do meu amigo e leitor Gabriel Pereira na semana passada. Uma semana depois, viva a edição 100.

Reprodução Fast Company

👻 Comportamento - Por que Hollywood está apostando tudo no terror?

Em breve, Hollywood pode desejar que o clima de Halloween dure o ano todo, pois o terror está se tornando o gênero queridinho de todos os formatos de mídia. O que aconteceu?

  • Terrifier 3 surpreendeu Hollywood ao se tornar um grande sucesso de bilheteria. O filme independente e de baixo orçamento superou outros sucessos de outubro, arrecadando US$ 40 milhões em poucas semanas. 

  • A Cineverse, controladora do filme, financiou o projeto com empréstimos garantidos pelos lucros de Terrifier 2 (cerca de US$ 16 milhões em 2022), e investiu apenas US$ 500 mil em marketing, alcançando diversos momentos virais tanto online quanto offline.

  • O YouTube tem sido um trampolim para novos talentos de Hollywood. Danny e Michael Philippou, criadores com 6,86 milhões de inscritos, relataram ganhos baixos com seus vídeos virais, mas conquistaram US$ 9 milhões com seu filme para a A24. 

  • Já a Blumhouse e a Peacock, da NBC Universal, estão propondo uma experiência de terror na vida real com Overnightmare, uma escapada onde os fãs podem se assustar por um fim de semana inteiro. Todas as noites, hóspedes são retirados dos quartos para atividades personalizadas, envolvendo personagens interativos, narrativas e sustos.

Um estudo da Blumhouse apontou que 44% dos entrevistados assistem a filmes de terror o ano todo, e não apenas durante a temporada de Halloween.

Por que isso é quente?

O terror está se tornando o que os filmes de super-heróis representaram: uma aposta certa nas bilheterias, impulsionada por uma base de fãs leal. Essa geração está em busca do próximo Freddy Krueger ou Jason Voorhees. Já os estúdios independentes, assim como toda a indústria, precisam dominar o marketing para alcançar o público de massa, que raramente consome filmes de nicho.

Embora o YouTube seja ótimo para descobrir conteúdo de terror, ele ainda enfrenta desafios, pois sua política de restrição de idade e modelo alimentado por anúncios limita o retorno financeiro para os criadores. Para competir com Hollywood, a plataforma precisaria lançar estratégias de anúncios específicas ou criar hubs de conteúdo que beneficiem o gênero.

Além disso, grandes players do entretenimento estão investindo em experiências presenciais, já que o pós-COVID disparou nos fãs o desejo de mergulhar em suas histórias favoritas ao vivo.

Cortesia Engine Gin

🧃 Marcas - Embalagem do caos: A nova estratégia das startups para conquistar as prateleiras

Dos mesmos criadores do "humor absurdo" surge agora a “embalagem do caos”. Isso quer dizer que diversas startups estão testando embalagens inovadoras para atrair atenção nas prateleiras. Como assim?

  • Michael Miraflor, consultor de marketing e capital de risco, deu esse nome ao movimento que está acontecendo: "embalagem do caos". E o que isso quer dizer? 

  • A Engine Gin, por exemplo, usa recipientes de óleo de motor para suas bebidas alcoólicas. A Graza coloca azeite de oliva em frascos de condimentos, a Flo embala absorventes em potes de sorvete e a Vacation oferece protetor solar em frascos de chantilly.

  • Essa diferenciação nas embalagens cria uma brincadeira divertida com os nomes (como Engine Gin), permite novas experiências de consumo (como Vacation) e se conecta às associações que os consumidores têm com cada produto (como Flo).

Por que isso é quente?

Os leitores assíduos das últimas 99 edições sabem o quanto as marcas têm investido para captar a atenção do público, desde hologramas gigantes até cruzeiros e estratégias de criação de um naming fake. Hoje, o marketing se esforça para colocar as marcas no centro das conversas, seja por uma embalagem ousada ou por um TikTok viral. Com orçamentos limitados, a embalagem tem se tornado o meio preferido para impulsionar o boca a boca.

Mas, enquanto essas embalagens chamam atenção por serem únicas, também correm o risco de causar confusão. Lach Hall, cofundador da Vacation, compartilhou que seu protetor solar gera até 5 milhões de visualizações no TikTok durante o verão, mas pode acabar confundindo tanto consumidores quanto funcionários da loja. O mesmo acontece com a Flo, que revela que seus absorventes acabam acidentalmente no congelador.

Esse é o risco de quebrar padrões (alô, designers de produto, preparem-se).

📺 Estratégia - A nova aposta dos streamings: entretenimento + benefícios Exclusivos

A nova estratégia dos streamings agora é “copiar o Amazon Prime”. Em outras palavras, apenas oferecer filmes e séries já não é o bastante. O que isso quer dizer?

  • Com exceção da Netflix (que dispensa esforços extras), quase todos os serviços de streaming estão famintos por novos assinantes. E como você também tem fome de algo, nada melhor do que juntar o útil ao agradável.

  • A Disney fez parceria com a Kroger (rede de supermercados) para incluir uma assinatura gratuita do Kroger Boost nos planos com anúncios. 

  • A Warner Bros. Discovery fechou com a DoorDash (similar ao iFood) para oferecer o DashPass gratuito aos assinantes do Max com anúncios. 

  • A NBCUniversal seguiu o mesmo caminho, oferecendo Instacart+ junto ao Peacock, enquanto a Paramount aliou Paramount+ e Walmart+ para levar mais fãs ao universo de Taylor Sheridan (Yellowstone).

Por que isso é quente?

O maior problema dos streamings hoje é a alta taxa de rotatividade, que só cresce. Muitas pessoas assinam um serviço por um mês, assistem ao conteúdo que desejam e cancelam logo depois. Hollywood percebeu que unir entretenimento com necessidades básicas, como alimentação, pode manter assinantes por mais tempo.

A premissa do Amazon Prime agora é validada pela repetição dos concorrentes, o que pode expandir as ofertas para níveis mais interessantes. Além de fidelizar clientes, os serviços poderão encontrar novos públicos e compartilhar dados para segmentação de anúncios.

Já imaginou um patrocínio com marcas de alimentos, deixando você com fome no momento exato de assistir a um episódio de Masterchef?

🔥 O que andou aquecendo por aí:

Claude: o chatbot da Anthropic lançou uma versão que literalmente pode assumir o comando do computador e executar tarefas para você. (o verdadeiro significado de “calada vence”)

Instagram: está testando um recurso no Reels que fornece uma nota de desempenho para ajudar os criadores a entender o sucesso de seus vídeos. (se for igual ao parecer do Mosseri, dispenso)

WhatsApp: agora permite salvar contatos diretamente no aplicativo. Em breve, além de números de telefone, a plataforma deve permitir criar um perfil com um nome de usuário. (prepare seu @)

YouTube: adicionou adesivos de enquete em anúncios nos Shorts. Os Shorts agora aparecem nas paradas de tendências do YouTube e exibem hashtags nos vídeos. (deu a louca nos Shorts)

TikTok: adicionou rotação automática para vídeos que estiverem no modo paisagem. (essa rede entendeu que o formato faz a diferença)

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